Televisão

Costa é “protagonista” mais visto do Now, Medina não passou dos 12.500 telespectadores

Rafael Ascensão,

À liderança de António Costa, segue-se Rui Rio e Pedro Santana Lopes e o programa Medina é o menos acompanhado. Os "protagonistas" perdem nas audiências para os comentadores dos canais concorrentes.

A aposta do Now nos protagonistas registou resultados limitados, em linha com as audiências do canal neste primeiro mês, e assim aquém dos ‘comentadores’ dos canais concorrentes. E foi o ex-primeiro-ministro António Costa o “protagonista” do Now a obter uma maior audiência no primeiro mês do mais recente canal informativo da MediaLivre. O programa “Otimista”, com cinco transmissão entre 17 de junho e 16 de julho, contou com uma audiência média de 23.443 telespectadores.

Aquando do lançamento do Now, Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial da Medialivre e diretor da CMTV e agora também do novo canal, explicava ao ECO/+M os objetivos. “A nossa posição é diferenciada e cremos que é diferente dos nossos concorrentes. Vamos basear a nossa proposta muito em notícias, vamos banir a designação de comentário, e comentador, da nossa antena (…) Protagonistas, analistas e analistas especializados. No fundo, vamos procurar que sobre cada tema, fale exatamente quem tem algum conteúdo a acrescentar à matéria em causa. Essa é a nossa proposta diferenciadora e estamos em crer, pelas reações que temos suscitado desde que enunciamos este princípio, que é uma opção acertada“. Para já, os números não estão a confirmar a opção.

Quem são os “protagonistas” do Now, além de António Costa? Fernando Medina foi o que registou as piores audiências neste primeiro mês. O ex-ministro das Finanças socialista, Fernando Medina, alcançou uma audiência média 12.455 telespectadores. O programa “Contas Certas”, que contou com quatro transmissões, foi assim o menos visto entre os das quatro figuras políticas “protagonistas” do Now analisadas. No programa de 4 de julho, segundo os dados a Dentsu/Carat para o +M, Medina registou uma audiência de pouco mais de vinte mil pessoas (0,2% de rating). Já o primeiro programa, no dia 20 de junho, chegou a pouco mais de oito mil pessoas.

A seguir a António Costa, seguiu-se Rui Rio, cujas cinco transmissões do programa “Sem Hipocrisia” registaram uma audiência média de 17.771 pessoas.

Pedro Santa Lopes, por seu lado, nas quatro presenças no canal através do seu programa “Perceções e Realidades”, alcançou uma audiência média de 14.196 telespectadores. Ressalve-se que a transmissão no dia 1 de julho do programa do atual autarca da Figueira da Foz registou uma audiência de apenas 1.698 pessoas. No mesmo dia jogou a seleção portuguesa frente à Eslovénia, a contar para os oitavos-de-final do Euro 2024.

O Now foi lançado no dia 17 de junho na posição nove da Meo, Nos e Vodafone, tendo como grande aposta “protagonistas” e analistas ao invés de comentadores, segundo explicou na altura Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial da Medialivre, do Now e da CMTV ao +M.

“No fundo, vamos procurar que sobre cada tema, fale exatamente quem tem algum conteúdo a acrescentar à matéria em causa. Essa é a nossa proposta diferenciadora e estamos em crer, pelas reações que temos suscitado desde que enunciamos este princípio, que é uma opção acertada”, detalhou.

Trazer de volta à televisão os “abstencionistas”, os públicos que se divorciaram dos canais clássicos, e atrair anunciantes que não cabiam na CMTV foram também os objetivos elencados para o canal que tem como máxima “Informação exata à hora certa”.

No seu dia de estreia, o mais recente canal da Medialivre foi acompanhado, em média, por 16.489 espectadores, posicionando-se como o terceiro canal de informação no total dia.

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