Autárquicas em Almada: atriz principal da queda comunista procura terceiro mandato divorciada do PSD

Menos de 500 votos bastaram para travar 41 anos do PCP, e nem uma "estrela" conseguiu a reviravolta em 2021. Ao fim de sete anos, Inês de Medeiros perdeu o apoio do PSD. Se vencer, quem a apoiará?

Autarquia “vermelha” durante 41 anos, Almada, concelho banhado pelo Tejo numa extensa frente ribeirinha e pelo Atlântico nas praias da Caparica e Fonte da Telha, passou a ser governada pelo PS em 2017, numa surpreendente vitória de Inês de MedeirosLusa

Já teve um lugar destacado na indústria de reparação naval com o mais profundo porto seco da Europa, já esteve para receber o projeto urbanístico conhecido por “Manhattan de Cacilhas” com um arranha-céus praticamente da altura da Torre Eiffel e do Cristo Rei, já se pensou numa reabilitação à imagem do Parque das Nações com um túnel sob o rio a ligar Almada e Lisboa e a mais recente promessa é a reabilitação dentro da Parque Cidades do Tejo.

A Lisnave, nos terrenos da Margueira, mantém destacada na linha de horizonte a Almada industrial da frente de rio, território de novo à espera que se concretizem as promessas de reabilitação, desde a Trafaria, onde chegará o metropolitano em 2029, até aos vastos hectares da Lisnave, vizinhos do Arsenal do Alfeite. Pelo meio, o Cais do Ginjal, durante meses encerrado à circulação por motivos de segurança e onde procrastina a construção de uma urbanização de luxo e de um hotel. Desta industrialização iniciada no século XIX cresceu uma força de esquerda que a partir de 1976 formou a porta de entrada do “bastião vermelho” na margem esquerda do Tejo.

Almada, que no próximo ano completará um século desde que a revolução de 1926 a empurrou do distrito de Lisboa para o de Setúbal, encostou-se mais à direita em 2017, quando o PS rompeu o domínio comunista de 41 anos por uma diferença residual, inferior a 500 votos. O resultado foi surpresa assumida na noite autárquica pela presidente eleita, Inês de Saint-Maurice Esteves de Medeiros Victorino de Almeida, atriz e realizadora nascida em Viena, chegada a Portugal faz agora 50 anos, e com experiência política iniciada no Parlamento no segundo Governo de José Sócrates, apenas oito anos antes.

Para validar a conquista socialista deste bastião comunista foram necessárias três recontagens de votos na freguesia da Caparica. A candidatura de Joaquim Judas, que aceitou a missão de suceder a Maria Emília Sousa em 2013 e logo ao fim do primeiro mandato perdeu a autarquia que ainda não conhecera outra cor partidária, não era a única a deixar gelada a sede comunista da Soeiro Pereira Gomes.

A 1 de outubro de 2017, a margem esquerda do Tejo ainda era vista do lado lisboeta como um bastião comunista. As derrotas em Almada, Barreiro e Alcochete aprofundaram uma quebra que quatro anos depois somou a MoitaPaula Nunes / ECO

Na Península de Setúbal, também Alcochete e Barreiro caíam para o PS, numa ofensiva rosa que descapitalizou o partido igualmente no Alentejo, onde os socialistas lhe tomaram Alandroal, Barrancos, Beja, Castro Verde (que tal como Almada era comunista desde 1976) e Moura. Adicionalmente, perderam a ribatejana Constância.

A vitória à tangente em Almada foi celebrada noite dentro pelas hostes de Medeiros. Entre os mais de 65 mil votantes que foram às urnas naquele dia em 2017, o PS somava mais 413 votos.

