National Geographic terá despedido os últimos jornalistas
Arevista deixará de ter edição em banca nos Estados Unidos a partir do próximo ano, avança o The Washington Post.
A National Geographic, a revista sobre ciência e natureza lançada há 135 anos, terá demitido os seus últimos redatores, refere o The Washington Post. Este que é o mais recente de um conjunto de cortes deverá envolver cerca de 19 trabalhadores, que terão sido notificados em abril.
Naquela que é uma rota que tem vindo a ser continuamente descendente, refere o jornal norte-americano, a revista terá assim terminado o seu funcionamento com jornalistas contratados, passando a funcionar com jornalistas em regime freelance.
Esta é a segunda onda de despedimentos nos últimos nove meses e a quarta de um conjunto de alterações que tiveram início em 2015. Em setembro foram despedidos seis editores chefe. Estes últimos cortes também terão incluído o departamento de áudio da revista.
Os alegados despedimentos parecem ter sido confirmados com os tweets de alguns dos jornalistas afetados, como Nina Strochlic, Eli Chen ou Craig Welch, que escreveu no Twitter que a mais recente edição da National Geographic continha aquele que era o seu último artigo, acrescentando que tinha sido uma “honra” trabalhar com jornalistas “incríveis” e poder contar histórias globais importantes.
Tweet from @CraigAWelch
Segundo o Washington Post, a revista também deixará de ser vendida em banca nos Estados Unidos a partir do próximo ano. No seu expoente máximo, a revista contou em 1980 com 12 milhões de subscritores apenas nos EUA, mas pelo final de 2022 contava unicamente com 1,8 milhões de subscritores.
Os trabalhadores que estão alegadamente de saída também terão revelado que foram reduzidos os contratos que permitiam aos fotógrafos passar meses em campo de modo a obterem as fotografias que ilustravam as páginas da revista, refere o Washington Post.
Ao Washington Post, Chris Albert, fonte da National Geographic, disse que as alterações não irão afetar os planos da empresa de continuar a publicar a revista mensalmente mas antes “dar-nos mais flexibilidade para contarmos histórias diferentes e encontrarmos as nossas audiências onde elas estão entre as várias plataformas”.
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