Pode a Comunicação ser uma aliada em caso de um ciberataque?
Se as empresas não querem comprometer a sua espinha dorsal e a continuidade de negócio, devem fazer bom uso de uma das suas vértebras – a Comunicação.
No atual cenário em que a tecnologia desempenha um papel fundamental nas nossas vidas, especialmente no âmbito empresarial, uma crise de comunicação pode comprometer a espinha dorsal de qualquer organização. A estratégia adotada pelas empresas para responder e comunicar durante uma crise pode ter um impacto direto no negócio e muitas vezes levar a sérios danos.
Entre garantir a reputação da empresa e a confiança dos clientes, colaboradores e acionistas ou saber atuar durante um longo período de disrupção, incerteza financeira e (des)informação, a maneira como as organizações comunicam dita uma avultada parte dos resultados.
Atualmente, as redes cibercriminosas estão longe de ser constituídas pelo estereótipo do miúdo hacker, fechado em casa, a invadir websites por mera diversão. Antes, têm um modelo de negócio amadurecido e agem por meio de abordagens complexas que passam (quase) despercebidas. Esta tendência mundial é impulsionada por acontecimentos com repercussão mundial – como a guerra na Ucrânia. Desde que eclodiu, o aumento dos ciberataques de grupos de hackers pró-Rússia é inegável, com o cibercrime a ser cabeça de cartaz ao lado da Covid-19, Putin e Zelensky.
Mesmo nestes cenários desafiantes, existem abordagens que aproximam as empresas do sucesso na gestão da comunicação. Vejam-se, então, tópicos como o estabelecimento de uma equipa de crise; a gestão da comunicação, interna e externa; ou a sensibilização dos colaboradores.
Para coordenar toda a atividade que decorre neste cenário adverso deve estabelecer-se uma equipa onde estão integrados os departamentos necessários para falar abertamente sobre o ciberataque e evidenciar onde cada um deverá atuar para mitigar e recuperar do desastre ocorrido.
Como consequência da atividade deste Conselho de Crise, é possível avançar-se para uma gestão correta da comunicação perante colaboradores, clientes, parceiros e fornecedores. Esta, acontece com a adoção de uma comunicação transparente, clara, assertiva e sobretudo on time (isto é, sem deixar passar demasiado tempo pós-ataque sob pena de estar a “encobrir” o caso). Pode ser vantajoso “abrir o jogo” na medida do necessário, sem evidenciar zonas cinzentas que criem a dúvida, incerteza ou desconfiança sobre o que realmente ocorreu.
Simultaneamente, é também essencial “sensibilizar” os colaboradores sobre o que podem ou não dizer, ou como encaminhar algum tipo de solicitação durante um ciberataque.
Há que ter estratégias previamente delineadas para dar resposta à opinião pública e fazer por informar, de uma forma clara e objetiva, todos os stakeholders com a obrigatória (ou, pelo menos, com a possível) transparência. Uma estratégia de comunicação é, assim, basilar e um grande aliado na boa gestão e resposta eficaz perante uma situação de crise.
Por isso, e se as empresas não querem comprometer a sua espinha dorsal e a continuidade de negócio, devem fazer bom uso de uma das suas vértebras – a Comunicação.
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