A surpresa era generalizada, mas havia quem, como a bloquista Joana Mortágua, já ouvia o vento de mudança antes da abertura das urnas. “Sentíamos na rua uma vontade de mudança, de ideias novas, muita gente dizia que Almada estava estagnada e não estava a acompanhar os sinais de desenvolvimento de Lisboa, aqui mesmo ao lado”. A subida de Mortágua na votação, face a 2013, equivaleu à quebra da CDU, e valeu ao Bloco de Esquerda uma vereadora. Não era, contudo, garantia de desempate do 4-4 entre os outros dois partidos que consigo formavam a “geringonça” que governava o país desde 2015, já que o PSD elegera dois vereadores naquela que foi a última eleição sob a liderança partidária de Pedro Passos Coelho – no pior resultado autárquico da história do partido.

Depois de vários políticos profissionais terem tentado tirar Almada aos comunistas, foi a caloira autárquica que o conseguiu, em 2017. António Costa, primeiro ministro e secretário-geral do PS, regozijou-se na noite da vitória com a grande conquista feita pelo partido ao longo do país. Entre os eleitos esteve também José Ricardo Martins, recandidato à Junta de Freguesia da Costa de Caparica, e que em 2023 protagonizou um episódio comprometedor para a liderança de Inês de Medeiros. Acusado de ter desviado dinheiro da Junta para a conta pessoal, acabou por ver o PS tirar-lhe a confiança política e termina agora os 12 anos de mandatos como independente. Medeiros terá agora de aguardar pela resposta dos fregueses que em 2017 lhe asseguraram a margem para vencer o incumbente comunista.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Num bastião de esquerda, Inês de Medeiros agarra-se à direita

A determinada altura da campanha percebemos que podíamos ter um bom resultado. Mas a CDU tinha maioria absoluta. E este era um concelho com elevada taxa de abstenção”, recordava Inês de Medeiros. “Era difícil perceber se conseguiríamos ganhar”. Mas ganhou, no que alguns apontaram como efeito secundário da “geringonça”, com Jerónimo de Sousa a sentir o abraço de urso numa noite inesquecível para António Costa, secretário-geral do PS e primeiro-ministro, que enalteceu ao país “a maior vitória eleitoral da história do PS”.

Inês de Medeiros não afastava negociações à direita, apesar da história de sucesso da parceria nacional entre PS, CDU e Bloco de Esquerda, e de o PSD ter como líder o homem que alertou o país para a vinda do diabo, devido à política orçamental de “geringonça”.

Temos as maiores dificuldades em conseguir conceber como é que esta coisa vai funcionar durante os próximos anos. Estamos perante um problema.

Joaquim Judas

Presidente da Câmara Municipal de Almada de 2013 a 2017

Foi com os social-democratas que Medeiros assegurou a estabilidade imediata e, numa das suas primeiras aparições públicas, perante uma plateia de trabalhadores com ligações históricas ao PCP, a autarca começou por tranquilizar a assistência: não seria ela o diabo.

Os ventos à esquerda não estavam de feição. “Temos as maiores dificuldades em conseguir conceber como é que esta coisa vai funcionar durante os próximos anos. Estamos perante um problema”, dizia à RTP Joaquim Judas, que apenas teve um mandato de governação, depois de presidir à Assembleia Municipal do Seixal entre 2005 e 2013.

Longe ficava a glória de Maria Emília Sousa, agraciada com a Ordem do Infante D. Henrique em 1998, presidente da Junta de Almada em 1979, vereadora da Câmara entre 1983 e 1986 sob governação do ex-futebolista do Cova da Piedade José Martins Vieira, e depois presidente até 2013, quando a lei da limitação de mandatos lhe vedou o caminho.

Em 2013, Maria Emília Sousa deixava a autarquia que liderou desde 1986, impedida pela lei de limitação de mandatos de tentar chegar aos 30 anos de consulado. Para o seu lugar foi chamado Joaquim Judas. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa não faltou à chamada num dos mais relevantes municípios para a CDU, um dos poucos entre os 24 maiores do país liderado pelos comunistas. Judas conseguiu segurar a Câmara e a maioria, mas em 2017 sairia derrotado numa noite negra para o PCP em vários bastiões da Península de SetúbalMIGUEL A. LOPES/LUSA

Em 2021, já com a “geringonça” enterrada após as legislativas de 2019, a CDU buscou força na cintura industrial da Península de Setúbal e confiou no viço de Maria das Dores Meira, que logo avisou: “Acho que não faz sentido um acordo com o PS, porque se é para o fazer só para ter a maioria dos votos, prefiro fazer com outro partido qualquer”.

