“Não temos de facilitar a vida às startups”

Ricardo Valente, vereador da Câmara do Porto, prepara estratégia para os nómadas digitais e capitais de risco. Tecnológicas instaladas na cidade captaram "unicórnio" de investimento em quatro anos.

A gestão do empreendedorismo mudou no terceiro mandato de Rui Moreira como presidente da Câmara Municipal do Porto. Antes atribuída à área da inovação e do ambiente, a pasta das startups e das scaleups passou para a equipa da economia. Em entrevista ao ECO, o vereador Ricardo Valente explica a criação de uma divisão municipal para o empreendedorismo e revela que as tecnológicas instaladas na cidade captaram perto de mil milhões de euros de investimento (o equivalente a um “unicórnio”) nos últimos quatro anos.

Crítico do apoio dado pelo Estado português à Web Summit não ter “acautelado a questão da descentralização”, o vereador da autarquia nortenha adianta ainda que está a preparar uma estratégia para captar nómadas digitais para a cidade e que pretende atrair sociedades de capital de risco. A vinda de capitais de risco poderá mesmo contar com a colaboração dos concelhos vizinhos de Vila Nova de Gaia e de Matosinhos.

Qual a ligação da Câmara do Porto, em termos de estratégia, com a área do empreendedorismo e de que maneira compara com outros concelhos?

É muito difícil comparar realidades que são díspares do ponto de vista de políticas específicas. Durante muito tempo, quando Rui Moreira assumiu a Câmara, o empreendedorismo sempre esteve ligado à inovação porque se entendia que era importante colocar estas duas áreas em conjunto — e numa lógica ainda mais transversal com o ambiente. A partir de 2021, as coisas alteraram-se: considerou-se que a lógica do empreendedorismo já estava demonstrada e trabalhada do ponto de vista da ligação quer ao sistema de inovação, quer às componentes ambientais, e o que era preciso era trazê-la para o lado da economia e, sobretudo, para o lado da captação de investimento e do talento. As startups fazem parte de um ecossistema económico e empresarial de cidade. É uma alteração tática, que resulta de uma lógica estratégica, de colocar as startups no seio daquilo que é a política do momento económico do município e ser uma das alavancas do ponto de vista de criação de emprego e de captação de investimento.

Qual é a relação da autarquia com o UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto?

É muito boa. Nunca tivemos uma ligação tão próxima. Estamos a fazer uma série de eventos com o UPTEC e com a Startup Portugal, o que não existia antes. De certo modo, estivemos, não de costas voltadas, mas pelo menos não tínhamos construído pontes. Neste momento temos essas pontes construídas do ponto de vista de eventos conjuntos em Lisboa e no Porto. É um sinal político muito importante porque acontece ao mesmo tempo nas duas cidades e para um país que se pretende polarizado, isto é, com vários polos de desenvolvimento. Não se percebe como é que o país é tão centralista quando tem no Porto a cidade com o maior número de startups do país e quando tem o maior polo de conhecimento, medido pelo número de patentes.

Queremos estar muito próximos do ecossistema. A nossa estratégia é sempre scaleup: nunca quisemos estar numa lógica de condomínio. Somos liminarmente contra o município estar a providenciar condomínios para startups. Isso não faz sentido rigorosamente nenhum porque isso é facilitar a vida às startups. As startups não têm de ter a vida facilitada. As startups têm de estar num ecossistema que seja, ele próprio, capaz de gerir o processo de mortalidade e de nascimento de startups. E todos sabemos que não se morre muito rapidamente e percebemos que quanto mais rápido ela morre, o capital pode ser investido noutras startups que sobrevivem. Não queremos entrar no chamado negócio de incubadoras, de fazer condomínios numa lógica municipal.

Daí não haver uma “fábrica de unicórnios” no Porto, por exemplo.

Não sei o que é uma fábrica de unicórnios. Somos apologistas de o setor privado ter de tratar disso porque tem muito a ver com a sua lógica. Achamos que o município não tem de estar aí. Por outro lado, deve existir uma rede de empreendedores e de incubadoras, que tem de funcionar e de ser capaz de gerar negócio sem a concorrência do município. Somos muito pró-mercado, para termos uma melhor alocação do capital. As nossas ligações são sobretudo numa lógica de scaleup, trabalhando com todo o ecossistema, sobretudo de capital estrangeiro, que está a chegar ao Porto. Uma das formas mais evidentes de ajudar este sistema empreendedor é tornar-se cliente dele. Há diferentes formas de financiar startups e uma delas é ser cliente, que é um processo muito interessante porque permite às startups financiarem-se e, ao mesmo tempo, fazerem um teste de mercado. Isso para nós é relevantíssimo.

Não se percebe como é que o país é tão centralista quando tem no Porto a cidade com o maior número de startups do país e quando tem o maior polo de conhecimento, medido pelo número de patentes.

