Rock in Rio gerou impacto equivalente a 120 milhões de euros no último ano, afirma estudo da Nova SBE
Quatro dias de festival originaram um impacto de 120 milhões de euros na economia portuguesa, avança um estudo da Nova SBE para o Rock in Rio. Pontapé de saída para a edição de 2026 é dado esta terça.
O Rock in Rio (RiR) terá gerado um impacto de equivalente a 120 milhões de euros para a economia nacional e representa 11,8 milhões de euros em receita fiscal (IVA e IRS). Os dados são de um estudo da Nova SBE e foram apresentados esta terça-feira, dia em que é dado o pontapé de saída para a edição de 2026, marcada para os dias 20, 21, 27 e 28 de junho, de novo no Parque Tejo.
Calculando o efeito direto – que inclui os gastos do evento, dos patrocinadores e do público –, o efeito indireto – que reflete o resultado económico da atividade gerada pelas empresas que fornecem os bens e serviços na cadeira de valor que abastece as atividades económicas relacionadas com o festival – e o efeito induzido – que reflete o impacto económico do aumento do consumo nacional de bens e serviços por parte do fator trabalho, decorrente do crescimento de rendimento gerado pelos impactos diretos e indiretos – são então estes os números do festival que na 10ª edição, e de acordo com a organização, reuniu 300 mil pessoas em quatro dias e 14 mil credenciados por dia, vindos de 106 países.
“Estima-se que tenham sido criados o equivalente a 2.000 empregos a tempo completo e 28 milhões de euros em remunerações“, dos quais 3,8 milhões em IRS, refere ainda o estudo.
De acordo com o documento, cerca de 80% do público do RiR mora fora do município de Lisboa e 60% fora da Grande Lisboa. A partir dos inquéritos ao público (1.009), de dados do INE e cálculos da equipa, o estudo estima que os festivaleiros de fora de Lisboa gastaram em média/dia cerca de 49 euros adicionais aos gastos com bilhetes e os estrangeiros gastaram em média/dia cerca de 135 euros adicionais aos gastos com o bilhete.
O estudo acrescenta ainda que o efeito total do VAB (valor acrescentado bruto), emprego e receita fiscal gerado pelo Rock in Rio Lisboa 2024 equivale, respetivamente, a 0,1% do VAB da Grande Lisboa (com base em dados provisórios do INE e cálculos da equipa), 0,2% do emprego da Grande Lisboa (equivalente a tempo completo) e 2,2% da receita fiscal da Câmara Municipal de Lisboa.
“Os números refletem o impacto positivo que o Rock in Rio Lisboa tem na economia portuguesa e na cidade, enquanto reforçam a importância da colaboração entre todos os parceiros que fazem o festival acontecer. Agora, damos início à jornada rumo a 2026 com a mesma energia e compromisso, preparando uma edição ainda mais inovadora e impactante,” afirma em comunicado a vice-presidente executiva do Rock in Rio, Roberta Medina.
“Os resultados deste estudo demonstram o forte impulso ao turismo, restauração e comércio local. Continuamos comprometidos em apoiar eventos que dinamizam a cidade, geram emprego e promovem Lisboa como um destino vibrante e inovador”, acrescenta Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
O estudo avaliou os impactos diretos, indiretos e induzidos do evento na economia portuguesa, com base na matriz Input-Output e na ferramenta eTrace, bem como em dados do INE e inquéritos ao público (1.009 respostas) e à promotora Rock World S.A. Coordenado por Pedro Brinca e João B. Duarte, a este juntam-se Mário Gonçalves e Vinícius Vale como autores do documento.
Contagem decrescente para RiR 2026 em marcha
Entretanto, o pontapé de saída para a edição de 2026, a 11ª, foi dado esta terça-feira, com a organização a antecipar “um investimento reforçado nos palcos, um lineup global impactante, um novo espetáculo audiovisual no Palco Mundo, um inédito HalfTime Show na clareira, fogos de artifício adicionais e novas atrações interativas”.
A área de público vai crescer 12%, passando de 130 para 145 mil m², haverá um acréscimo de 40% em WCs, 30% nas áreas de restauração e novas zonas de descanso, aponta a organização, que promete um plano de transporte melhorado. Há ainda os espaços exclusivos como o Rock in Rio Corporate, Centro de Eventos, Rooftops, Rock in Rio Premium Club e Área VIP.
Durante este ano, a aposta será numa jornada de comunicação e ações – Road to Rock in Rio– em várias cidades de norte a sul do país e nas principais cidades da Europa.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.