IP estuda nova solução para zona da Garraia em Évora após obras da ferrovia
Está em estudo uma nova solução para ligar a zona da Garraia à Estrada Nacional 18, na periferia de Évora, após alterações resultantes das obras da nova ferrovia.
A Infraestruturas de Portugal (IP) está a estudar uma nova solução para ligar a zona da Garraia à Estrada Nacional (EN) 18, na periferia de Évora, após alterações provocadas pelas obras da nova ferrovia, revelou esta quinta-feira a empresa. Esta nova solução junta-se a uma outra, igualmente em estudo pela IP e que foi divulgada pela empresa em março, que consiste na construção de um viaduto sobre a futura linha ferroviária.
Fonte da IP adiantou à Lusa que a empresa pública acordou com a Câmara Municipal de Évora e a Associação de Moradores da Garraia (AMG) avançar com estudos sobre o desenvolvimento de “uma solução alternativa ao viaduto de acesso à EN18“.
“Esta nova solução baseia-se na implantação de duas rotundas, a nascente e poente do nó” que dá acesso à Garraia, permitindo “eliminar as viragens à esquerda no restabelecimento e o cumprimento de redução de velocidade na aproximação”, salientou.
É uma opinião pessoal, mas confesso que preferiria a solução das duas rotundas em vez do viaduto, porque esta solução implica, do ponto de vista da paisagem, uma ferida maior.
Segundo a IP, a nova solução foi apresentada pela empresa à Câmara de Évora no dia 30 de maio. “A IP está disponível para avançar com a concretização de qualquer uma das duas soluções, em função do que vier a ser acordado com a câmara de Évora em articulação com a AMG”, acrescentou.
Contactado pela Lusa, o autarca de Évora, Carlos Pinto de Sá, referiu que o município está agora a fazer uma avaliação técnica das duas soluções apresentadas e tomará uma decisão nas próximas semanas, em diálogo com a AMG. “É uma opinião pessoal, mas confesso que preferiria a solução das duas rotundas em vez do viaduto, porque esta solução implica, do ponto de vista da paisagem, uma ferida maior”, notou.
Já a AMG, disse à Lusa o presidente da associação, Pedro Pessoa, realizou uma assembleia geral para os moradores da Garraia discutirem as duas propostas e a maioria escolheu a solução que implica a construção do viaduto.
Em março, a empresa pública já tinha assumido “o desenvolvimento de uma nova passagem superior”, ou seja, um viaduto sobre a futura ferrovia, referindo, então, que o projeto de execução “se encontra em curso”. Na altura, a IP previa que o projeto pudesse ficar concluído até ao final de 2023, o que permitiria que os trabalhos estivessem em curso antes do final de 2024.
Os moradores da Garraia contestam o que consideram ser “erros grosseiros” do projeto do troço ferroviário Évora-Évora Norte, nomeadamente a solução que foi criada para a ligação do Caminho Municipal 1090, que serve os moradores deste lugar, à EN 18.
Estão em obra os quatro troços que vão integrar o Corredor Internacional Sul, entre Sines e a fronteira do Caia, em Elvas (Portalegre), no âmbito do Programa de Investimentos na Expansão e Modernização da Rede Ferroviária Nacional “Ferrovia 2020”.
O projeto pretende reduzir o tempo de trajeto, em consequência da utilização de comboios de tração elétrica entre Sines e Caia, e “aumentar a eficiência e atratividade” do transporte ferroviário de mercadorias, ao permitir a circulação de comboios de mercadorias com 750 metros de comprimento.
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