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“Depois de um golpe de Estado, há sempre um processo de saneamento.” Fafe reage a despedimentos na Global Media

Carla Borges Ferreira,

"Depois de um golpe de Estado, há sempre lugar a um processo de saneamento. E normalmente com a óbvia promoção da mediocridade", comenta o ex-CEO do Global Media Group (GMG).

José Paulo Fafe, até ao final de janeiro CEO do Global Media Group, já reagiu ao anúncio de um despedimento coletivo no grupo, tornado público esta terça-feira, que incide, sobretudo, sobre a direção e jornalistas do Diário de Notícias e assessores contratados durante a sua administração.

“É dos livros e só surpreende quem possa ter andado distraído: depois de um golpe de Estado, há sempre lugar a um processo de saneamento. E normalmente com a óbvia promoção da mediocridade”, diz, num comentário por escrito enviado ao +M.

Espero que o Sr. Presidente da República continue tão interventivo e ‘atento’ a todo este processo como publicamente mostrou estar em dezembro passado. E já agora, os sindicatos, as ERC’s, os Blocos da vida, o dr. Adão Silva e esses vultos todos que nos habituámos a ver na primeira linha da defesa da liberdade de imprensa”, acrescentou.

Como noticiou esta terça-feira o +M, a Global Media vai avançar para um despedimento coletivo: “O Global Media Group iniciou hoje o processo de reestruturação de equipas internas, o que nos forçou a um despedimento coletivo fundamentado na complicadíssima situação financeira que resultou da gestão dos últimos meses, cujo impacto foi público”, lê-se numa nota interna a que o +M teve acesso.

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