“Não tenho prazer em que se perca até 200 trabalhadores na Global Media, mas se não fizermos isso este grupo morre”
Até ao final de janeiro a Global Media terá menos 150 a 200 trabalhadores. Terá também um novo título, o É Brasil. José Paulo Fafe, CEO do grupo, explica ao +M/ECO os planos para o grupo.
A saída de 150 a 200 pessoas do Global Media Group é, para José Paulo Fafe, CEO do grupo, uma inevitabilidade. “Não tenho qualquer prazer em criar condições para que este grupo perca 150 a 200 trabalhadores, não queria fazer isso. Mas sei que é essencial, se não fizermos isso este grupo morre”, garante em entrevista ao +M.
Durante este mês, os trabalhadores podem dar início, por sua iniciativa, ao processo de rescisão. A partir dessa altura, contas feitas, o passo seguinte pode ser o despedimento coletivo. “Findo este processo vamos fazer uma análise e vamos ver se temos que optar pelo despedimento coletivo ou não”, diz, reconhecendo que o termo “rescisão amigável”, no caso, é pouco mais do que força de expressão.
Entretanto, já para o primeiro trimestre de 2024 será lançado um novo título, o É Brasil. Dirigido pelo jornalista brasileiro Paulo Markun, conta com uma redação de sete jornalistas, aos quais se junta uma rede de correspondentes. O objetivo é chegar à comunidade de brasileiros que moram em Portugal e também em outras geografias.
Como imagina o Global Media Group (GMG) daqui a um ano?
Imagino um grupo na senda a que nos propusemos a partir do momento em que viemos para cá, a crescer no mercado da língua portuguesa. Um grupo em termos de recursos e meios mais racionalizado. Obviamente mais ativo e fundamentalmente mais rentável. Mas o nosso objetivo claro é crescer no mercado da língua portuguesa. Esse é o nosso projeto.
O que é crescer no mercado de língua portuguesa?
Brasil, Angola, comunidades portuguesas no exterior. Temos um veículo extraordinário para isso, o Açoriano Oriental, nomeadamente para os Estados Unidos e Canadá. No Brasil, nas comunidades brasileiras também. E em África, nomeadamente em Angola. E isso faz-se através de títulos e meios que temos. E quando muito do É Brasil, que vamos lançar.
Um título de raiz?
Um título de raiz, para começar cá, dirigido à comunidade brasileira no exterior. Tanto em Portugal, como no Reino Unido ou Alemanha.
É também em papel ou só digital?
Vai ser em digital. Mas não descuramos que ao princípio tenha uma versão em papel, aqui em Portugal. De maneira a ajudar a consolidar a marca, nos primeiros tempos. Não está decidido, mas não descuramos essa hipótese.
O lançamento vai ser quando?
No primeiro trimestre.
Já tem equipa?
Já. O diretor é Paulo Markun, conceituadíssimo jornalista brasileiro. A equipa é uma mistura de experiência com juventude, totalmente brasileira. Neste momento são sete pessoas, baseadas cá, com uma redação em São Paulo e delegados em Brasília e Rio. E uma rede de correspondentes pela Europa e mundo fora, também de brasileiros. É uma redação 100% brasileira.
Quantas pessoas, no total?
No total são sete pessoas, mais colaboradores. Temos correspondentes na Alemanha, no Reino Unido, na Rússia também. Há muitos jornalistas brasileiro que saíram do Brasil para fazer mestrados, doutoramentos e especializações. Então, muito graças ao Paulo Markun, que é um jornalista com muito conhecimento do meio, conseguimos criar uma rede de correspondentes do É Brasil e que vão ser também, de alguma maneira, correspondentes dos outros meios do grupo, um pouco por todo o mundo. O Paulo Markun trabalhou na Globo, na Veja, foi presidente da TV Cultura, conhece muita gente.
O título dirige-se aos brasileiros que estão em Portugal…
E que estão espalhados pelo mundo.
Como é que chegaram à ideia de lançar este título?
Foi a pouco e pouco. Tudo começou ao contrário, começou com a ideia de fazer o DN Brasil, que é um pouco ocupar aquele espaço que o El País deixou numa certa faixa do mercado brasileiro. Não é um projeto que tenhamos posto numa gaveta mas, a pouco e pouco, fomos percebendo que era capaz de ser mais urgente fazer um projeto para os milhões de brasileiros que estão cá fora.
Em Portugal, apesar de no consulado estarem registados 300 mil, há mais de 1 milhão de brasileiros e muitos luso-brasileiros. Para dar um exemplo, há cerca de 40 mil pessoas que estão em Portugal como cidadãos italianos que são brasileiros. Há também uma comunidade fortíssima no Reino Unido, forte na Alemanha, é imensa a comunidade brasileira fora do país.
