Autarca de Odivelas apela a apoios para recuperar dos danos das cheias
Já tinham sido identificados 152 negócios e 54 famílias afetados pelas cheias em Odivelas, mas a intempérie desta terça-feira torna necessário contabilizar novamente os danos.
O presidente da Câmara Municipal de Odivelas, um dos concelhos afetados pelas cheias da madrugada de terça-feira, apelou esta quarta-feira a mecanismos para ajudar a recuperar dos estragos. Se é através do decretar do estado de calamidade, se é através de apoios ao abrigo do Fundo Social Europeu, “é uma questão de somenos”, afirmou Hugo Martins, adiantando que está prevista uma nova reunião na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo esta quinta-feira.
Em declarações à RTP3, o autarca referiu que as autoridades têm estado no terreno a fazer o levantamento das ocorrências desde o mau tempo da semana passada, mas as chuvas desta terça-feira foram “um passo atrás”. O município do distrito de Lisboa já tinha identificado 54 agregados familiares afetados e 152 empresas que careciam de apoio. “Com a intempérie (de ontem), todo esse trabalho tem de ser agora afinado”, apontou.
Hugo Martins considera, nesse sentido, que “todos os mecanismos de apoio que possam vir nesta fase serão bem recebidos”, seja do ponto de vista das pessoas, das empresas ou do território, visto que há “vários episódios que carecem de devida intervenção”.
“Temos amanhã mais uma reunião na CCDR, já com o primeiro momento de identificação e avaliação” dos danos causados pelas cheias, disse, apontando que é necessário “encontrar recursos que possam rapidamente e de uma forma mais ágil ser colocados ao serviço da recuperação dos territórios afetados”.
Na semana passada, no seguimento de uma reunião com onze autarcas da Área Metropolitana de Lisboa (AML) — entre os quais Hugo Martins –, o Governo anunciou que vai apoiar os municípios afetados pelas inundações da noite de 7 para 8 de dezembro. As autarquias devem fazer o levantamento dos danos até 15 de janeiro.
Já esta terça-feira, o primeiro-ministro admitiu, diante dos deputados na Assembleia da República, acionar o mecanismo do Fundo de Solidariedade da União Europeia se se verificarem os requisitos necessários, devido aos danos causados pelas cheias nos últimos dias. Mas primeiro tem de se fazer a estimativa dos estragos, já que “não é possível acionar o fundo sem previamente apurar o montante dos danos”, explicou.
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