ESG, o novo must-have para as marcas
A reputação de uma marca dependerá não só das interações externas com clientes e parceiros, como também da satisfação efetiva dos colaboradores da empresa.
Cada vez mais se fala sobre estratégias de ESG (Environmental, Social & Governance) e desta nova tendência como sendo crucial e um “must” na evolução positiva e no sucesso crescente das marcas.
Em Portugal, assistimos ainda a incipientes estratégias de ESG, já que esta nova aposta exige uma transformação social, cultural e até mental dentro das próprias organizações, a começar pela gestão de topo e por uma mudança de mindset dos agentes de mudança e decision makers. A aposta de futuro na ESG vai transformar o mundo das marcas e, simultaneamente, evidenciar e ditar quais serão as marcas mais atrativas no mercado, sendo possível obter acentuados ganhos de competitividade e brand awareness.
No panorama das marcas portuguesas, ainda há um longo caminho a trilhar no contexto do desenvolvimento e consolidação de uma estratégia com foco no triângulo da sustentabilidade, de forma a equilibrar as três vertentes do ESG – os pilares social, económico e ambiental. É, assim, crucial a transição para a sustentabilidade, isto é, a plena integração dos temas ESG nas suas cadeias de valor, caso contrário, esta meta jamais será alcançada. E para alcançar este objetivo será interessante que cada marca reúna, para a evolução do seu próprio negócio, um ecossistema de empresas que, para terem um papel de fornecedor nessa cadeia de valor, cumpram um conjunto de normas e detenham certificações, sem as quais não farão parte desse mundo. Este novo caminho de ESG será obrigatório e sem retorno, visto que em alguns casos, estaremos a falar da sobrevivência de algumas marcas.
De acordo com o estudo “The Search for ESG Talent”, desenvolvido pelo ManPowerGroup e lançado em abril de 2023, em Portugal, oito em cada dez organizações já identificaram e desenvolveram a sua estratégia ESG ou planeiam fazê-lo. Contudo, a grande maioria das empresas nacionais (91%) considera não dispor do talento necessário para conseguir atingir estas boas práticas.
É de salientar que as marcas com uma boa classificação ESG expõem um ativo compromisso para com os seus colaboradores, garantem práticas laborais justas, defendem a diversidade e a equidade, e proporcionam um ambiente de bem-estar onde todos se sentem bem-vindos e aceites. A reputação de uma marca dependerá não só das interações externas com clientes e parceiros, como também da satisfação efetiva dos colaboradores da empresa. Tal poderá incrementar a retenção, recrutamento e até mesmo os níveis de produtividade.
Já as marcas com uma elevada classificação ESG estão a ir mais além e a dar o next step em torno do Governance – isto é, acabam por fazer mais do que lhes é exigido em termos de conformidade, detêm elevada transparência com investidores e colaboradores, e nutrem uma cultura de feedback aberto, que olha para o futuro e antecipa as mudanças necessárias.
Acredito, por isso, que o ESG será um must-have para qualquer marca que deseja ser reconhecida e valorizada em todo o mundo.
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