Quando começámos a fazer um produto para os brasileiros em Portugal, começámos a pensar que se é feito em português, em português do Brasil, por brasileiros, se tem o nome que tem, porque é que tem que ficar só em Portugal? Porque é que este produto não pode ir para o Reino Unido, para a Alemanha, etc, etc?
Ir, sendo digital, é força de expressão.
Ora aí está.
E porque é que os brasileiros espalhados pelo mundo teriam interesse neste projeto?
Porque não têm nada.
Têm os títulos brasileiros. Para um brasileiro que mora cá…
Se não fizermos isso este grupo morre. E quem não quiser ver isto e admitir isto, ou é inconsciente ou irresponsável.
Trata de assuntos que lhe dizem respeito e os títulos brasileiros não tratam. Os títulos que estão no Brasil não dão atenção a temas importantes para brasileiros que moram no exterior.
Começamos pelo futuro. Voltando ao presente, o que é que têm a dizer aos trabalhadores do grupo neste momento? Aos que vão sair e aos que ficam?
O que tínhamos a dizer dissemos no comunicado da semana passada, basicamente, o que temos que sublinhar é que há mais do que razões. Apesar de estarmos a viver uma situação complicada… acredite que a última coisa que eu queria ter passado pela vida, na minha passagem pelos jornais, era estar a viver isto. Não tenho qualquer prazer em que os ordenados se tenham atrasado, que o subsídio de Natal seja distribuído junto com os ordenados no próximo ano.
O subsídio deste ano.
Sim. Não tenho qualquer prazer em criar condições para que este grupo perca 150 a 200 trabalhadores, não queria fazer isso. Mas sei que é essencial, se não fizermos isso este grupo morre. E quem não quiser ver isto e admitir isto, ou é inconsciente ou irresponsável. Não há outra classificação, no estado em que este grupo está… Este ano vai perder sete milhões de euros, com empresas como a TSF que dão quase 2 milhões de prejuízo por ano. É a lógica implacável da sociedade capitalista em que vivemos, este grupo já devia estar fechado. E houve um investimento forte do fundo que adquiriu o controle de gestão, curiosamente mal recebido pela concorrência.
Um investimento de quanto?
Muito forte. Não vou revelar quanto é que o grupo pagou pela posição na Páginas Civilizadas, mas digo que foi um investimento muito forte.
E quando é que o grupo está disposto a investir nos próximos tempos?
O que for necessário, dentro de um certo limite. Tínhamos um planeamento financeiro que estava feito, que passava pela venda da posição que temos na Lusa, venda essa que não fomos nós a propor, vieram-nos propor a compra.
O Governo?
Sim o Governo, veio-nos propor a compra.
Quando se ouviu falar da mudança acionista ou ainda antes?
A primeira conversa que tive sobre este tema foi em junho.
Ainda não estava cá.
Não, mas o negócio já estava praticamente feito, era só uma questão formal. Tive uma conversa e foi-me dito que tinham interesse na nossa posição na Lusa. Explicaram-me porquê e tinha toda a lógica. Eles disseram que queriam criar um mecanismo de apoio aos media, achavam que estar a dar subsídios e pontualmente não funciona, tinha que se criar aqui uma lógica…
Essa conversa foi com Pedro Adão e Silva?
Não vou dizer com quem foi, não estou autorizado a divulgá-la, mas existiu. E queriam que a Lusa assumisse este entreposto entre o Estado e os meios de comunicação social, e para isso tinha que ter os 100%. E então o que é que combinamos? Ia haver uma avaliação por parte de uma consultora, que houve, mas que essa operação nunca seguiria sem o apoio dos partidos, penso que dos principais.
Em Agosto, já o negócio estava concluído, foi-me dito que o PSD, através do dr. Paulo Rangel, tinha dado o acordo à operação. E nós ficamos a aguardar a avaliação feita pelo tal consultora, a Deloitte. Entretanto veio a avaliação, não foi uma avaliação que nos agradasse por aí além, até porque nós pensávamos que o prédio onde estava a Lusa era da Lusa e não é, mas tudo bem. E há umas semanas foi-nos apresentada a proposta final e foi essa que aceitamos.
Quanto é que valia a vossa parte?
O Estado que o diga, não vou ser eu a dizer.
Se pensarmos no que Marco Galinha pagou pela participação de 22,35% da Impresa há três anos – 1,25 milhões – agora seria mais ou menos o dobro. Cerca de 2,5 milhões?
Não vou confirmar exatamente, mas anda por esses valores, sim.
Em Agosto, já o negócio estava concluído, foi-me dito que o PSD, através do dr. Paulo Rangel, tinha dado o acordo à operação. E há umas semanas foi-nos apresentada a proposta final e foi essa que aceitamos.
E a esse valor havia a descontar os cerca de 800 mil euros que devem à Lusa?
