Ideias +M

Corticeira Amorim estabelece parceria com Parsons School of Design

Rafael Ascensão,

Os trabalhos resultantes do curso serão exibidos no NYCXDesign Festival 2023, numa exposição no Canal Street Market, entre 18 e 25 de maio.

A Corticeira Amorim e a Parsons School of Design celebraram um protocolo de colaboração. O objetivo é permitir aos estudantes universitários de Nova Iorque conhecer mais aprofundadamente as características, benefícios e qualidades da cortiça.

A parceria entre estas duas instituições foca-se na pesquisa, ensaio, investigação e experimentação, visando a descoberta de novas funcionalidades e aplicações deste material produzido em Portugal. A perspetiva é que sejam encontradas soluções e produtos inovadores em termos de design e sustentabilidade, que possam responder aos atuais desafios da sociedade, explica a Corticeira Amorim.

A primeira ação para firmar esta parceria é a primeira edição do curso “The Thick Skin: Cork as Material for Design New Futures”. O curso, liderado por Daniel Michalik, designer e professor assistente de produto e design industrial, tem a duração de um semestre e inclui uma componente teórico-prática de 45 horas e uma semana imersiva de aprendizagem em Portugal.

Esta passagem por solo português realizou-se na “i.cork factory” – fábrica de inovação da Amorim Cork Composites (ACC).

Este projeto colaborativo vai ao encontro da estratégia do grupo de “disseminar pelo mundo as propriedades inigualáveis da cortiça como resposta a muitos dos desafios hoje colocados ao planeta, à humanidade, às sociedades contemporâneas” diz António Rios Amorim, CEO da Corticeira Amorim, citado em comunicado.

“Que melhor forma de contaminar positivamente os cidadãos senão consolidando esse trabalho junto dos arquitetos, designers e curadores de amanhã? Aqueles que desenharão as cidades inteligentes, os edifícios verdes, os produtos de design, etc. Quando esses profissionais são formados numa das mais importantes escolas de design do mundo, como Parsons School of Design, então encontraste a matriz certa para proceder a essa necessária alteração de paradigma. Um novo modelo no qual a cortiça ocupará indubitavelmente um papel central”, prossegue o CEO da corticeira.

A possibilidade de contactar talento emergente, partilhando conhecimento, formando opinião fundamentada e educando para o futuro da cortiça, permite ampliar o espetro de aplicação do material e ultrapassar permanentemente fronteiras conceptuais e tecnológicas em prol da criação de soluções disruptivas e inovadoras que contribuem para o bem comum“, explica a corticeira ao +M.

A Corticeira Amorim sublinha a oportunidade de ganhar a “goodwill” dos designers do futuro e que serão responsáveis por desenhar as cidades inteligentes ou os edifícios verdes. Paralelamente, desta forma é ainda possível contactar “com um dos mais importantes centros de saber na área do design, tomando consciência de tendências e correntes de pensamento que farão caminho num futuro próximo”.

A Corticeira considera que esta parceria é também uma mais-valia para os estudantes da Parsons School of Design, na medida em que lhes confere a oportunidade de trabalhar uma matéria-prima “irreplicável” dentro daquele que é “o maior grupo de transformação de cortiça do mundo, usando tecnologias inovadoras e disruptivas só disponíveis na i.cork factory”.

Desta forma, é dada a possibilidade aos alunos de descobrirem os benefícios, qualidades e propriedades da cortiça “como material de eleição na conceção e desenvolvimento das suas propostas criativas nos domínios do design industrial, da arquitetura, das artes e do design de interiores, e atividades congéneres”, ao mesmo tempo que contactam com os novos processos, fórmulas e tecnologias do trabalho com a cortiça, explicou a Corticeira Amorim ao +M.

Propagar as melhores práticas agroflorestais e fazer compreender os benefícios resultantes de uma produção assente num modelo em harmonia com a Natureza – através de integração vertical, que promove a circularidade e garante o integral aproveitamento da cortiça – são outros dos objetivos elencados pela Corticeira Amorim.

“Extremamente positivo”. É este o balanço feito pela Corticeira sobre a semana imersiva de aprendizagem em Portugal, quando questionada pelo +M. “Temos a certeza que surgirão soluções e produtos disruptivos que possam responder, com design e sustentabilidade, aos grandes desafios das nossas sociedades”, diz, acrescentando que os protótipos que nasceram durante a semana de 13 a 18 de março são “promissores”.

David J. Lewis, reitor da School of Constructed Environments da Parsons School of Design, citado em comunicado, diz-se “entusiasmado por colaborar com a Corticeira Amorim neste curso inovador que desafia os nossos alunos a repensar o que sabem sobre a cortiça, irá inspirá-los a criar peças únicas e aprofundará a sua educação em regeneração e circularidade“.

“A Parsons está empenhada em educar e treinar designers que criam um impacto social positivo através do uso de materiais regenerativos, e estamos expectantes para ver o que este grupo de alunos criará com o principal transformador de cortiça mundial”, conclui o reitor, conforme divulgado em nota de imprensa.

No decorrer do curso é pretendido que os estudantes aprendam sobre os métodos de extração e de transformação da cortiça, que proponham práticas circulares para equilibrar o uso de materiais com os ciclos naturais de crescimento, que desenvolvam processos de design “integradores da sabedoria ancestral quanto à regeneração de matérias-primas” e que criem protótipos de produtos, complementa o comunicado.

Os trabalhos resultantes do curso serão exibidos no NYCXDesign Festival 2023, entre 18 e 25 de maio de 2023.

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