IP estuda nova solução para zona da Garraia em Évora após obras da ferrovia

  • Lusa
  • 15 Junho 2023

Está em estudo uma nova solução para ligar a zona da Garraia à Estrada Nacional 18, na periferia de Évora, após alterações resultantes das obras da nova ferrovia.

A Infraestruturas de Portugal (IP) está a estudar uma nova solução para ligar a zona da Garraia à Estrada Nacional (EN) 18, na periferia de Évora, após alterações provocadas pelas obras da nova ferrovia, revelou esta quinta-feira a empresa. Esta nova solução junta-se a uma outra, igualmente em estudo pela IP e que foi divulgada pela empresa em março, que consiste na construção de um viaduto sobre a futura linha ferroviária.

Fonte da IP adiantou à Lusa que a empresa pública acordou com a Câmara Municipal de Évora e a Associação de Moradores da Garraia (AMG) avançar com estudos sobre o desenvolvimento de “uma solução alternativa ao viaduto de acesso à EN18“.

“Esta nova solução baseia-se na implantação de duas rotundas, a nascente e poente do nó” que dá acesso à Garraia, permitindo “eliminar as viragens à esquerda no restabelecimento e o cumprimento de redução de velocidade na aproximação”, salientou.

É uma opinião pessoal, mas confesso que preferiria a solução das duas rotundas em vez do viaduto, porque esta solução implica, do ponto de vista da paisagem, uma ferida maior.

Carlos Pinto de Sá

Presidente da Câmara Municipal de Évora

Segundo a IP, a nova solução foi apresentada pela empresa à Câmara de Évora no dia 30 de maio. “A IP está disponível para avançar com a concretização de qualquer uma das duas soluções, em função do que vier a ser acordado com a câmara de Évora em articulação com a AMG”, acrescentou.

Contactado pela Lusa, o autarca de Évora, Carlos Pinto de Sá, referiu que o município está agora a fazer uma avaliação técnica das duas soluções apresentadas e tomará uma decisão nas próximas semanas, em diálogo com a AMG. “É uma opinião pessoal, mas confesso que preferiria a solução das duas rotundas em vez do viaduto, porque esta solução implica, do ponto de vista da paisagem, uma ferida maior”, notou.

a AMG, disse à Lusa o presidente da associação, Pedro Pessoa, realizou uma assembleia geral para os moradores da Garraia discutirem as duas propostas e a maioria escolheu a solução que implica a construção do viaduto.

Em março, a empresa pública já tinha assumido “o desenvolvimento de uma nova passagem superior”, ou seja, um viaduto sobre a futura ferrovia, referindo, então, que o projeto de execução “se encontra em curso”. Na altura, a IP previa que o projeto pudesse ficar concluído até ao final de 2023, o que permitiria que os trabalhos estivessem em curso antes do final de 2024.

Os moradores da Garraia contestam o que consideram ser “erros grosseiros” do projeto do troço ferroviário Évora-Évora Norte, nomeadamente a solução que foi criada para a ligação do Caminho Municipal 1090, que serve os moradores deste lugar, à EN 18.

Estão em obra os quatro troços que vão integrar o Corredor Internacional Sul, entre Sines e a fronteira do Caia, em Elvas (Portalegre), no âmbito do Programa de Investimentos na Expansão e Modernização da Rede Ferroviária Nacional “Ferrovia 2020”.

O projeto pretende reduzir o tempo de trajeto, em consequência da utilização de comboios de tração elétrica entre Sines e Caia, e “aumentar a eficiência e atratividade” do transporte ferroviário de mercadorias, ao permitir a circulação de comboios de mercadorias com 750 metros de comprimento.

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