Livre quer ouvir no parlamento dono e trabalhadores da Visão
O partido quer saber "quais as opções de gestão e quais os objetivos e rumo planeados para este grupo de comunicação social ou os seus títulos".
O Livre requereu a audição parlamentar do presidente do conselho de administração do grupo de comunicação social Trust in News, da comissão de trabalhadores e do Sindicato dos Jornalistas sobre o processo de insolvência em curso.
No requerimento, dirigido à presidente da comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, o Livre assinala que este grupo, detentor de títulos como a Visão, a Exame, o Courrier Internacional ou o Jornal de Letras, está em processo de insolvência e que “há já um ano passa por grandes dificuldades em assumir as despesas“.
“Esta situação está a colocar em causa cerca de 150 postos de trabalho, incluindo de trabalhadores com 20 ou 30 anos de casa, e a gerar enorme incerteza nas suas famílias e no setor”, lê-se no texto.
O Livre refere que os trabalhadores destes títulos convocaram uma concentração pública de protesto para quarta-feira, na Praça Luís de Camões, em Lisboa, e enviaram à comissão parlamentar de Cultura “uma carta aberta a solicitar uma audiência, de forma a partilhar e contextualizar as suas preocupações“.
“A defesa intransigente do pluralismo dos media e da democracia implica a escuta de quem faz jornalismo todos os dias, mas também de quem detém os órgãos de comunicação social. Neste momento, a situação no grupo «Trust in News» é preocupante e não acontece por culpa dos trabalhadores”, salientam os deputados no requerimento.
Neste contexto, o Livre requer a audição do presidente do conselho de administração do grupo, Luís Delgado, da comissão de trabalhadores e do Sindicato dos Jornalistas para compreender “quais as opções de gestão e quais os objetivos e rumo planeados para este grupo de comunicação social ou os seus títulos”.
A TIN, que detém 16 títulos, entre os quais a Visão, Exame, Exame Informática, Jornal de Letras, Caras, Activa, TV Mais, viu o seu Processo Especial de Revitalização (PER) ser reprovado em 05 de novembro, e em 12 de novembro a administração liderada por Luís Delgado anunciou a sua intenção de apresentar um plano de insolvência, requerendo já a convocação de uma assembleia de credores para apresentação e fundamentação de um plano de recuperação.
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