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Produtores juntam-se e lançam vinho em homenagem a Amália Rodrigues

Rafael Ascensão,

O vinho é acompanhado por uma caixa numa edição limitada a 1.920 garrafas Magnum (1,5 litros), que estará disponível em canais especialistas, lojas próprias, garrafeiras e restauração. 

Foram sete os produtores nacionais de vinho que se juntaram para responder ao desafio da Fundação Amália Rodrigues e produzir um vinho comemorativo do centenário de nascimento da artista. As receitas obtidas com o vinho Amálias 100 revertem a favor da Fundação Amália Rodrigues.

“Com o propósito de criar algo único – maior que uma marca ou região, nasceu a ideia de conceber um vinho que representasse o país e que eternizasse a fadista na memória coletiva – foram selecionadas as regiões que melhor destacam Portugal na qualidade dos vinhos tintos como o Douro, o Dão, o alto e baixo Alentejo e Lisboa”, refere-se em nota de imprensa.

Numa iniciativa “pioneira que pretende dar voz à imensidão de Amália” juntaram-se assim Rita Nabeiro (da Adega Mayor), Francisca Van Zeller (Van Zellers & Co), Maria Manuel Maia (Poças), Luísa Amorim (Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo), Rita Pinto (Quinta do Pinto), Mafalda Guedes (Sogrape) e Catarina Vieira (Herdade do Rocim) para produzir um vinho “único”.

Este vinho é acompanhado por uma caixa numa edição limitada a 1.920 garrafas Magnum (ou 1,5 litros), que estará disponível em canais especialistas, lojas próprias, garrafeiras e restauração.

As receitas obtidas com este vinho exclusivo revertem para a Fundação Amália, que as irá canalizar para as instituições que apoia (como a Casa do Artista) e para obras de recuperação na casa de Amália Rodrigues, com vista à preservação do espólio da artista.

Da colheita de 2020 (ano do centenário de Amália) o Amálias 100 é um vinho tinto “complexo, intenso, elegante e com um elevado potencial de evolução”. As suas diferentes castas refletem as diferentes geografias de Portugal, contando com Touriga Nacional (27%), Alicante Bouschet (26%), Alfrocheiro (20%), Touriga Franca (13%), Trincadeira (7%) e Field Blend Vinhas Velhas (7%).

“De aspeto límpido e brilhante, Amálias 100 tem cor vermelha profunda com laivos violáceos e reflexos carmim. No copo a lágrima é sentida, fluida e alegre. O nariz de grande complexidade aromática, sugere no seu íntimo apontamentos de bálsamo, cedro e menta, envoltos em notas doces de alcaçuz. Um conjunto extremamente elegante, onde se evidencia a cereja negra, o mirtilo e a amora silvestre. No palato, é um vinho de grande equilíbrio, intensidade e concentração”, refere-se em nota de imprensa.

“De forma muito estratificada, vai revelando nuances de fruta do bosque confitada, especiaria branca e chocolate negro. Uma orquestra estruturada de taninos finos e suculentos, em harmonia com a textura sedosa e extremamente sofisticada. Despede-se longo, profundo e saudoso em jeito de homenagem a Amália Rodrigues e à força carismática do vinho português”, acrescenta-se.

O Amálias 100, tendo em conta ser “robusto e indulgente”, deve ser “harmonizado com outros sabores fortes e marcantes como carnes vermelhas, queijos tipo roquefort ou sobremesas de frutos negros e chocolate amargo”.

A equipa de enologia foi composta por Beatriz Cabral de Almeida, Carlos Rodrigues e Jorge Alves que trabalhou durante 18 meses. Cada lote foi depois “elevado à excelência com estágio em madeira e com a mínima intervenção“, ao que se seguirem 12 meses de estágio em garrafa.

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