Sindicato dos Jornalistas quer reunião urgente ao Governo sobre crise na dona da Visão
O SJ considera que "os governantes têm a obrigação de tentar encontrar uma solução que viabilize os títulos da TiN, assegure o pagamento dos salários em atraso e a manutenção dos postos de trabalho".
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) vai pedir uma reunião urgente ao ministro com a tutela da comunicação social, Pedro Duarte, para debater a crise da Trust in News (TiN), dona da Visão, Exame, entre outros títulos.
A empresa está “em insolvência, tem salários em dívida aos trabalhadores e pagamentos em atraso a quem trabalha a recibos verdes”, referiu o sindicato em comunicado.
O assunto já foi abordado “nas quatro reuniões havidas entre o SJ e o ministério dos Assuntos Parlamentares” e o Sindicato dos Jornalistas “entende que é urgente debater com o Executivo, num encontro com caráter de urgência, a crise neste grupo de comunicação social“.
O Estado, “através da Segurança Social e da Autoridade Tributária, é detentor de mais de 50% dos créditos, tendo reprovado o Plano Especial de Revitalização [PER], que foi aprovado pelos outros principais credores”, salientou o Sindicato, que aponta “aqui uma via que pode ser explorada”.
O SJ considera que “os governantes têm a obrigação de tentar encontrar uma solução que viabilize os títulos da TiN, assegure o pagamento dos salários em atraso e a manutenção dos postos de trabalho“.
Além disso, o sindicato “alertou já todos os grupos parlamentares, ao enviar uma carta aberta dos trabalhadores da TiN para os políticos, com o intuito de reforçar a sensibilização dos detentores de cargos públicos para a gravidade da situação, que afeta 17 títulos e dezenas de famílias”.
O SJ apelou ainda “a todos os jornalistas que se associem à concentração pública que irá realizar-se na quarta-feira, dia 4 de dezembro, entre as 18:00 e as 21:00, na Praça de Luís de Camões”, no Chiado, em Lisboa.
A TiN, que detém 16 títulos, entre os quais a Visão, Exame, Exame Informática, Jornal de Letras, Caras, Activa, TV Mais, viu o PER ser reprovado em 5 de novembro, tendo em 12 de novembro a administração anunciado a sua intenção de apresentar um plano de insolvência, requerendo já a convocação de uma assembleia de credores para apresentação e fundamentação de um plano de recuperação.
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