Marketing

Mais de metade dos marketeers prevê aumentar investimento em marketing de influência este ano

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O estudo da WFA mostra ainda que apenas 42% das marcas supervisionam o cumprimento das regras relacionadas com a divulgação de conteúdos comerciais por parte dos influenciadores com que trabalham.

Mais de metade dos marketeers (54%) indicam que pretendem aumentar o investimento em marketing de influência em 2025. Além disso, 61% concordam que o marketing de influência será ainda mais importante no futuro.

As conclusões são do estudo “Global Guidance on Influencer Marketing“, da World Federation of Advertisers (WFA), que teve por base 73 respostas de 59 empresas que gastam, no seu conjunto, mais de 120 mil milhões de dólares em comunicação e marketing a nível global. A análise foi desenvolvida em colaboração com outras associações da Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Grécia, Índia, Holanda, África do Sul, Espanha, Suécia, Emirados Árabes Unidos e EUA.

O estudo apurou ainda que quase 74% das marcas fazem uso de agências de influenciadores para a sua identificação, um crescimento de 20% em comparação com 2019, último ano em que foi realizado o estudo. Além disso, 79% das marcas estão também a procurar agências para ajudar na gestão destes influenciadores, sendo que 54% encontram nas suas agências de social media quem desempenhe este papel e 51% nas agências de relações públicas.

Entre outros dados, o “Global Guidance on Influencer Marketing” mostra que 66% das marcas — valor que compara com os 60% de 2019 — têm políticas e regras estabelecidas quanto ao trabalho a desenvolver com influenciadores. No entanto, mais de um quarto (26%), ainda não tem um conjunto de diretrizes estabelecido, embora este número tenha recuado em relação a 2019 (31%).

Cresceu também em sete pontos percentuais o número de marcas que assinam contratos com influenciadores com que têm parcerias, para 70%, sendo que 22% assume fazê-lo “às vezes”. Há também um aumento, embora muito ligeiro (na ordem dos dois pontos percentuais), em relação às marcas que incentivam os influenciadores a divulgarem a sua relação comercial com a marca, que se estabelece este ano em 62%.

O estudo sublinha ainda que apenas 42% das marcas supervisionam a forma como os influenciadores cumprem os padrões ou regras existentes no que diz respeito à divulgação de conteúdos de natureza comercial.

Embora muitas marcas estejam a envidar esforços na definição de melhores práticas, ainda há trabalho a fazer para alcançar o patamar em que a indústria precisa de estar. Este novo guia destaca onde e porque é que as marcas podem melhorar e fornece checklists que estas consigam garantir uma melhor abordagem, mais sustentável e confiável no que diz respeito ao marketing de influência, o que, em última análise, deve beneficiar tanto as marcas quanto os consumidores”, refere Stephan Loerke, CEO da WFA.

O estudo evidencia ainda cinco áreas principais onde os marketeers devem investir para ajudar a garantir que as suas campanhas de marketing com influenciadores são responsáveis e éticas. Desde logo é essencial que haja uma divulgação clara e transparência no processo, assim como seja feita uma aposta em conteúdo autêntico e verdadeiro, devendo as marcas incentivar os influenciadores a fornecer opiniões e experiências genuínas, além de verificar se todas as suas alegações são verdadeiras e podem ser comprovadas.

As marcas devem também evitar conteúdo que possa ser considerado ofensivo, discriminatório ou irresponsável –seja ambiental ou socialmente — e regerem-se pelas leis e diretrizes publicitárias de país onde os conteúdos são distribuídos. Além disso, as marcas devem garantir que implementam boas práticas, nomeadamente através de contratos claros, treino, orientação e supervisão contínua, que possibilitem uma boa gestão das parcerias com influenciadores.

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