Palbit lidera agenda do PRR rumo à “nova geração” de componentes automóveis
Execução da agenda vai nos 33%, avança Daniel Figueiredo, acrescentando que "as empresas já fizeram muito do investimento que estava definido" e já estão a começar a preparar os primeiros protótipos.
A Palbit, empresa de Albergaria-a-Velha, lidera a agenda mobilizadora Hi-rEV, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), visando fabricar a “nova geração” de componentes automóveis, cuja execução vai nos 33%, disse à Lusa o administrador Daniel Figueiredo.
Segundo o administrador executivo da Palbit, esta agenda mobilizadora do PRR, que conta com um investimento total de 43 milhões de euros, vai ajudar “a preparar uma nova geração de produtos, uns mais focados na parte das ferramentas, outros mais focados na parte dos componentes metálicos em si”, mas também nos plásticos.
“Existe uma panóplia de alterações relevantes neste momento [no setor automóvel]. Uma delas, em concreto, que temos sentido e que tem um vetor ou uma importância maior, é a alteração da mobilidade”, disse o responsável da empresa que produz ferramentas de metal duro, referindo-se especificamente à “alteração do motor de combustão para o motor elétrico”.
Segundo Daniel Figueiredo, a transição “obriga a que a maior parte dos componentes tenha uma alteração, tanto ao nível dos materiais, como ao nível das formas, das geometrias ou da forma como se utiliza esses componentes para um novo veículo”.
“Nesse sentido, as empresas precisam de criar uma nova geração de produtos para integrar os novos carros elétricos”, necessidade a que a agenda mobilizadora do PRR Hi-rEV – Recuperação do Setor de Componentes Automóveis, liderada por esta empresa do distrito de Aveiro, tenta dar reposta.
Em causa estão produtos como ferramentas de corte revestidas de alta precisão, moldes de alta precisão, moldes inteligentes, peças para fundições mega-estruturais, peças de suspensão de alto desempenho, produtos para carroçaria nua, plásticos inteligentes, componentes de iluminação, peças para conexões eletrónicas complexas ou superfícies interiores conectáveis.
A agenda compreende ainda “pequenas empresas de perfil tecnológico”, que “fazem produção de células robotizadas, de desenvolvimento de novos robôs, sistemas de inspeção, tratamento de dados ou digitalização dos processos de chão de fábrica”, explicou o responsável.
Para já, a execução da agenda vai nos 33%, cifra que Daniel Figueiredo considera “muito elevada”, acrescentando que “as empresas já fizeram muito do investimento que estava definido” e “já estão a começar a preparar os primeiros protótipos” para “lançar no mercado” os produtos.
Quanto a prazos, Daniel Figueiredo apontou que este é um projeto que “no final de 2024 e início de 2025 tem de estar concluído”.
A agenda de 43 milhões de euros, também catalogada como “Agenda Verde”, inclui, além da Palbit, as empresas MCG – Manuel da Conceição Graça, Pecol Automotive, Retsacoat, Schmidt Light Metal, Microplásticos, MD Group, MD Plastics, Sarkkis Robotics, Dream for It, DRT Rapid, Glarevision, Microprocessador, Sentinel Concept e Streak.
Além das empresas, participam também entidades de investigação como o INESC TEC, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, a Universidade de Aveiro e o INEGI, bem como associações do setor automóvel, como a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) e a Mobinov – Cluster Automóvel Portugal.
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