Portanto, o financiamento que a Câmara do Porto tem para as startups é ser cliente delas.

É ser cliente e ajudar a ter clientes. Somos um meio dessa ligação entre as grandes empresas e as startups. Ajudamos a que ambos se conheçam, que ambos percebam que estão ali, lado a lado. Esse é um papel de uma cidade, que é um grande condomínio. Quando estamos no nosso prédio, o único momento em que conhecemos todos os vizinhos, normalmente, é nas reuniões de condomínio, a parte chata. Faz falta o lado do encontro: as pessoas não se conhecem, não se encontram, não conversam. O papel do município tem de ser de criar as condições e os meios para que todo este ecossistema tenha a capacidade de se encontrar e de conversar. Isto vai permitir criar alguma coisa em conjunto. Não somos nada dirigistas desse ponto de vista. Temos de criar as condições para que este sistema fervilhe e tenha a capacidade de cocriar em conjunto essa ideia.

Partindo da ligação com o UPTEC, que dados têm sobre o ecossistema de startups do Porto?

Neste momento, temos qualquer coisa como quase 1.000 milhões de euros de investimento captado diretamente pelas startups da cidade do Porto entre 2018 e 2022. Grande parte deste investimento é estrangeiro. O nosso sistema de empreendedorismo está muito limitado à dimensão da média das empresas, que é muito pequena em comparação com outras cidades europeias. Temos muito orgulho em ter aqui a Sword Health, um bom exemplo de startup que se projeta fora da cidade.

A sede e os investidores estão no estrangeiro.

Temos de nos habituar a isso. Isso para nós não é muito relevante, porque o que importa é o valor acrescentado bruto gerado.

Não lhe incomoda que nenhum dos unicórnios portugueses tenha sede no Porto?

A lógica dos campeões nacionais já deu o que tinha a dar. Mesmo que tivéssemos uma fiscalidade igual à melhor fiscalidade do mundo, teríamos poucos unicórnios. A principal questão para uma startup é o acesso a capital. Estas empresas têm de ir lá para fora para dar janela de saída aos seus investidores e depois cotarem-se lá fora, para darem retorno aos investidores.

Temos de ser uma plataforma de projeção destas empresas e depois procurar ter capacidade para que elas criem riqueza do ponto de vista do nosso território, através das operações de trabalho. Eu sou muito mais apologista disso. Temos 11 unicórnios na cidade do Porto e, destes, apenas quatro é que são portugueses.

Os unicórnios vêm para as minas de talento. A ligação entre Porto-Aveiro-Braga é uma mina de talento. É fundamental haver um ecossistema que se alimenta dessa mina. O Porto é muito mais do que uma cidade turística: dá oportunidades de trabalho, de empreender, de ser fornecedor de uma grande empresa e de estar ao lado do ecossistema de empreendedores e de pequenas empresas.

Somos liminarmente contra o município estar a estar a providenciar condomínios para startups. Isso não faz sentido rigorosamente nenhum porque isso é facilitar a vida às startups. As startups não têm de ter a vida facilitada. As startups têm de estar num ecossistema que seja, ele próprio, capaz de gerir o processo de mortalidade e de nascimento

O Porto é sempre a primeira escolha ou ainda há quem diga que escolheu a cidade porque não havia outra opção?

Somos hipercompetitivos e as coisas não se decidem por decreto, mas sim no campo. Temos é de ter meios para ir a jogo e ganhá-lo. A grande diferença do país nos últimos anos é que o Porto hoje é primeira escolha. E isto não é dizer mal de Lisboa.

Quais foram os reforços que o Porto teve?

O crescimento tem um limite. Chega um determinado momento em que a capacidade de autossustentar esse crescimento é ele próprio indutor da paragem do crescimento. Basta olhar para São Francisco e o Silicon Valley para saber como é que está num ciclo destrutivo. Como diz [Josef] Schumpeter, não é nada mais do que um recomeço. O que acontecia naquele ecossistema era insustentável, a nível económico, na qualidade de vida e num determinado conjunto de coisas. O Porto hoje é a primeira escolha porque compete muito bem com Lisboa. O Porto produz mais talento e começámos a usar isso como arma de marketing. Os preços do imobiliário também são mais baixos.

A diferença nesse aspeto já não é assim tão grande…

Mas, mesmo assim, é muito mais barato. Temos uma cidade com um perfil mais humano. Isso é muito importante para quem procura fugir do conceito da metrópole. O Porto é uma cidade grande em termos de dinamismo mas mais pequena do ponto de vista do seu usufruto. Há 2.000 anos que somos a cidade dos 15 minutos: do centro da cidade à Boavista são 12 minutos a pé.

