Ideias +M

“Nas 40 horas semanais de trabalho deveria estar previsto tempo dedicado a aprender”, diz CEO da Lisbon Digital School

Carla Borges Ferreira,

A assinalar o 6º aniversário, a Lisbon Digital School aposta na formação prática e de proximidade com as empresas. Adquirir conhecimentos para se relacionarem com as agências é uma das necessidades.

A Lisbon Digital School vai arrancar com uma série de eventos em formato hibrido sobre temas de marketing digital e inovação. O primeiro desta série “Update & Connect”, o Innovation Ignite”, decorre este sábado, 25 de Maio, no IDEA Spaces Palácio, em Lisboa, e conta com nomes como Glauco Madeira, chief transformation officer da escola, António Cancela de Abreu, head of product strategy and design na Bliss Applications, Pedro Janela, chairman & founder do WYgroup, ou Raquel Araújo, innovation manager no Hospital da Luz Learning Health.

No ano em que a Lisbon Digital School comemora o sexto aniversário, decidimos retomar os nossos eventos presenciais. A Inovação é uma área que queremos explorar por se tratar do motor impulsionador para o futuro das empresas, o desenvolvimento de produto digital, onde já temos muitas empresas portuguesas a dar cartas”, explica ao +M Natacha Gama Pereira, CEO da Lisbon Digital School.

Ainda este ano, conta a responsável, vai decorrer também a quarta edição do evento O Teu Futuro é Digital, formação gratuita de marketing digital e Inovação dirigida a jovens recém-licenciados. “O objetivo é dar-lhes ferramentas no digital para que fiquem melhor preparados para integrar o mercado de trabalho“, explica, acrescentando que pela primeira vez esta iniciativa está aberta a todas as áreas de formação, não estando fechado às áreas de Marketing, Comunicação, Gestão e Design, como nos anos anteriores.

Fundada há seis anos por Virgínia Coutinho, que morreu três anos depois, a Lisbon Digital School integrou de seguida o WYgroup – “pela mão do nosso cuidador, Pedro Janela” –, com o objetivo de prosseguir o legado da fundadora. Os formadores profissionais estão no mercado e os cursos têm um pendor prático. A CEO da escola de marketing digital conta que as áreas mais procuradas são marketing digital de forma mais holística, IA, social media, customer journey e experience.

As formações corporate tailor made permitem-nos conhecer muitas empresas e as suas necessidades, sendo a formação desenhada de raiz e adaptada à realidade da empresa”, acrescenta a responsável.

Destinada então a particulares e a empresas, quando questionada sobre as maiores necessidades sentidas pelas empresa em termos de formação, Natacha Gama Pereira responde que a maior necessidade “começa mesmo por priorizar o acesso à formação nas empresas e ser assumido como parte da cultura de todas as empresas”.

“Nas 40 horas semanais de trabalho deveria estar previsto tempo dedicado a aprender. Ouvir um podcast, participação numa conferência, um curso online, tempo que seja de imersão em conhecimento enquanto desenvolvimento pessoal“, acredita.

Depois, necessidades mais concretas, depende muito da empresa, e do seu estado de maturidade e audiência, passando por temas como o mapeamento da jornada dos clientes, ferramentas de IA, redes sociais, desde a estratégia, criação de conteúdos, a métricas, performance, a leitura de dados, descreve

Há uma necessidade transversal a muitas empresas e marcas, de poderem adquirir conhecimentos para se sentirem mais confiantes para se relacionarem com as agências com quem trabalham. Agências de comunicação, media, performance“, nota ainda Natacha Gama Pereira.

Outro desafio das empresas, prossegue, é formar equipas comerciais com um conhecimento que lhes permita olhar para os canais digitais como um meio para amplificar a sua rede de vendas. “Explicar o conceito de omnicanalidade e desconstruirmos a falsa ideia de que ainda existe o físico versus digital”.

Com o objetivo de ser uma referência no ensino do marketing digital e inovação, para particulares e empresas, e serem “agentes na democratização da literacia digital”, Natacha Gama Pereira aponta a expansão internacional como um dos objetivos para a Lisbon Digital School. “Há um mercado PALOPs que queremos explorar”, avança.

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