O BCP está a contar regressar aos dividendos, depois dos lucros de 138 milhões de euros em 2021. “A intenção é voltar aos dividendos, mas de forma bastante moderada“, adiantou o chairman Nuno Amado na apresentação dos resultados de 2021. Também revelou que “muito boa parte do conselho de administração e a totalidade da comissão executiva” vão ser reconduzidos, incluindo o próprio Amado.
O tema do regresso aos dividendos é “consensual” entre conselho de administração e comissão executiva, explicou Amado, que completa hoje dez anos desde que assumiu funções na administração do banco. “Entendemos que seria bom retomar o pagamento de dividendos”, acrescentou.
Miguel Maya assinalou depois que a sua comissão executiva apresentará uma proposta ao conselho de administração que tem em conta que “a gestão de capital tem de ser muito rigorosa” e que o dividendo a distribuir terá em conta a “situação que o banco vive, com enormes cautelas, que têm de ser superiores face aos riscos geopolíticos“.
Relativamente à próxima administração do banco, Amado foi convidado para continuar, assim como Miguel Maya e a restante equipa executiva. “Há intenção de haver continuidade” com o objetivo de o banco entrar na “segunda fase de normalização e de crescimento da atividade”, disse o chairman. Neste momento, os reguladores estão a avaliar a proposta.
Tanto a proposta de dividendo como da nova administração terão de ser aprovadas pela assembleia geral que se realizará em maio.
(Notícia atualizada às 18h37)