PPM/Açores quer apoios aos empresários do Corvo devido a quebras no abastecimento
PPM/Açores defende apoios para os empresários do Corvo devido a quebras no abastecimento, uma vez que o navio que abastece a ilha está também a operar nas Flores.
“É necessário compensar os empresários e os comerciantes, e um conjunto de agentes que estão a ter prejuízos. A compensação, que está prevista para as Flores, tem de ser alargada ao Corvo“, defendeu o líder do PPM/Açores, Paulo Estêvão, numa conferência de imprensa, realizada na delegação da Assembleia Regional, em Ponta Delgada.
Em fevereiro, a Assembleia Regional aprovou uma proposta do PS que prevê a criação de um “apoio extraordinário e temporário” ao setor privado das Flores, e isenção de taxas portuárias e aeroportuárias de carga e descarga de mercadorias com origem ou destino à ilha.
O deputado lembrou que o abastecimento à ilha das Flores tem sido uma “operação com grandes dificuldades”, devido às condições meteorológicas e à precariedade do porto das Lajes. Aquele porto foi destruído pelo Lorenz, em outubro de 2019, e voltou a ser afetado em dezembro de 2022 pela tempestade Efrain.
A compensação, que está prevista para as Flores, tem de ser alargada ao Corvo.
Na segunda-feira, o navio Margarethe, fretado pelo Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) não conseguiu abastecer as Flores devido ao mau tempo, estando previsto que o abastecimento seja realizado na quinta-feira. Também na segunda-feira, o navio Thor, que habitualmente abastece o Corvo, conseguiu abastecer a ilha das Flores de gás.
“A ilha do Corvo está a ser afetada, porque uma coisa é abastecer o Corvo e outra coisa é abastecer uma ilha que tem 10 vezes mais população, como as Flores. É uma embarcação que tem uma pequena capacidade que serve uma população de 400 habitantes”, afirmou.
O PPM pretende que os apoios aos empresários das Flores sejam alargados à ilha do Corvo. “Os prejuízos que estão a ocorrer na ilha das Flores, também estão a ocorrer no Corvo”, declarou.
O deputado do PPM lembrou que o navio Thor se encontra, atualmente, a realizar o abastecimento de combustível à ilha de São Jorge, uma medida implementada no âmbito da crise sismovulcânica que afetou a ilha em 2022. “Nas atuas circunstâncias, o Thor deve estar exclusivamente ao serviço das ilhas do grupo ocidental”, realçou.
Estêvão defendeu ainda a criação de estufas para que o grupo Ocidental possa ser “autossuficiente em frescos”, admitindo que tal implica um investimento em “estruturas caras”.
“O que temos de fazer é ser a própria região a construir as infraestruturas, as estufas, e depois ceder a sua exploração a quem estiver interessado. Se nós construirmos essas infraestruturas, obviamente será possível encontrar gente com disponibilidade”, concluiu.
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