Naquele ano, António Costa não dispensou a ida a Almada (em vários outros concelhos, era o secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, quem representava o partido) e, como ia fazendo pelo país, puxava dos galões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Almada, disse, “foi o primeiro concelho do país a apresentar a sua estratégia local de habitação para responder às carências das famílias do concelho. Neste momento, com as oportunidades que os novos fundos possibilitam, Almada pode ir mais além e por isso está a rever já a sua estratégia local de habitação para poder responder a mais famílias do que tinha inicialmente previsto”. A verdade é que a crise na habitação se aprofundou pelo país fora e, à chegada às autárquicas de 12 de outubro, Almada não foge à norma e está com um grave problema de construção ilegal em Penajóia, algo que a presidente da Câmara não esconde.

Há uma série de situações que não se compreende como se arrastaram tanto tempo. Não é apenas a situação dos chamados bairros de barracas, porque o PER [Programa Especial de Realojamento] tinha como primeira missão acabar com as barracas. Acabou praticamente em todo o país, na margem sul não acabou. Em Almada não acabou.

Inês de Medeiros

Presidente da Câmara Municipal de Almada

Numa entrevista ao ECO/Local Online, em março, Inês de Medeiros salientou o legado comunista: “é um problema transversal à Península de Setúbal e a um tipo de gestão autárquica. Há uma série de situações que não se compreende como se arrastaram tanto tempo. Não é apenas a situação dos chamados bairros de barracas, porque o PER [Programa Especial de Realojamento] tinha como primeira missão acabar com as barracas. Acabou praticamente em todo o país, na margem sul não acabou. Em Almada não acabou”.

Como outros incumbentes recandidatos, Medeiros tem na habitação um flanco sob ataque. Reflexo disso, a candidata do CDS para este ano, Ana Clara Birrento, diz que “Almada é, se calhar, o concelho da Área Metropolitana de Lisboa que viu crescer de forma exponencial e rápida um dos maiores bairros ilegais. Temos ouvido dizer que é impossível falar com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana [IHRU], que é proprietário dos terrenos, mas um autarca não pode só olhar para os problemas sem os resolver”.

À esquerda, a coligação entre o Livre e o Bloco de Esquerda, liderada pelo cantor Sérgio Lourosa Alves, aponta também ao problema de habitação, dizendo que a autarquia “tem sido governada desde 2017 por um executivo PS/PSD, que fracassou em responder aos desafios sociais, do território e das populações e se rendeu à especulação imobiliária, à degradação dos serviços públicos e à política de gabinete”. Em declarações à Lusa, a coligação critica “promessas vazias de oito anos de PS e PSD e a ameaça do crescimento da extrema-direita”.

Veterana Dores Meira cai perante uma novata sob olhar do pai de Rita Matias

Uma sondagem do ISCTE e ICS a pouco mais de dois meses das autárquicas de 2021 colocava PS e CDU a uma distância de um ponto percentual. O bloco de direita liderado pelo PSD surgia empatado com o Bloco de Esquerda, e assim se confirmou na contagem de vereadores.

Maria das Dores Meira defendia, em entrevista ao Diário de Notícias, que em 2017 não houvera vitória do PS, mas sim derrota da CDU, devido a “algum desacelerar, um acomodar e achar que isto são favas contadas”. A presidente de Setúbal durante 12 anos via, em 2021, um cenário negro na terra para onde se mudou aos 17 anos e a que concorria como grande aposta do PCP: “Meu Deus, meu Deus! Sou moradora deste concelho. A gestão de Inês de Medeiros tem sido desastrosa, casuística e eleitoralista. Não foi feito nada”.