Cerca de 600 e é uma dívida que está em plano de pagamento, está a ser paga. O que até suscitou aqui alguma dúvida, até mais ao administrador financeiro, porque se estava em plano de pagamento, porquê exigirem o pagamento imediato? Mas tudo tudo bem e até isso demos de barato. Curiosamente o PSD a meu ver deu o dito por não dito.
Entretanto caiu o Governo.
Exatamente, caiu o Governo e pelos vistos mudaram de opinião. E surpreendentemente o Sr. Presidente da República veio dizer que tinha ficado muito surpreendido com o negócio da compra pelo Estado das participações da Global Media e da Páginas Civilizadas na Lusa.
Mais surpreendido fiquei eu, porque duas semanas antes, com dois colegas de administração, tínhamos estado em Belém, com o Sr. Presidente da República, e no meio da conversa falou-se no assunto da Lusa e lembro-me perfeitamente que o Sr. Presidente da República disse “eu até percebo que vocês vendam, o vosso negócio mão é propriamente a agência, são mais jornais e tal”. Duas semanas depois, mostrou-se ao Correio da Manhã surpreendido com o negócio. Tudo isto é muito estranho.
Mas o Governo não dizia que iria comprar a participação na Lusa porque não seria correto ou o mais lógico um fundo estrangeiro ter uma posição tão relevante na agência?
Acho que isso foi uma interpretação, nunca ouvi o Governo dizer isso.
O Governo também não dizia – e no +M/ECO perguntamos e não tivemos resposta – que a ideia seria oferecer o serviço aos meios.
A mim sempre me foi dito que o motivo era esse, nunca me foi dito que era pela entrada de um fundo estrangeiro. Já vi escrito, como interpretação, mas nunca me foi dito.
Como é que chegaram a uma dívida tão grande com a Lusa?
Não sei, pergunte a quem esteve cá antes, nós chegamos há dois meses e pouco. Herdámos – já parece a história da pesada herança, mas não é – uma situação que conhecíamos em parte, mas temos tido surpresas quase todos os dias. Mas nós só estamos cá há dois meses e meio e oiça os nossos críticos, digamos assim, parece que estamos cá há dois anos e meio. Não, só estamos há dois meses e meios.
Mas um dos acionistas, Marco Galinha, está realmente há pouco mais de dois anos e meio. E, aliás, os restantes já estavam antes.
Mas quem tem a responsabilidade de gestão neste momento somos nós. Embora o Marco Galinha pertença à comissão executiva, é administrador executivo.
É chairman, é administrador executivo?
Sim, tem o pelouro da Fundação DN, que é uma velha ideia nossa.
Isto é um grupo, como costumo dizer meio a brincar, embora não seja motivo para brincadeira, há aquela história do oito ou 80… aqui há a história do 800 e do 8.800, é a diferença que existe nos ordenados.
Voltando atrás. Dizia que a não compra da Lusa atrapalhou os planos.
O planeamento financeiro, obviamente sim.
Entraria quanto? Um milhão e muito?
Sim, quase dois milhões, talvez.
Ia resolver o quê? Os subsídios?
Ia ajudar, conjuntamente com receitas, juntamente com o que temos acordado de aposta do fundo à operação.
Quanto é que gastam mensalmente em vencimentos?
É quase 1 milhão de euros. Com vencimentos muito baixos. Isto é um grupo, como costumo dizer meio a brincar, embora não seja motivo para brincadeira, há aquela história do oito ou 80… aqui há a história do 800 e do 8.800, é a diferença que existe nos ordenados.
Diretores?
Diretores, administradores, etc. E nunca se preocuparam. No outro dia estava a falar aqui com uma estrutura representativa de trabalhadores e tive a curiosidade, antes de ir para a reunião, de ver quanto é que as pessoas com quem ia falar ganhavam. E fiquei impressionado. Das três pessoas, nenhuma ganhava mais que 1.400 euros. Trabalhando aqui, duas delas, há 20 e tal anos.
Uma delas ganhava 840 ou 870 euros e trabalhava aqui há 23 anos. E nunca ninguém se preocupou. E eu estava a falar com as pessoas e chocado a pensar no pouco que pessoas ganhavam. Acho inacreditável que existam salários deste montante. É inacreditável. Estava a ouvi-la falar e a pensar “como é que esta pessoa vive?”.
Mas os salários mais baixos não foram todos aumentados quando entrou Marco Galinha?
Não sei, sei que essa pessoa ganhava 870 e não é a única. E não estamos a falar de uma pessoa que entrou aqui há seis meses.
Esta casa é engraçado. No dia que eu cheguei, a primeira coisa que recebi em mãos foi um pré-aviso de greve, da TSF.
Como é que chegaram aos 150 a 200 trabalhadores?
Aumentando a receita, racionalizando recursos e meios, é o número a que temos que chegar. Mas estamos a falar de um universo de 500 e tal trabalhadores e de saírem 150 a 200 trabalhadores.
