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Valor das 100 maiores marcas globais sofre queda de 20%

Rafael Ascensão,

Apesar da queda, o valor das 100 maiores marcas em 2023 continua a ser maior do que aquele que era projetado nos rankings antes da pandemia.

O valor das 100 maiores marcas globais em 2023 fixa-se em 6,9 triliões de dólares (cerca de 6,38 biliões de euros), numa queda de 20% face ao ano passado, em que foi registado um valor total de 8,7 triliões de dólares (cerca de 8,05 biliões de euros). Apesar da queda, o valor registado este ano encontra-se bem acima dos cinco triliões de dólares registados em 2020.

Os dados são divulgados pelo estudo “Kantar’s global BrandZ 2023 Top 100 ranking“, que contou com 4,2 milhões de inquiridos de 21 mil marcas dentro de 540 categorias.

O ranking continua a ser liderado pela Apple (880 mil milhões de dólares), seguida pela Google (578 mil milhões de dólares) e Microsoft (502 mil milhões de dólares). Embora se mantenha como líder do ranking, a gigante tecnológica também registou uma queda de 7% face ao ano passado, quando foi avaliada em 947 mil milhões de dólares. A Google também sofreu uma queda aparatosa (-30%) e a Microsoft, embora tenha conseguido substituir a Amazon na quarta posição, também viu o valor da sua marca sofrer uma queda de 18%.

Em quarto lugar, depois de uma queda de 35%, surge assim a Amazon, seguida pela McDonald’s, Visa, Tencent, Louis Vuitton (a única marca do top 10 que não registou qualquer queda ou crescimento), Mastercard e Coca-Cola, que entrou de novo nos 10 primeiros lugares depois de o seu valor de marca ter registado um crescimento de 8%, o que lhe permitiu escalar sete posições.

No total foram 16 as marcas cujo valor cresceu, sendo que a indiana Airtel (76ª classificada) foi a que apresentou um maior crescimento (24%). A Pepsi e a Fanta foram as outras duas marcas que mais cresceram, 17 e 15%, respetivamente.

A Shein (24 mil milhões de dólares) e a Nongfu Spring (22 mil milhões de dólares), ambas chinesas, foram as duas marcas que se conseguiram juntar pela primeira vez ao ranking, atingindo a 70.ª e a 81.ª posição.

Por outro lado, houve nove marcas que voltaram a integrar este ranking. São elas a BCA (74.ª), a Airtel (76.ª), a ExxonMobil (79.ª), a Pepsi (91.ª), a Red Bull (93.ª), a Colgate (95.ª), a Shell (98.ª), a Sony (99.ª), e a Pampers (100.ª).

A maior percentagem de marcas do ranking (18%) pertence ao setor de negócios de tecnologia e serviços, seguindo-se o de media e entretenimento (16%) e o de tecnologias de consumo e plataformas de serviços (15%). Os setores de retalho (12%), serviços financeiros (10%) e telecomunicações (6%) são os que se seguem entre os mais expressivos.

O setor de media e entretenimento foi o que registou um maior declínio no seu valor (-32%), seguido pelo de retalho (-27%), negócios de tecnologia e serviços (-24%), vestuário (-21%) e cuidados pessoais (-15%). Tanto o setor automóvel como o de bebidas alcoólicas registaram uma queda de 13%, enquanto o das telecomunicações caiu 10%.

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