“Nunca exigi a demissão de Carlos Moedas”, diz Alexandra Leitão
No lugar de ter ido ao Conselho de Ministros no dia após o acidente, aponta Alexandra Leitão, "devia estar ao leme do Executivo, coisa que só fez a reboque dos outros partidos políticos".
A candidata socialista à Câmara Municipal de Lisboa, Alexandra Leitão reagiu esta segunda-feira à acusação de Carlos Moedas de que tem “sicários” que, em nome da sua adversária, pedem a demissão do atual presidente após o acidente do elevador da Glória e acusou o autarca de ter priorizado a ida a um Conselho de Ministros, no lugar de reunir o executivo camarário.
“É preciso que as pessoas saibam que a reunião que hoje está a decorrer ocorre porque outro partido a pediu, não porque o presidente da Câmara tivesse entendido que deveria convocar o seu executivo numa altura de tragédia”.
A socialista quis ainda “acentuar” o facto de terem decorrido “96 horas, quatro dias, de inação do presidente da Câmara de Lisboa. Não convocou o executivo — o executivo hoje [segunda-feira] reuniu por iniciativa de outro partido — foi para o Conselho de Ministros, se isso é ir para o terreno tenho dúvidas, foi para o Conselho de Ministro fazer não se percebeu bem o quê. Tirando ontem, não falou aos lisboetas e quando falou foi para insultar e não para dar soluções“.
Ao contrário do que tem sido tentado passar, a verdade é que a nota técnica diz-nos já duas coisas muito claras. A primeira é que o sistema de redundância não chega e, a segunda, é que as vistorias a olho nu não detetam problemas como os que aconteceram. É preciso mudar alguma coisa.
Questionada pelos jornalistas se se demitirá caso seja eleita presidente da Câmara e um dia passe por um caso similar, a candidata esclareceu a sua posição: “Não exigi nunca, com os dados que temos, a demissão do engenheiro Carlos Moedas, e não o farei agora aqui, assim como não anteciparei cenários que espero que nunca venham a acontecer quando eu for presidente da Câmara Municipal de Lisboa”.
Falando durante uma ação de campanha nesta segunda-feira, Alexandra Leitão, candidata socialista à Câmara de Lisboa, considera que “ao contrário do que tem sido tentado passar, a verdade é que a nota técnica diz já duas coisas muito claras. A primeira é que o sistema de redundância não chega e, a segunda, é que as vistorias a olho nu não detetam problemas como os que aconteceram. É preciso mudar alguma coisa”.
A propósito da entrevista de Carlos Moedas à SIC, onde o atual presidente da autarquia apontou Pedro Nuno Santos e Eurico Brilhante Dias (que pediram a sua demissão) como “sicários” de Alexandra Leitão. A candidata disse ainda que os “ataques políticos” de Moedas “atingiram um limite” que considera “bastante inaceitável”. “Os ataques pessoais e os insultos dizem mais de quem os profere do que de quem os recebe”, acrescentou.
A cabeça de lista da coligação do PS/BE/Livre e PAN à Câmara de Lisboa enumerou o que aponta como “as soluções” que o PS leva à reunião de Câmara que decorre esta manhã: “gabinete de apoio às vítimas, fazer auditorias aos protocolos de vistoria dos elevadores, claramente falharam. “Não estou a dizer que é culpa de ninguém. Estou a dizer que é um dado objetivo e deve ser atalhado”, disse.
A socialista considera que “os elevadores vão ficar sem funcionar durante muito tempo” e “é preciso arranjar meios alternativos de transporte, chamar a Ordem dos Engenheiros, os técnicos, as universidades e pensar em soluções”.
“A carta que Carlos Moedas tornou pública a dizer que aumentou em… primeiro dizia 25%, depois 30%, a manutenção da Carris é uma carta falaciosa”, acusa, dizendo que o aumento do investimento “na manutenção dos elevadores foi de 4%. Num período de inflação e de aumento da carga e utilização”.
Em tom irónico, a ex-ministra afirmou que “para alguém que dá tanta importância à comunicação, foi um erro de comunicação”.
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