Diretor do Açoriano Oriental despedido com efeitos imediatos
O jornalista tinha assumido funções em janeiro, estava no período experimental e foi contratado pela anterior administração. A "situação financeira" terá sido o motivo alegado para o despedimento.
Rui Pedro Paiva, desde janeiro diretor do Açoriano Oriental e da TSF Açores, foi despedido esta quarta-feira com efeitos imediatos, confirmou o próprio ao +M. Quinta-feira, no cabeçalho do título da Global Media, já surge o nome de Paula Gouveia, como diretora interina.
A decisão foi comunicada ao jornalista por Pedro Gonçalves de Melo – acionista local com 10% do capital do jornal mais antigo do país e detido a 90% pelo Global Media Group –, que terá sido mandatado pela comissão executiva da Global Media para efetuar o despedimento.
A “situação financeira do grupo” terá sido o motivo alegado, apurou o +M. Rui Pedro Paiva tinha sido uma escolha da anterior comissão executiva, liderada por José Paulo Fafe, e estava ainda no período experimental, tal como a maioria dos profissionais contratados pela administração que representava o World Opportunity Fund (WOF), fundo com o qual Marco Galinha chegou a acordo no final da última semana para reaver a sua participação na Páginas Civilizadas. Neste momento estarão a ser ultimados os pormenores do contrato que põe fim à presença do WOF na ainda dona do DN, da TSF e do Jornal de Notícias.
Anunciado em novembro para diretor do Açoriano Oriental, o até então correspondente do jornal Público nos Açores e jornalista da Lusa, acabou por assumir também a direção da TSF Açores, na sequência da saída de Paulo Simões, antigo diretor do jornal e nomeado para diretor da rádio, que integrou a lista do PSD para as eleições regionais.
“O mês de janeiro marcará um novo impulso na afirmação do Açoriano Oriental e da TSF Açores como incontornáveis marcas da região em matéria de informação”, afirmava em novembro a Global Media. Os dois títulos funcionam com uma equipa de 12 pessoas.
O jornal não está no perímetro dos títulos que vão passar para a esfera do grupo de empresários que tem sido representado por Diogo Freitas e que, desde segunda-feira, têm Domingos de Andrade como diretor-geral editorial.
Também na segunda-feira, recorde-se, foi nomeada pelos acionistas a nova administração do grupo com a qual, até ao momento, não foi possível falar sobre a situação nos Açores ou sobre os profissionais contratados pela anterior administração.
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