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Acionistas da Impresa reúnem para aprovar contas com ações a disparar

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Ana Filipa Mendes de Magalhães Saraiva Mendes é apontada para presidente da Comissão de Auditoria. As ações do grupo registaram uma valorização de 23% nas últimas quatro sessões.

As ações da Impresa perderam esta segunda-feira 0,69%, para 0,1435 euros. Ainda assim, continuam muito perto dos máximos atingidos no último ano, graças a uma valorização de 23% nas últimas quatro sessões. Com os rumores de uma possível alteração acionista do grupo dono da SIC e do Expresso a avolumar-se, é de salientar ainda uma forte subida do volume transacionado face ao habitual nos últimos meses.

É também este o contexto em que se dá esta terça-feira a Assembleia Geral anual do grupo. Sem surpresas na ordem de trabalhos, da assembleia geral deve sair a nomeação de Ana Filipa Mendes de Magalhães Saraiva Mendes, atual vogal do Conselho de Administração e da Comissão de Auditoria para presidente deste órgão, substituindo assim Manuel Guilherme Oliveira da Costa, que renunciou ao cargo em abril.

Catarina do Amaral Dias Duff Burnay, atual vogal do Conselho de Administração, passa também a integrar a Comissão de Auditoria como vogal, juntando-se a Maria Luísa Anacoreta Correia, e a proposta é que não seja seja eleito novo administrador para integrar o Conselho de Administração, que fica com sete elementos.

Ratificar a cooptação de Pedro Simões de Almeida Bissaia Barreto como vice-presidente do conselho de administração do grupo até ao final do mandato, que termina em 2026, deliberar sobre o relatório de gestão do último ano e sobre a proposta de aplicação de resultados do exercício – transferência do prejuízo para a conta de resultados transitados – e proceder à apreciação geral da administração e da fiscalização da sociedade são os outros pontos que constam da convocatória.

A assembleia geral anual do grupo decorre num momento em que os rumores de eventuais alterações acionistas se tornam mais insistentes. Na última semana, recorde-se, os títulos da Impresa dispararam 19%, para um fecho nos 14 cêntimos. Este é o valor de encerramento mais alto em perto de um ano. Porém, mais significativo que o preço de fecho é o volume, que está fora do padrão habitual para as ações da dona da SIC e do Expresso.

A dona da SIC e do Expresso terminou o ano de 2024 com prejuízos de 66,2 milhões de euros. O número reflete uma perda, a título de imparidade, do goodwillda SIC.

“Em 2024, considerou-se que o ativo SIC, pelos resultados obtidos no último triénio, e tendo em conta as tendências do mercado onde se insere, perdeu valor e deixou de valer tanto como está registado contabilisticamente. Tendo sido revistos os pressupostos-chave utilizados nos testes de imparidade destes negócios, determinou-se uma perda por imparidade de goodwill no montante de 60,7 milhões de euros. Note-se que este valor também inclui uma imparidade que resulta da avaliação da Infoportugal, num valor naturalmente inferior ao da SIC”, explicava ao +M Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo.

“Importa salientar que, pela sua natureza, estas imparidades têm cariz meramente contabilístico e não têm impacto na atividade operacional do Grupo, nem comprometem a sua tesouraria”, assegurava.

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