Celeste mete mais pães e bolos no “forno” entre Guimarães e Luxemburgo
Com 11 lojas e fábricas em Guimarães, Vizela, Ermesinde e Luxemburgo, o grupo liderada por Teresa Vaz, que emprega 400 pessoas e fatura 25 milhões de euros, está a expandir a capacidade industrial.
O Grupo Celeste, com mais de 50 anos de experiência na área da indústria de panificação e pastelaria, tem quatro unidades de produção, onze lojas e emprega mais de 400 pessoas, faturando 25 milhões de euros. Fruto da estratégia de crescimento, vai agora investir dois milhões de euros, entre Portugal e o Luxemburgo, para aumentar em 30% a capacidade de produção e vai renovar a imagem das lojas e aumentar o portefólio de artigos.
“Ao nível da industrialização, vamos aumentar a capacidade de congelação e aumentar em 30% a produção instalada nas unidades fabris no início de 2024. Está ainda nos planos do grupo aumentar o leque de produtos, apostar na exportação dos produtos produzidos em Portugal e investir na industrialização do embalamento”, conta ao ECO/Local Online a CEO do Grupo Celeste, Teresa Vaz. Atualmente, a empresa exporta apenas 4% da produção para Luxemburgo, Bélgica, França e Mónaco.
Em Portugal conta com três unidades fabris localizadas em Guimarães, Vizela e Ermesinde, e dez lojas próprias. No Luxemburgo tem uma unidade fabril, um supermercado, um restaurante e uma padaria. Entre as fábricas de Vizela, Guimarães e Luxemburgo, produz mais de 14 milhões de pães por mês, o que corresponde a mais de oito mil toneladas por ano. A unidade de Ermesinde é mais direcionada para o fabrico de bolachas e pão de forma, com uma produção mensal acumulada de 200 mil artigos nestas categorias.
Com o aumento da capacidade produtiva em 30%, o Grupo Celeste prevê produzir mais duas toneladas de pães e bolos, passando para as 11 mil toneladas por ano. Por outro lado, está a renovar a imagem das lojas e prestes a inaugurar um laboratório de investigação e desenvolvimento (I&D) na unidade industrial de Guimarães. “É muito importante na área da indústria termos uma área fora da produção que esteja constantemente a testar novos produtos”, contextualiza a gestora.
Recuando na história, com apenas 12 anos, António da Silva Pereira Vaz já ajudava o pai, José Vaz, na laboração do pão. Em 1968, decide criar esta empresa com a construção de uma unidade industrial em Guimarães e, 15 anos depois, abre a primeira loja na cidade Berço, com o conceito “Pão Quente”, nome pelo qual passou inicialmente a ser conhecida. Só mais tarde é que o fundador dá o nome de uma das cinco filhas ao projeto empresarial.
O negócio é o culminar de uma paixão que passou de geração em geração. Em 2003, a segunda geração assume a gestão do grupo, passando em 2007 o negócio a ser gerido por Teresa Vaz, filha do fundador, que começou a trabalhar na empresa em 1995, logo após concluir o curso de Relações Internacionais, Económicas e Políticas na Universidade do Minho.
Em 2013, o grupo aposta na internacionalização e escolhe recaiu sobre o Luxemburgo. Nos planos está a abertura de uma loja junto de outra comunidade emigrante na Europa, “para que possa usufruir da tradição dos produtos portugueses no país de residência”. A partir de 2026, embora os detalhes ainda não estejam definidos, realça a gestora de 45 anos, será retomado o plano de expansão comercial em Portugal e no estrangeiro.
Finalmente, na área da sustentabilidade, o grupo nortenho já colocou em marcha a instalação de painéis fotovoltaicos nas unidades industriais de Guimarães e Vizela, num total de mil em cerca de 2.600 metros quadrados. Uma medida que vai permitir uma cobertura de cerca de 25% das necessidades energéticas do grupo e evitar a emissão de 340 toneladas de CO2 anualmente. O Grupo Celeste tem ainda vindo a aumentar o número de veículos elétricos e híbridos, prevendo até 2031 renovar 70% da frota.
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