Política

Presidente da IL considera “nefasta” intervenção do Estado na comunicação social

Lusa,

Rui Rocha defende que "não é desejável" que o Estado intervenha nos órgãos de comunicação social, porque isso lhes "tira liberdade", e apela para que a regulação tenha "um papel mais determinante".

O líder da Iniciativa Liberal (IL) considerou esta sexta-feira que a intervenção do Estado nos órgãos de comunicação social é nefasta porque lhes tira liberdade e que é desejável que a regulação funcione e se encontrem modelos de rentabilidade.

Questionado sobre a crise que se vive no Global Media Group (GMG), o presidente da IL afirmou que, para este partido, a intervenção do Estado nos órgãos de comunicação social “não é desejável”, salientando que esta é uma “posição clara”.

A intervenção do Estado nos órgãos de comunicação social é nefasta porque lhes tira liberdade, desejável é que a regulação funcione e que haja a possibilidade de encontrar modelos de rentabilidade na exploração dos negócios da comunicação social “, frisou Rui Rocha, que falava em Vila Real, à margem de um encontro com jovens.

O líder da IL começou por transmitir uma palavra “de solidariedade total” com os trabalhadores destes grupos que estão neste momento numa situação complicada”.

“Eu entendo que é necessário que, de facto, os órgãos de comunicação social encontrem um modelo de negócio que seja rentável e isso é um desafio que os próprios órgãos de comunicação social têm, assim como é um desafio também que a regulação faça o seu papel”, defendeu.

E continuou: “Quando assistimos a determinadas operações que não parecem totalmente claras, temos que dizer que a regulação eventualmente pode ter falhado e que a regulação deve ter um papel mais determinante na observação e no acompanhamento deste tipo de operações“.

Em 6 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva do GMG, que detém títulos como o JN, O Jogo, Diário de Notícias, TSF, entre outros, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.

Na quarta-feira, os trabalhadores do GMG cumpriram um dia de greve contra a intenção de despedimento e os salários em atraso.

Rui Rocha começou o dia no quilómetro zero da Estrada Nacional 2 (EN2), em Chaves, e participou na conferência da Youth Academy, já em Vila Real, uma iniciativa que desafia à participação cívica dos jovens do Interior.

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