Empresas e universidades têm 140 projetos para investir 14 mil milhões
Prazo de entrega de candidaturas às agendas mobilizadoras terminou na quinta-feira. Foram entregues 140 propostas de consórcios. Seleção vai ser feita nas próximas semanas com júri internacional.
Foram entregues 140 candidaturas de consórcios entre empresas e universidades para aceder aos apoios do Plano de Recuperação e Resiliência no âmbito das agendas mobilizadoras. Em causa estão para já, 930 milhões de euros de incentivos a fundo perdido para que o país ganhe novos produtos e serviços, com valor acrescentado. Mas as 140 candidaturas têm subjacentes propostas de investimento de 14 mil milhões de euros.
“Recebemos 140 candidaturas de consórcios e o investimento total em causa, se fosse todo concretizado, é de 14 mil milhões de euros”, revelou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, em declarações aos jornalistas em Aveiro.
“Nas próximas semanas vamos estar a avaliar as candidaturas, e se cumprem as condições de elegibilidade para participar no programa das agendas mobilizadoras. Mas desde já se revela uma grande disponibilidade das nossas empresas e universidades para colaborarem para criar produtos inovadores orientados para os mercados externos”, acrescentou o ministro da Economia, um dia depois de ter terminado o prazo de entrega de candidaturas às agendas mobilizadoras.
Siza Vieira recordou que nas agendas mobilizadoras de investimento empresarial estão reservados cerca de mil milhões de euros em incentivos. E que Portugal já sinalizou à União Europeia a disponibilidade de aumentar esta dotação, até 2.300 milhões de euros. Além disso, no Portugal 2030, o próximo quadro comunitário de apoio também haverá apoios para este tipo de iniciativas. “Temos de assegurar que este impulso não se perde e nos próximos anos aposta em produtos inovadores e de maior valor acrescentado para fazer crescer a economia e criar empregos mais qualificados”. No próprio PRR, o Executivo estabeleceu como meta aumentar o volume das exportações de bens e serviços para 53% do PIB até 2030.
Os líderes dos consórcios são de praticamente todos os setores de atividade e praticamente de todas as regiões do país, revelou Siza Vieira, frisando contudo que a informação de que dispõe ainda é escassa. Energia, biotecnologias, saúde, aeroespacial, automóvel, tecnologia são algumas das áreas em que são propostos consórcios, revela o ministro. Todas as “áreas em que Portugal tem procurado fazer investimento na inovação nos últimos anos”.
Depois de feita uma pré-qualificação das candidaturas submetidas, por um júri a ser escolhido, segundo disse esta semana o ministro do Planeamento, são abertos os convites para a apresentação de projetos finais. “Depois é feita uma seleção final das que serão apoiadas com recurso a um júri com personalidades internacionais para assegurar a robustez do processo e a transparência”, sublinhou Siza Vieira. O que está estabelecido com a Comissão Europeia é que os contratos de investimento sejam assinados com os consórcios que forem efetivamente apoiados durante o primeiro trimestre do próximo ano. Depois há cinco anos para concretizar os projetos.
O ministro da Economia deixou ainda um aviso à navegação: “Mesmo que com o PRR não sejamos capaz de apoiar todos estes projetos temos base para perceber que o caminho para o investimento futuro a ser apoiado por políticas públicas tem de ser de projetos com estas características”.
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