Câmara de Coimbra perde 16,4 milhões de euros em 2023
Apesar deste resultado líquido negativo, relacionado com provisões para fazer face a processos em curso, o vereador das Finanças atesta a “saúde financeira” do município de Coimbra.
A Câmara Municipal de Coimbra atingiu em 2023 um resultado líquido negativo de 16,4 milhões de euros, relacionado com a constituição de provisões associadas a processos judiciais em curso. No ano passado, a autarquia registou um aumento da capacidade de endividamento e um saldo de gerência de 16,7 milhões de euros que transita de 2023 para 2024. Os dados fazem parte dos documentos de prestação de contas do exercício de 2023 que foram aprovados na reunião do executivo desta segunda-feira, com abstenção do PS e da CDU.
O município liderado por José Manuel Silva justifica o resultado líquido negativo com a rubrica “provisões”, que “obriga” a reservar valores relacionados com possíveis indemnizações associadas a processos judiciais que estão em curso e que podem fazer com que a autarquia tenha de desembolsar esses mesmos valores. Durante a apresentação dos resultados, o vereador do pelouro das Finanças, Miguel Fonseca, disse que o resultado líquido negativo está em linha com uma “tendência nacional” face à inflação e às revisões de preços extraordinários. O vereador das Finanças atestou mesmo a “saúde financeira” do município de Coimbra.
Os indicadores confirmam a estabilidade financeira do município, a baixa dependência de financiamentos externos, o património líquido como principal fonte de financiamento do ativo e a grande capacidade de solver dívidas quer a curto quer a médio e longo prazo.
A autarquia registou ainda uma poupança corrente na ordem dos 16,3 milhões de euros que foi canalizada para financiar despesas de investimento. Assim como uma taxa de execução da receita cobrada de 92,1%, “o que evidencia forte rigor na gestão e resulta da monitorização permanente da execução orçamental, observada ao longo do ano”, atestou o vereador Miguel Fonseca, durante a apresentação dos documentos de prestação de contas do exercício de 2023.
A capacidade de endividamento aumentou de 23,4 para 24 milhões de euros. Já no que concerne a projetos cofinanciados, a autarquia obteve comparticipações na ordem dos 19,2 milhões de euros — mais 8,8 milhões de euros do que em 2022.
“Os indicadores confirmam a estabilidade financeira do município, a baixa dependência de financiamentos externos, o património líquido como principal fonte de financiamento do ativo e a grande capacidade de solver dívidas quer a curto quer a médio e longo prazo”, sustentou o vereador.
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