Que são entre 30 a 40%.
É. Mas ali ao lado, n’A Bola, são 150 e vão despedir 100. Disso ninguém fala.
Foi muito falado no verão. De qualquer forma, agora falar-se tanto também mostra a força dos vossos títulos.
E mostra também, se calhar, o facto do presidente do Sindicato ser jornalista d’A Bola. Se calhar também tem a ver com isso, não estou a dizer que tem. Há coisas muito curiosas em tudo isto.
A baliza entre 150 a 200 pessoas depende de quê? De saírem pessoas com os ordenados mais altos? A ideia é reduzir o montante de vencimentos em quanto?
Neste momento abrimos um processo de rescisão, digamos, amigável. ‘Rescisão amigável’ não é um termo propriamente bem aplicado num caso destes, vamos ser sinceros, mas até ao fim do ano vamos dar hipóteses às pessoas que queiram sair de, dirigindo-se aos recursos humanos, fazer uma negociação individual. E vamos ver.
Com condições acima do obrigatório por lei?
Com as condições que podemos dar, depende muita coisa. Findo esse processo vamos fazer uma análise e vamos ver se temos que optar pelo despedimento coletivo ou não. Esta greve de dois dias do JN foi convocado com base no pressuposto errado, no despedimento coletivo. Aliás, esta casa é engraçado. No dia que eu cheguei, a primeira coisa que recebi em mãos foi um pré-aviso de greve, da TSF.
Eram invocadas duas ou três razões, uma delas era a existência de salários em atraso. Não existiam. Depois corrigiram para salários serem pagos depois do fim do mês. Também não é verdade, o primeiro mês em que ocorreu foi agora. O que ocorreu foi, antes de estarmos cá, dois meses pago no último dia e as pessoas que tinham conta noutros bancos que não o banco coordenante, receberam no dia a seguir. E a outra era a solidariedade com o diretor da TSF, que tinha sido afastado. Curiosamente, era o mesmo diretor que, sendo administrador executivo, lhes tinha prometido aumento de salários sabendo bem da situação de empresa. Tudo isto é um bocadinho surrealista.
Mas essa promessa de aumento de salários nunca se aplicou.
É da anterior comissão executiva e pelos vistos nunca se aplicou, nós não tínhamos conhecimento, só tínhamos chegado naquele dia e recebemos o pré-aviso de greve. É uma coisa assim como andar a ouvir vozes, a pessoa parece que está a sonhar. E o aumento de salário foi prometido por um dos anteriores administradores executivos, que simultaneamente era diretor da TSF.
Mas assumimos que um administrador, quando promete um aumento de salário, sabe o que está a prometer.
Eu também parto desse princípio, mas admito que não soubesse ou não acredito que soubesse. Mas isto a greve da TSF. A greve do JN foi convocada com base num pressuposto equivocado, que é o do despedimento coletivo. A última coisa que queremos fazer é um despedimento coletivo, agora temos sim, e foi o que foi dito, fazer um emagrecimento. A empresa tem que emagrecer e transmitimos à direção do JN, na sua quase sua totalidade, que íamos ter que emagrecer a redação. O JN tem 90 e tal jornalistas e nós falamos de facto em emagrecer até aos 50 e tal.
Saírem 40?
Sim, ficar 50 e tal, 60 no máximo, os quadros redatoriais do JN.
Então, confirma estes números: saída de 40 pessoas no JN, 30 na TSF e 56 nos serviços partilhados. Aliás, neste momento já serão mais.
O 56 é um detalhe fantástico, não sei onde é que foram buscar os 56. O que há é 150 a 200, que temos que emagrecer. No JN são cerca de 40, na TSF são 30, não só jornalistas, também técnicos. O resto, temos comerciais, temos financeiros, etc.
Estão mais ou menos identificadas, as pessoas que gostavam que saíssem? Vão ter uma conversa com as pessoas mais “dispensáveis”.
Vamos numa primeira fase abrir a hipótese de as pessoas saírem pelo seu próprio pé, passo a expressão, que não é bonita.
Não têm muito tempo, se é até ao fim do mês.
Fim do mês as pessoas mostrarem disponibilidade para sair. Vai até ao final de janeiro, o processo.
Pediram aos diretores para fazer uma lista por cada título?
Pedimos aos diretores uma lista por cada título.
E já entregaram a lista?
Ainda não.
Disseram que a fariam?
Ainda não.
O JN esteve dois dias sem sair em papel. Esperava esta adesão?
Presumo, não sei ao certo, que a direção do JN, pelo menos a diretora, não tenha estado em greve. Como tal, confesso que fiquei espantado com o facto do jornal não ter saído durante dois dias, até porque acho que isso devia ter sido previamente acautelado. Mas, enfim…
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