Twitter retira selo de verificação ao The New York Times
Os selos de verificação, que antes eram atribuídos gratuitamente, carecem agora de um pagamento mensal ou anual, tendo em conta a implementação de uma versão paga do Twitter por Elon Musk.
Já não é possível encontrar o selo dourado, que indica que se trata de uma conta comercial oficial do Twitter Blue, ao lado do nome do The New York Times. A rede social removeu a marca de verificação pelo facto de o jornal se recusar a pagar pela mesma, tendo em conta a nova metodologia do Twitter Blue, uma modalidade paga instaurada por Elon Musk.
O Twitter já havia anunciado que, no dia 1 de abril, iria começar a remover os selos de verificação às contas que não pagassem pelo mesmo. O custo desta verificação dourada para as empresas é de mil dólares (cerca de 920 euros) por mês, segundo o The Washington Post.
Esta publicação norte-americana avança ainda que a decisão de remover o selo dourado partiu diretamente de Elon Musk, depois de este ter sabido que o New York Times não iria pagar a subscrição. Um porta-voz já tinha dado a conhecer que o jornal não iria pagar a subscrição nem suportar os custos do Twitter Blue para as contas pessoais dos seus jornalistas, exceto se fosse essencial para alguma reportagem.
O bilionário – que em 2023 voltou a ser o homem mais rico do mundo – escreveu mesmo na sua rede social que a “verdadeira tragédia” do New York Times era que a sua “propaganda” nem era interessante. “Além disso”, acrescentou Musk, “o seu feed é o Twitter equivalente a diarreia. É ilegível. Teriam muito mais seguidores se só publicassem os seus principais artigos. O mesmo se aplica a todas as publicações”.
Tweet from @elonmusk
No entanto, à data deste texto, outras contas associadas ao jornal, como o New York Times World, New York Times Arts, New York Times Travel ou o New York Times Opinion, mantinham o selo dourado. O The New York Times conta com cerca de 55 milhões de subscritores no Twitter.
A estrela de NBA Lebron James, a título de exemplo, também já disse que não ia pagar para manter o selo de verificação de autenticidade. Este selo, anteriormente, era concedido gratuitamente a pessoas e organizações de relevo de modo a que os utilizadores pudessem perceber qual era a conta oficial. Contudo, Musk introduziu uma versão paga do Twitter – o Twitter Blue – pelo que agora a verificação carece de uma subscrição a este novo sistema.
O Twitter Blue, disponível mediante um pagamento mensal ou anual, concede assim o famoso selo azul à conta do utilizador e garante acesso a novos e outros recursos, como a funcionalidade de editar tweets ou a possibilidade de escrever tweets mais longos.
Em Portugal, os preços variam entre 9,84€/mês (web) e 11€/mês (telemóvel) ou 103,32€/ano e 114,99€/ano.
De acordo com a Forbes, Elon Musk já defendeu que as receitas provenientes de subscrições são a única forma de tornar o Twitter financeiramente sustentável.
Desde que se tornou dono do Twitter, Elon Musk tem feito diversas mudanças no Twitter, desde a criação de subscrições pagas, ao banimento de contas polémicas até ao despedimento de diversos colaboradores, como aconteceu no final de fevereiro com a dispensa de 200 funcionários, medida tomada depois de Musk já ter despedido cerca de metade dos 7.500 trabalhadores do Twitter em novembro.
Recentemente, Elon Musk estimou o valor atual do Twitter em 20 mil milhões de dólares, menos de metade de quando o comprou há cinco meses.
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