Prémio de Jornalismo Luso-Alemão 2024 distingue quatro jornalistas portugueses
Na sua quarta edição, o Prémio de Jornalismo Luso-Alemão, distinguiu cinco trabalhos jornalísticos publicados em Portugal e na Alemanha sobre o outro país.
O Prémio de Jornalismo Luso-Alemão distinguiu este ano as histórias do golpe falhado contra a democracia alemã, exploração dos imigrantes no Alentejo, quartel fantasma soviético de Wünsdorf, Portugal como destino de liberdade e fundação do PS na Alemanha.
Segundo um comunicado divulgado esta quinta-feira pelos promotores do prémio, os jornalistas portugueses distinguidos foram Tiago Carrasco, Joana de Sousa Dias, Jacinto Godinho e Carlos Oliveira, enquanto na Alemanha foram premiados Fabian Federl, Bhrikuti Rai, Tilo Wagner.
Nesta quarta edição, o Prémio de Jornalismo Luso-Alemão distinguiu cinco trabalhos jornalísticos publicados em Portugal e na Alemanha sobre o outro país, com o objetivo de “contribuir para a compreensão mútua entre os dois países e a promoção do jornalismo independente e profissional enquanto base da democracia europeia“.
Publicadas entre 01 de fevereiro de 2023 e 31 de janeiro de 2024 na comunicação social alemã e portuguesa, as peças jornalísticas foram distinguidas nas categorias de Print/Digital, Áudio/Podcast e Vídeo/Multimédia, sendo atribuído um prémio de 1.500 euros a cada categoria.
Na categoria de Print/Digital, o jornalista português Tiago Carrasco foi distinguido pela série de artigos “A incrível história do golpe falhado na Alemanha”, publicada no Setenta e Quatro, um jornal digital dedicado ao jornalismo de investigação que encerrou no mês passado.
“Esta saga jornalística conta-nos a história de uma tentativa de golpe de Estado, levada a cabo pelo movimento Reichsbürger, e o Príncipe Reuss, Henrique XIII, que quase fez estremecer a democracia na Alemanha”, referem os promotores do prémio.
Do lado alemão, Fabian Federl e Bhrikuti Rai foram distinguidos pela reportagem “Os frutos da exploração”, publicada na revista alemã Reportagen.
Nesta reportagem, a dupla de jornalistas retrata a vida dos imigrantes nepaleses que chegam ao Alentejo para trabalhar no cultivo de amoras, o seu “visto” de entrada em Portugal e na Europa.
Já na categoria Áudio/Podcast, Joana de Sousa Dias foi distinguida pela reportagem “Na Alemanha do grande quartel fantasma”, publicada como podcast na TSF.
“Este relato atravessa as paredes de Wünsdorf, ou a ‘cidade de Lenine’, o grande quartel soviético em território alemão em estado de abandono há quase 30 anos, uma história que espelha o que é hoje a Alemanha”, lê-se no comunicado.
Na mesma categoria, Tilo Wagner foi distinguido pela reportagem “Começar de novo em Portugal”, publicada na rádio Deutschlandfunk, que “revela Portugal como terra de sonho e liberdade para quem procura uma vida alternativa e as consequências da chegada destas populações estrangeiras para os residentes locais”.
Por sua vez, Jacinto Godinho e Carlos Oliveira venceram o Prémio na categoria de Vídeo/Multimédia, com a reportagem da RTP “PS 50 anos: A raiz alemã”, que relata a história da fundação do Partido Socialista português na Alemanha em 1973 e foi exibida no âmbito da comemoração dos 50 anos do partido.
A cerimónia de entrega do Prémio de Jornalismo Luso-Alemão decorrerá este ano no Camões Berlim, na Alemanha, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a 3 de maio, com a presença dos jornalistas vencedores, seguindo-se uma discussão sobre o panorama atual do jornalismo em Portugal e na Alemanha.
As peças jornalísticas vencedoras estão disponíveis em www.goethe.de/portugal/premiodejornalismo.
O Prémio de Jornalismo Luso-Alemão é uma iniciativa da Associação S. Bartolomeu dos Alemães em Lisboa, coordenada pelo Goethe-Institut Portugal e em cooperação com o Camões Berlim, a Central Alemã para o Turismo em Portugal, a TAP Portugal a Delegação de Turismo de Portugal na Alemanha e o Hotel Pestana Berlim, com o apoio da Embaixada da República Federal da Alemanha em Lisboa e da Embaixada de Portugal em Berlim.
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