Este aspeto é muito giro e permite uma proposta de valor muito interessante face às grandes cidades que normalmente competem connosco e que têm um grande problema: a qualidade de vida, que nestas cidades faz com que as pessoas se cansem e deixem de ter um equilíbrio de tempo. Perdem muito tempo no percurso casa-trabalho. A liga daquilo a que chamamos as segundas cidades vai ter um sucesso tremendo porque aposta em fatores como a conectividade e mobilidade e uma boa rede de comunicações. Isso permite atrair empresas a cidades como Barcelona.

O Porto hoje é a primeira escolha porque compete muito bem com Lisboa. O Porto produz mais talento e começámos a usar isso como arma de marketing. Os preços do imobiliário também são mais baixos.

Como competem com cidades como Barcelona, Paris e Munique? O argumento do talento é suficiente?

O mercado é que manda. Projetamos o Porto do ponto de vista de acelerar o crescimento, mas não adiantava nada projetar o crescimento se do outro lado não tivesse uma procura latente por este território. Para nós, a internacionalização da Natixis começar no Porto é um argumento fortíssimo. É um negócio de primeira linha escolheu uma cidade que não é capital. A empresa percebe que é capaz de encontrar na cidade o talento e o ecossistema que ajuda a caminhar para outras áreas de negócio. No final de maio tivemos aqui mais de 100 empresários dinamarqueses e apresentámos-lhes várias empresas.

Há pouco disse que “não se pode facilitar a vida às startups”. Mesmo assim, quem tiver uma ideia, que condições tem para a desenvolver no Porto?

As condições são óbvias. O modelo com o UPTEC funciona muito bem, faz a ligação daquilo que é inovação e conhecimento com o empreendedorismo. E, sobretudo, dá-nos a garantia que grande parte desse empreendedorismo é empreendedorismo de valor acrescentado, ou seja, é empreendedorismo vocacionado para uma retransformação do tecido económico, da especialização do território. Estamos alinhadíssimos com o UPTEC a nível estratégico e das ajudas que concedemos a nível fiscal. A criação da marca ScaleUp Porto, pela qual o Porto sempre projetou o empreendedorismo, é também uma aposta correta. Não mexemos no que funciona bem.

O empreendedorismo tem de borbulhar numa lógica endógena e não exógena. Não vejo como o município do Porto, fazendo uma incubadora, melhora o empreendedorismo da cidade. Isso só facilita a vida e depois tem um custo de capital que ajuda a atrair negócios com rentabilidade extremamente reduzido. São negócios rentáveis com um custo de capital, o que não faz sentido do ponto de vista económico e levanta questões também do ponto de vista político.

O UPTEC é o veículo que trata do ecossistema de startups, é isso?

O papel de um agente público não é criar. É facilitar, agilizar e alavancar um conjunto de ativos que existe no território. A nossa lógica é tirar melhor partido do que existe.

Outro dos maiores investimentos de empreendedorismo na cidade do Porto é a área da saúde, o que é algo verdadeiramente fantástico. Estamos a criar uma capacidade de empreendedorismo em áreas estratégicas do ponto de vista do mundo do futuro. O futuro da demografia conhece-se a partir do presente. Já todos sabemos o que é que vai acontecer à população portuguesa, por causa do envelhecimento e do consumo enorme de cuidados de saúde. A saúde vai ser a área mais importante do ponto de vista estratégico do país. Um país que investe, como nós estamos a fazer, em criar empreendedorismo nesta área, acho que tem uma capacidade muito grande em termos de futuro, de se projetar e finalmente projetar empresas em setores de ponta, que é algo que Portugal não tem.

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O UPTEC tem foco em apostar em determinadas áreas, além da saúde?

O UPTEC trabalha connosco em conjunto. Saúde e engenharia são duas das nossas apostas, como aspetos diferenciadores. Procuramos tirar partido do que é um ativo endógeno: a qualidade da investigação que nós temos na saúde e a qualidade dos hospitais que temos no norte e que são referência a nível europeu. Neste momento, estamos a trazer uma delegação da Organização Mundial de Saúde para Portugal vocacionada em empreendedorismo, robótica e tecnologia da saúde.

O que é feito da Associação Porto Digital?

É um veículo que continua a trabalhar a parte da inovação. Agora, a inovação está separada do empreendedorismo. Antes, a Porto Digital tinha uma área de empreendedorismo. A Câmara nunca tinha tido uma divisão municipal do empreendedorismo. Quando cheguei cá, disse ao presidente que preciso dela. A Porto Digital geria a área de tecnologia de infraestruturas, a área de inovação e era responsável pela marca ScaleUp. Fizemos um spin-off da Porto Digital e trouxemos o empreendedorismo de volta para Câmara, através do departamento municipal da economia.

Que efeitos teve a criação da direção municipal de empreendedorismo?

