Humor nas campanhas

  • Luis Lobato Almeida
  • 1 Fevereiro 2024

Não se fala de outra coisa. Primeiro a newsletter agora as estantes. Para não escrever mais sobre o assunto, e aproveitar o contexto, deixo-vos a minha visão sobre a utilização do humor em campanhas.

Gosto muito de humor em marketing. Desculpem, entreguei tudo logo na primeira frase. Já o usei muitas vezes e para mim é o formato que funciona melhor embora seja o mais difícil de “fazer bem”. Ter graça não é nada fácil.

Já fiz campanhas com pessoas a gritar que eram legumes enquanto desciam ondas, clientes que se transformavam em colaboradores e, mais recentemente, clientes que pagavam as suas despesas com produtos do supermercado. Sinto-me um privilegiado.

Independentemente de acharem as campanhas acima referidas boas ou não, ou com graça, todas tinham algo em comum (além do humor) – uma verdade de compra, marca/produto ou consumidor por trás. Senão vejamos: os legumes demoravam apenas 24h entre produtor e consumidor; os clientes que tão bem vendiam o super existiam mesmo; e é através da compra de produtos daquele super que se podem pagar as despesas.

Sempre tentei aplicar esta regra na utilização do humor e não tanto preocupar-me em identificar temas com que se pode brincar ou procurar ter limites nas piadas – aí depende do que a marca e/ou produto aguenta ou, no limite, das regras da empresa em causa.

Para mim, melhor que a piada pela piada – nada contra – é a piada que tem uma verdade de negócio ou consumidor por trás. Este detalhe transporta o conteúdo para um nível completamente diferente.

Porque quando brincamos com uma verdade de marca conseguimos construí-la mais um pouco – porque é sobre a mesma – quando é sobre o produto conseguimos explicá-lo ou a diferenciá-lo – porque é sobre o mesmo – e quando é sobre o consumidor, conseguimos envolver os nossos clientes – acertamos no alvo quando alguém se vê a si próprio, ou um amigo e familiar, numa campanha.

Não tenho nada contra o real time marketing. Quem nunca o usou? Os resultados de popularidade podem ser fantásticos, como foram no caso, e até podem dizer coisas sobre a atitude e postura da marca, ajudando a construí-la.

Acredito apenas que a brincar, a brincar… se podem dizer as verdades da marca.

Ah, e parabéns aos anunciantes das tais campanhas que nos puseram todos a falar delas.

  • Luis Lobato Almeida
  • Brand marketing director

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