Marcas e agências de meios: como sermos melhores cidadãos corporativos?

  • Joana Oliveira
  • 26 Março 2024

Não restam dúvidas que a publicidade positiva começa em nós. Juntos, assumimos e partilhamos a responsabilidade, de sermos melhores empresas, profissionais, colegas e cidadãos, para a nossa sociedade

As marcas há muito abandonaram a sua função unicamente comercial, para se tornarem num dos principais ativos de construção e mudança na sociedade.

Representam valores, propósitos e ambições; e com este novo papel vem também o peso da responsabilidade.

Se as marcas têm o poder de influenciar escolhas e comportamentos, então nasce a responsabilidade de se posicionarem como um agente de mudança e transformação positiva, e quem o exige são os próprios consumidores.

Temos assistido a campanhas de branding que se tornaram fortes catalisadores de consciencialização para minorias, a iniciativas que visam redução no impacto ambiental, à promoção da inclusão e diversidade, e ao apoio direto de variadas causas humanitárias.

Com verdade, esta é uma receita win-win para marcas e consumidores, afetando diretamente a reputação, notoriedade e recordação das marcas, e em simultâneo geram-se resultados tangíveis na vida dos consumidores, sociedade e planeta.

Sustentabilidade significa responsabilidade e, se as marcas carregam este dever, os seus parceiros não estão excluídos desta equação.

Parceiros como as agências de meios, hoje em dia com uma abordagem 360º na alavanca da comunicação mas também de crescimento de negócio, têm um papel fulcral na disseminação desta narrativa, ao compreenderem profundamente as necessidades dos consumidores e das suas jornadas de consumo através de poderosas ferramentas de data.

E aqui começa a jornada dos verdadeiros parceiros, onde se partilha esta responsabilidade e onde juntos nos tornamos melhores cidadãos corporativos.

Este é um caminho profundo e interno para todos. Se queremos influenciar e consciencializar, precisamos de o interiorizar e praticar.

Mas por onde podemos começar?

  1. Otimização no consumo de recursos: Quer seja pela redução do consumo de energia, pela mitigação do desperdício em papel ou até o uso de tecnologias mais sustentáveis, o importante é estabelecer metas e instituí-las de dentro para fora;
  2. Consciencialização Interna: Uma organização constrói-se através das suas pessoas, e por isso, nasce a responsabilidade de capacitarmos todos os colaboradores com práticas mais sustentáveis, mas também através de educação e formação promovendo a Diversidade, Igualdade, Inclusão e a Pertença no local de trabalho;
  3. Parcerias mais sustentáveis: “Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és” – Podemos influenciar toda a cadeia de produção ao colaborarmos com parceiros comprometidos com práticas mais sustentáveis;
  4. Redução de desperdício através da tecnologia: Tecnologias altamente eficazes e eficientes de segmentação inteligente dos públicos-alvo das campanhas, permitem uma redução de desperdício de recursos, nomeadamente a pegada de carbono;
  5. Medir & Adaptar: Publicidade positiva é transparente e mensurável. É preciso perceber quais são as consequências para medir e adaptar as estratégias. Para responder a este desafio existem ferramentas que permitem uma medição omni canal da pegada de carbono das campanhas, onde inclusive é possível medir as emissões de produção de campanhas criativas, analisando a pegada de carbono em toda a jornada da publicidade.

Estas são ações que nos colocam numa posição em que coadjuvamos a direcionar a narrativa de impacto positivo das marcas.

Para todos os profissionais desta indústria o nosso compromisso tem de ser célere, somos parte integrante e fundamental nesta transformação.

Não restam dúvidas que a publicidade positiva começa em nós. Juntos, assumimos e partilhamos a responsabilidade, de sermos melhores empresas, profissionais, colegas e cidadãos, para a nossa sociedade e planeta.

  • Joana Oliveira
  • business development director na Mindshare

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