Criei uma equipa do zero. Sinto que temos de ter uma ligação muito mais próxima com o UPTEC e criar as pontes com o que se faz no país. Temos de ir às cimeiras, como fizemos em 2022 com a participação direta da câmara na Web Summit – anteriormente, era como ScaleUp Porto.

Quando temos algum evento da Web Summit no Porto?

A Web Summit é um negócio privado. Podemos fazer as propostas que quisermos e depois logo se vê se aceitam ou não. Claro que faria sentido criar uma lógica descentralizada da Web Summit. É muito fácil chegar do Porto a Lisboa. Também faria sentido fazer-se alguma coisa em Braga, em Coimbra, em Leiria, no Fundão ou em Faro. A Web Summit recebe o apoio do Estado e não acautelou a questão da descentralização. Na Web Summit convidamos as empresas para virem conhecer a cidade do Porto. Mesmo assim, não nos podemos queixar e temos de perceber que é melhor ter a Web Summit em Lisboa do que em Barcelona, em Milão ou em Paris.

Claro que faria sentido criar uma lógica descentralizada da Web Summit. É muito fácil chegar do Porto a Lisboa. Também faria sentido fazer-se alguma coisa em Braga, em Coimbra, em Leiria, no Fundão e em Faro. A Web Summit recebe o apoio do Estado e não acautelou a questão da descentralização.

Que contributo é que os nómadas digitais dão ao empreendedorismo no Porto?

É importantíssimo. Os nómadas digitais são algo que temos vindo a acompanhar. Lisboa, Porto e a região da Madeira são exemplos claros de sucesso neste campo. Os três têm a ver com o turismo. Normalmente, o turismo é associado a uma atividade de baixo valor acrescentado. Esquecem-se essas pessoas que o turismo qualificou e deu vida a um novo conceito de trabalho. As pessoas têm muita dificuldade em Portugal de gerir sucesso e, mal surgem os nómadas digitais, vão bater neles porque são a causa de todos os problemas do país… embora não sejam causa de nenhum. Eles podem é ser mais uma camada a criar um problema que já existe porque é latente no país. Trata-se do tema da habitação.

Temos cerca de 4.200 nómadas digitais, em média, por mês, com uma estadia média na cidade de 60 dias. O Porto é um porto. Acolhemos os nómadas digitais e consideramos que eles dão ainda mais dinâmica ao ecossistema, graças às suas competências diferenciadas. São polos de transmissão e retransmissão de informação a nível global. Os nómadas digitais são uma ajuda enorme para alavancar o talento. São pessoas muito relevantes na passagem de competências.

Uma cidade de sucesso depende de talento, tecnologia e tolerância. O talento cria-se, a tecnologia compra-se; a tolerância… ou se tem ou não se tem. Apesar de alguns quererem destruir isso, Portugal tem enormes capacidades de tolerância. Isto é um ativo fundamental num mundo global e aberto. Se Portugal souber manter esta matriz, das liberdades das pessoas, poderá ter muito sucesso e ser indutor de crescimento sustentável.

O Porto pode acolher escritórios de sociedades de capital de risco, para fomentar a captação de investimento?

Temos muito pouco capital de risco em Portugal porque há muito poucas entidades. Estamos a fechar uma estratégia para os nómadas digitais e outra estratégia para as sociedades de capital de risco. Temos de apresentar as oportunidades de investimento aos grandes fundos.

Faria sentido usar a lógica do Greater Porto, que junta Porto com Vila Nova de Gaia e Matosinhos?

A Greater Porto tem uma lógica agregadora orgânica. Nós os três entendemos que temos que vender este território. Também faz sentido estarmos os três juntos para ir em conjunto vender o empreendedorismo. Permite criar escala, dar outras valências e vermos isto numa lógica de polos complementares. No futuro, poderemos estar juntos a promover os territórios na lógica do capital de risco.

Há pouco falou da bolha que rebentou em Silicon Valley. Que medidas a Câmara está a tomar para que daqui a cinco ou seis anos o mesmo não aconteça no Porto?

Sou como o [Alan] Greenspan [antigo presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos]: sabemos que a bolha vai explodir e só podemos agir depois disso. O que temos de fazer é nunca permitir que a cidade se afunile numa hiper especialização do ponto de vista funcional e não dar incentivos em excesso. Isso ajuda a criar a bolha. Grande parte dos problemas atuais do mundo tem a ver com taxas de juro zero. O problema em Silicon Valley deriva de capital que custou zero, enfiado em empresas que não valem nada e que depois obrigam os fundos a registarem paridades enormes e a pararem uma série de negócios noutras startups.

Somos capazes de combater as causas, numa lógica de gestão de risco. É preciso garantir a sustentabilidade financeira, ou seja, não se pode pôr dinheiro que custo zero porque isso é o princípio do fim, mais tarde ou mais cedo. Foi o que aconteceu nos Estados Unidos e a Europa foi apanhada por isso.

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