Nova empresa Transportes Metropolitanos do Porto arranca com orçamento de 241,6 milhões
Para este ano está previsto que a Transportes Metropolitanos do Porto tenha um lucro de 707 mil euros, receitas estimadas de 242,4 milhões de euros e gastos estimados de 241,6 milhões.
A nova empresa Transportes Metropolitanos do Porto (TMP), que vai gerir a rede de autocarros Unir e o sistema Andante, vai arrancar com um orçamento de 241,6 milhões de euros, segundo documentos a que a Lusa teve acesso.
De acordo com o Plano de Atividades e Orçamento (PAO) da empresa liderada por Marco Martins, a que a Lusa teve acesso, para este ano está previsto um lucro de 707 mil euros, fruto de receitas estimadas de 242,4 milhões de euros e gastos estimados de 241,6 milhões de euros. Das receitas, estima-se que 128 milhões de euros venham de programas de incentivo ao transporte público e 104 milhões de vendas de títulos Andante, sendo estas as maiores verbas.
Já nos gastos, a maior fatia diz respeito a subcontratos, entre os quais 104 milhões dizem respeito à repartição das receitas do Andante, 41 milhões de euros “destinados à manutenção e operação diária dos serviços da rede Unir” e 26 milhões “destinados à ampliação de rotas, maior frequência de horários e melhoria da cobertura geográfica”.
No âmbito da verba recebida no âmbito do programa Incentiva+TP, 16 milhões de euros serão gastos na redução dos passes, 1,3 milhões em estudos (incluindo um inquérito à satisfação da rede Unir) e 13,6 milhões “para a modernização de sistemas e equipamentos”. Os passes jovens vão custar 25 milhões de euros e os dos antigos combatentes 4,6 milhões.
“O processo de reestruturação interna da TMP impõe desafios críticos na integração das competências anteriormente atribuídas ao TIP [Transportes Intermodais do Porto]”, refere o texto.
Em causa estão a “unificação de sistemas, a integração tecnológica do Andante, com 20 anos de operação, exige modernização urgente para compatibilizar equipamentos de validação diversos, contratos de operação e gestão de dados”, ou a “absorção de colaboradores do TIP e AMP [Área Metropolitana do Porto], com necessidades adicionais de novas contratações”.
A TMP adianta ainda que vai estar sediada num escritório na Alameda das Antas, depois de ter tentado localizações como a Torre das Antas (onde estava sediado o TIP e estão a STCP e Metro do Porto), a Quinta do Mitra (que irá ser demolida daqui a cinco ou seis anos) ou um imóvel em São Mamede de Infesta (Matosinhos).
“O Conselho de Administração decidiu pelo aluguer de escritórios num edifício novo situado na Alameda das Antas, a cerca de 100 metros da Torre das Antas. Este espaço permite acomodar o crescimento previsto para o número de trabalhadores, podendo chegar a cerca de 100 pessoas no prazo de cinco a seis anos”, aponta.
A mudança de instalações (atualmente a equipa divide-se entre as antigas instalações do TIP e as atuais da AMP) “está prevista para finais do mês de abril, após a conclusão das obras de adaptação e definição do ‘layout’, que foi inspirado na experiência da TML”, a Transportes Metropolitanos de Lisboa.
Quanto à rede Unir, há “prioridade imediata em assegurar o cumprimento contratual dos operadores da rede Unir, cujas falhas têm gerado insatisfação pública, exigindo fiscalização rigorosa e coordenação com os vários operadores e municípios da AMP”.
“Ao nível de coordenação intermunicipal, a promoção de soluções inovadoras, sem fronteiras e que promovam a mobilidade partilhada e sustentável na AMP”, lê-se ainda no documento. Os autarcas da AMP aprovaram na sexta-feira o contrato entre a AMP e a TMP, bem como vários documentos associados que permitirão à nova empresa operar.
A empresa Transportes Metropolitanos do Porto foi formalmente constituída em janeiro e integrou as valências do TIP (Transportes Intermodais do Porto), que gere o sistema Andante e as competências da Área Metropolitana do Porto em termos de mobilidade e transportes, gerindo também os contratos com os operadores da Unir.
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