Cultura

Feira do Livro de Lisboa arranca esta quarta-feira. APEL espera chegar ao milhão de visitantes

Rafael Ascensão, Lusa,

Feira do Livro de Lisboa conta este ano com 350 pavilhões e espera receber um milhão de visitantes. Bruno Pacheco, secretário-geral da APEL, traça os objetivos.

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) diz-se “muito entusiasmada” e “muito otimista” para a 94ª edição da Feira do Livro de Lisboa (FLL), que arranca esta quarta-feira, prolongando-se até ao dia 16 de junho, no Parque Eduardo VII. Para este ano, espera chegar a um milhão de visitantes.

As expectativas foram reveladas ao +M por Bruno Pacheco, secretário-geral da APEL, que aponta para a marca do milhão de visitantes, depois do crescimento que foi registado “de forma sustentada” nos últimos anos. Em 2022, o evento recebeu 772 mil pessoas, número que aumentou para 895 mil em 2023.

O otimismo surge devido às condições criadas para o público, “com um percurso mais fluído e um espaço mais confortável para todos os visitantes, mas também devido à diversidade da oferta literária e das atividades que decorrerão ao longo dos 19 dias de evento“, diz Bruno Pacheco.

Na verdade, são mais de três mil as ações listadas para a edição deste ano – recorde-se que em 2023 este número foi de 2.600 – “o que revela a aposta cada vez maior dos editores na Feira do Livro de Lisboa”. Entre estas ações incluem-se o lançamento de livros, a presença de autores nacionais ou internacionais para sessões de autógrafos, talks ou oficinas. A programação pode ser consultada aqui.

Este ano, a Feira do Livro de Lisboa conta com 960 marcas editoriais, representadas por 140 participantes, distribuídos por 350 pavilhões com 85 mil títulos disponíveis. A estes soma-se o Espaço dos Pequenos Editores e do Plano Nacional de Leitura. Nesta edição foram também criados mais espaços para apresentação de livros.

Este ano, o horário de abertura da Feira também foi antecipado. “Dado que cada vez mais temos famílias a visitar a Feira do Livro de Lisboa decidimos este ano antecipar o horário de abertura para que possam vir mais cedo e desfrutar da feira logo pela manhã”, explica Bruno Pacheco.

Desta forma, a FLL abre aos sábados, domingos e feriados às 10h00 (no ano passado abria às 12h) e durante os dias de semana às 12h (12h30 nos anos anteriores). O horário de encerramento mantém-se às 22h00, com exceção dos sábados, sextas-feiras e vésperas de feriado, em que fecha às 23h00.

Bruno Pacheco, secretário-geral da APEL

A organização apresenta outras novidades, nomeadamente em termos de serviços de apoio aos visitantes, que podem contar nesta edição com um serviço de bengaleiro – que permite não só guardar os casacos mas também as compras da feira, carregar telemóveis e a expedição de livros por correio – e com espaços de apoio às famílias, em parceria com o Centro do Bebé, onde os pais podem alimentar os bebés, aquecer a comida, mudar a fralda ou amamentar.

O melhoramento das acessibilidades para pessoas com mobilidade condicionada foi outra prioridade assumida pela APEL, que introduziu melhorias nas rampas de acesso a vários equipamentos e reforçou a oferta de casas de banho adaptadas.

A parte da programação também será mais acessível, com uma agenda específica de eventos com língua gestual portuguesa, e a existência de um alfabeto de cores para daltónicos, que, entre outras coisas, ajuda as pessoas a orientarem-se nas praças, que são definidas por cores.

A edição deste ano da FLL retoma a iniciativa “Acampar com histórias”, dirigida a crianças, volta a contar com iniciativas do Plano Nacional de Leitura, nomeadamente com a criação do “Consultório de leitura”, que dá sugestões de acordo com o perfil do leitor, e terá uma vez mais o pavilhão “Doe os seus livros”.

Além dos descontos dos Livros do Dia, os visitantes voltam a poder aproveitar a Hora H. De segunda a quinta-feira (exceto feriados), entre as 21h00 e 22h00, podem assim comprar livros que tenham saído há mais de 24 meses com um desconto mínimo de 50%. A Hora H conta este ano com 277 pavilhões aderentes.

A nossa prioridade é proporcionar bons momentos, num espaço interessante, confortável e cada vez mais acessível a todos os públicos”, diz o secretário-geral da APEL.

“Recorde-se que tem sido notório o crescimento do público jovem (cerca de um terço de jovens em 2023), o que é um reflexo do trabalho que temos vindo a desenvolver em inspirar o gosto pela leitura, especialmente entre os mais jovens. Hoje a Feira do Livro é o maior evento cultural que junta várias gerações e que permite o convívio entre autores e leitores“, conclui.

A inauguração oficial da Feira do Livro de Lisboa acontece esta quarta-feira às 20h00, e conta com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, da ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas.

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