Maria das Dores Meira nunca soubera como era perder em autárquicas, até que defrontou Inês de Medeiros em 2021. A CDU saiu derrotada por valores bem mais expressivos do que quatro anos antes. De pouco valeu a crítica da ex-presidente de Setúbal ao facto de Medeiros residir em Lisboa e ser autarca em AlmadaLusa

Apesar do fulgor de Maria das Dores Meira na sua caminhada eleitoral vitoriosa em Setúbal, e de ser reconhecida como poucos nas ruas da terra onde reside, os almadenses reforçaram o poder de Medeiros em 2021.

Os comunistas partiam com 24 autarquias e acabavam com 18, com mais duas grandes derrotas na Grande Lisboa, Moita e Loures.

Na discussão da liderança, Maria das Dores Meira até subiu ligeiramente em votos face ao seu camarada Joaquim Judas, mas Inês Medeiros reforçou a votação em 35%, ao passo que a direita liderada por PSD e CDS encolhia. Depois do ex-autarca do Seixal, derrotado em 2013 em Almada, foi a ex-autarca de Setúbal a ser subjugada por Inês de Medeiros.

A bloquista Joana Mortágua e o social-democrata Nuno Matias chegaram a vereadores, mas fragilizados. A primeira não conseguia ser garantia de maioria para PS ou PCP. Matias, líder de uma candidatura que tinha a seu lado, como cabeça de lista à Assembleia Municipal, Maria Luís Albuquerque, sucessora de Vítor Gaspar no Governo de Passos Coelho, nem sequer conseguiu replicar o resultado de 2017 (nesse ano, recorde-se, o PSD concorrera sozinho e, no país, tivera o seu pior desempenho autárquico de sempre).

Adicionalmente, surgia Manuel Matias, pai da agora candidata a Sintra Rita Matias, que levou o Chega para uma votação próxima de Joana Mortágua. A irmã da líder do partido deixa este ano a vereação, com o Bloco de Esquerda a prescindir de uma Câmara onde vinha elegendo. A coligação com o Livre liderada por Sérgio Lourosa Alves foi conhecida em agosto, já depois de o partido de Rui Tavares se ter anunciado a votos sozinho em meados de julho e com um candidato distinto do atual, Eduardo Raposo.

O desempenho do Chega pouco cresceu nas legislativas antecipadas de 30 de janeiro de 2022, mas a 18 de maio último já multiplicou a votação por mais de quatro vezes, para 21,5% dos votos almadenses.

A população não validou as palavras da comunista Dores Meira, que criticava “quatro anos de uma gestão desastrosa do Partido Socialista” e denunciava “uma política de retrocesso e de estagnação”.

O Livre fez marcha-atrás depois de ter apresentado o seu candidato numa candidatura a solo e, um mês depois, anunciou a coligação com o Bloco de Esquerda. O partido de Mariana Mortágua decide, assim, não ter um cabeça de lista numa autarquia onde elegia para a vereação Joana Mortágua há já duas eleições consecutivas. CARLOS M. ALMEIDA/LUSACARLOS M. ALMEIDA/LUSA

PSD chama ex-autarca de Mafra e CDU confia em presidente de Junta

Este ano, os comunistas não pescam noutros concelhos, mas numa freguesia de Almada. Luís Palma, professor de 46 anos, termina o terceiro mandato na Junta de Freguesia de Laranjeiro e Feijó. Consigo, a CDU manteve a última freguesia que lhe resta em Almada, mas o PS recolheu mais votos para a eleição na Câmara.

Um resultado muito distante dos anos dourados dos comunistas, vencedores incontestados desde 1976 e com consecutivas maiorias absolutas a partir dos anos 1990.

