Empresas e universidades têm 146 projetos para investir 15 mil milhões com ajuda do PRR

Norte e o Centro representam 32% e 35% do total de candidaturas às agendas mobilizadoras do PRR. Já as candidaturas de Lisboa representam 17%, revela o IAPMEI.

Afinal foram 146 as candidaturas de consórcios entre empresas e universidades entregues para aceder aos apoios do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no âmbito das agendas mobilizadoras. Em causa estão para já, 930 milhões de euros de incentivos a fundo perdido para que o país ganhe novos produtos e serviços, com valor acrescentado. Mas, estas candidaturas têm subjacentes propostas de investimento de 15 mil milhões de euros, mais mil milhões de euros face ao balanço apresentado pelo ministro da Economia a 1 de outubro.

De acordo com os dados compilados pelo IAPMEI, 32% das candidaturas são “referentes a Pactos de Inovação com um investimento a representar 67% do total apurado e 68% referentes a Projetos Mobilizadores de Agendas de Inovação, neste caso com um investimento a representar 33% daquele total”.

Os pactos de Inovação devem ter um valor de investimento indicativo mínimo de 50 milhões de euros, ser desenvolvidos por um consórcio que integre, preferencialmente, um mínimo de dez entidades, incluindo empresas e Entidades não Empresariais do Sistema de I&I (ENESII) e estar concluídos e com resultados concretizados até 31 de dezembro de 2025.

Já os projetos mobilizadores de agendas de inovação devem ter um valor de investimento indicativo mínimo de 20 milhões de euros e uma duração máxima de 36 meses. Estes projetos são desenvolvidos “através da integração, quer de componentes de I&D a realizar por instituições de I&I ou empresas, quer de investimento produtivo necessário à produção de novos bens e serviços inovadores a partir do conhecimento transferido”, explicam Jorge Nadais e José Calixto, da Deloitte. “Este segundo tipo de instrumento pretende incentivar investimentos promovidos por empresas industriais ou de serviços, em articulação com instituições de I&I, destinados a concretizar o desenvolvimento e transferência da I&D e a sua transformação em novos bens e serviços nas áreas estratégicas inovadoras selecionadas como alvo na agenda”, acrescentam.

Numa perspetiva regional “e, ainda que se identifiquem candidaturas em todas as regiões do país”, o Norte e o Centro representam, respetivamente, 32% e 35% do total de candidaturas, enquanto as candidaturas de Lisboa representam 17%, acrescenta a entidade liderada por Nuno Mangas.

Os potenciais consórcios que suportam estas candidaturas agregam um total de 3.251 entidades, sendo que 62% são empresas de diversas dimensões e 25% são entidades não empresariais do Sistema de Inovação e Investigação (ENESII).

O IAPMEI revela ainda que as áreas temáticas com maior representação no conjunto das candidaturas são as relacionadas com as Indústrias e Tecnologias de Produção (29%) seguidas das Tecnologias Transversais e suas Aplicações (33%). “Áreas temáticas como a Saúde, Bem-Estar e Território ou a Mobilidade, Espaço e Logística, surgem com valores da ordem dos 10 e 11%, enquanto o tema Recursos Naturais e Ambiente representa cerca de 18% do total”, refere o comunicado da instituição.

Estas agendas mobilizadoras têm associadas três metas: aumentar o volume das exportações de bens e serviços para 53% do PIB até 2030, aumentar o investimento em I&D para atingir 3% do PIB até 2030 e contribuir para a dupla transição digital e climática através da redução das emissões de CO2 em 55% até 2030. Metas que até podem ser mais facilmente atingidas tendo em conta a maior concentração no investimento produtivo (62%) e no investimento em Investigação, Desenvolvimento e Inovação – I&DI (34%).

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