Disney equaciona futuro da Hulu e da ESPN
Embora a Disney já tivesse demonstrado interesse em adquirir a parte que lhe falta do Hulu -"muito atraente” para os anunciantes - estarão a ser equacionadas várias hipóteses.
Com o retorno em novembro de 2022 de Bob Iger como CEO da Disney – após a sua saída em 2020 – a Disney tem passado por uma reorganização e aumentam os rumores sobre os próximos passos, inclusive quanto ao futuro do serviço de streaming Hulu e da ESPN (canal televisivo de desporto).
Recorde-se que a Disney é proprietária de dois terços do Hulu, sendo os restantes 33% detidos pela Comcast. Entre as duas marcas existe um acordo, de 2019, para que qualquer uma delas possa forçar a aquisição da outra parte a partir de janeiro de 2024.
Embora a Disney já tivesse demonstrado interesse em adquirir a parte que lhe falta do Hulu – com Iger a elogiá-la como “muito atraente” para os anunciantes – a multinacional americana estará a equacionar todas as opções relativamente ao futuro da plataforma de streaming.
“O ambiente é muito, muito complicado agora. Antes de tomarmos qualquer grande decisão sobre nosso nível de investimento, o nosso compromisso com esse negócio, queremos entender para onde é que ele pode ir”, disse Bob Iger recentemente, citado pelo Financial Times.
Segundo o jornal britânico, Bob Iger tem sido aconselhado a vender a plataforma, com alguns conselheiros a sugerirem igualmente a venda da ESPN – uma parte do mundo da Disney lucrativa mas “em declínio”. Os ativos das duas marcas estarão avaliados em 40 mil milhões de dólares.
A venda do serviço de streaming e do canal desportivo iria aumentar o foco sobre as suas outras marcas – como a Marvel ou a Star Wars. Rich Greenfield, elemento do grupo de pesquisa LightShed, diz que os sinais apontam para “um recuo da Disney de volta às suas raízes” e que “parece que algo está para acontecer”, prossegue o Financial Time.
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