A estratégia de chamar ex-presidentes de Câmara está este ano do lado do PSD. Quando se aproximava do limite de mandatos em Mafra, Hélder Sousa Silva seguiu para Bruxelas nas europeias de 2024. Agora, apanhou o avião para Lisboa e passou a ponte para a margem sul.

Tal como Inês de Medeiros quando se candidatou em 2017, Hélder Silva, mafrense de nascença e presidente dos Autarcas Social Democratas de 2019 a 2024, é corpo estranho em Almada. Ainda hoje, Inês de Medeiros continua a morar em Lisboa, o que em 2021 lhe valeu uma crítica contundente da adversária comunista Dores Meira: “Há muitos trabalhadores que nunca viram a presidente da câmara, que nunca a viram em pessoa. Eu acho isso incrível!”

O deputado europeu assumiu, na sua candidatura, que o desafio é maior do que aquele de Mafra, porto seguro laranja. O máximo que o PSD conseguiu foi receber pelouros num Executivo de Inês de Medeiros, até que, há um ano, decidiram retirar o apoio ao orçamento de 2025.

“Estivemos sete anos a fazer cedências ao PS. Foi em nome da estabilidade, mas de nada vale se não pudermos trabalhar pelas pessoas. As propostas do PSD são sempre ignoradas ou atrasadas”, queixou-se, num comunicado enviado à Lusa, o presidente da concelhia do PSD de Almada, Paulo Sabino – reeleito há um ano para a liderança local do partido, numa lista concorrente com a do vereador eleito em 2021. Agora, Sabino é o número dois da lista de Hélder Sousa Silva.

Inês de Medeiros respondia, na Assembleia Municipal, que a responsabilidade era dos social-democratas, que não tinham apresentado propostas a tempo de serem inscritas no orçamento, apesar do telefonema feito pela própria autarca. “Para poder assumir compromissos, é preciso que haja sequer propostas de compromisso”, afirmou Medeiros que, com esta rutura, perdeu o apoio maioritário no penúltimo dos seus oito anos de governação.

Paulo Sabino está confiante na candidatura que integra: “Não há dúvidas: trouxemos um profissional com provas dadas para cuidar de Almada!”

Luís Montenegro em declarações à imprensa após a reunião de trabalho com economistas na sede do PSD - 16JAN24
Em 2021, a coligação de PSD, CDS, Aliança, MPT e PPM não passou dos 11%, o que, admitiu-se na noite eleitoral, poderá ter significado a fuga de votos para o PS, ajudando Inês de Medeiros a vencer. Agora, os partidos de Luís Montenegro e Nuno Melo vão sozinhos a votos, o primeiro com o ex-autarca de Mafra e eurodeputado Hélder Sousa Silva e os centristas com uma sua vice-presidente, Ana Clara BirrentoHugo Amaral/ECO

À direita, o CDS, de novo separado do PSD, leva a votos Ana Clara Birrento, vice-presidente do partido. Em declarações à Lusa, diz ver uma cidade com “muito potencial e que não pode ser só a outra margem do rio de onde e para onde existe um movimento pendular de pessoas, trazendo graves problemas ao nível dos transportes e da mobilidade”. No mesmo espetro político, a Iniciativa Liberal apresenta Carlos Alves, que quer “acelerar Almada”.

Mais à direita, Carlos Magno, militante desde a fundação do Chega e seu secretário-geral adjunto, apresenta-se a votos sob o mote “Almada sem medo” e leva uma deputada em São Bento como candidata a presidente da Assembleia Municipal.

Na contenda eleitoral de 12 de outubro, Inês de Medeiros parte com a ligação quebrada à direita no último dos oito anos de governação, com um PCP que sempre a hostilizou em Almada e a incógnita do vigor do Chega, que mesmo sem sinais evidentes de vitória, poderá criar na autarquia um novo equilíbrio de forças na vereação. Há ainda que saber o que vale a soma do Bloco de Esquerda e do Livre, que unem a força local dos primeiros ao crescimento eleitoral nacional dos segundos.

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