Mário Ramires deixa direção do Nascer do Sol e do I
Um dos fundadores do Sol e diretor desde 2015 – ano em que substituiu José António Saraiva –, já não vai aparecer no cabeçalho na próxima edição. Vítor Rainho assume a direção interinamente.
Mário Ramires deixou a direção dos jornais Sol e I, títulos que vendeu no verão de 2022 à Alpac Capital, de Pedro Vargas David e Luís Santos, também donos da Euronews.
Da equipa fundadora do Sol, e diretor do jornal desde 2015 – ano em que substituiu José António Saraiva –, o jornalista já não vai aparecer no cabeçalho na próxima edição do semanário. Vítor Rainho, até aqui diretor executivo do Sol, assumiu interinamente a direção dos dois títulos.
Mário Ramires era também dono dos dois títulos desde 2015, ano em que criou a Newsplex e manteve a edição dos jornais até então da Newshold, de Álvaro Sobrinho. Em dezembro de 2020 o semanário Sol alterou o nome para Nascer do Sol. Semanas antes o i tinha passado a Inevitável. Entretanto, já em janeiro de 2023, o i passou a semanário.
Em julho de 2022, quando comprou os dois jornais a Mário Ramires, a Alpac Capital descrevia O Nascer do Sol e o i como “projetos de muita coragem e resilientes, que se afirmaram e consolidaram nos últimos anos como jornais independentes, disruptivos e contra os discursos politicamente corretos”.
Pedro Vargas David e Luís Santos justificavam a compra dos títulos da Newsplex como uma “contribuição para um Portugal mais livre, mais ambicioso e mais plural“, dizendo não se resignarem “com um país em que os media são um setor de subinvestimento e de resultados operacionais negativos”. “Não tem de ser assim”, afirmavam.
“Acreditamos que o reforço da imprensa livre é um pequeno contributo que damos para que os portugueses não desistam do seu País e reencontremos o nosso lugar na história“, escreviam no comunicado no qual anunciavam a operação, citando exemplos como os de Marcelo Rebelo de Sousa, Francisco Pinto Balsemão, Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso, que “foram contributos inspiradores para termos um País desenvolvido, democrático e livre”.
Para além da direção dos dois títulos, Mário Ramires, com o qual não foi possível falar até ao momento, manteve-se na gestão da empresa até janeiro do último ano.
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