Uso de imagem de outros meios por Ventura “pode configurar ação de desinformação”, diz a ERC
Embora tenha reconhecido que não tem competências diretas sobre a difusão de desinformação, a ERC salientou que "não pode deixar de advertir contra este tipo de procedimentos".
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social considera que a utilização de grafismos similares ao Público e à Renascença em publicações de notícias falsas nas redes sociais pelo presidente do Chega, André Ventura, “pode configurar uma ação de desinformação”.
De acordo com a deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), a que a Lusa teve hoje acesso, a manipulação de imagem e conteúdo visou “credibilizar as mensagens” partilhadas por Ventura nas redes sociais, “aproveitando o imediatismo com que se consome o conteúdo das redes sociais” e levando o público a associar a informação à imagem de órgãos de comunicação social conhecidos.
“A publicação, por André Ventura, de imagens que emulam o Público e a Rádio Renascença pode configurar uma ação de desinformação”, pode ler-se na deliberação da ERC, que, embora tenha reconhecido que não tem competências diretas sobre a difusão de desinformação, salientou que “não pode deixar de advertir contra este tipo de procedimentos”.
Fonte oficial da ERC tinha confirmado à Lusa em 21 de agosto que o organismo já tinha recebido uma participação sobre notícias falsas de que a Renascença e o Público foram alvo por parte de André Ventura e que a mesma se encontrava “em apreciação”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.