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DreamMedia “repudia” acusação de roubo de energia em painel publicitário. Aguarda há um ano “aumento da capacidade”

+ M,

Dreammedia diz que iniciou, há um ano, um processo junto da E-Redes para proceder ao aumento da capacidade disponível e que o processo está em curso.

O maior painel publicitário do país, como é apresentado pela DreamMedia, terá estado mais de seis meses a ser alimentado com energia desviada da rede pública. A notícia foi avançada na manhã desta quinta-feira pela CNN Portugal.

O Lisbon Gate, painel com 25 metros de comprimento e oito de altura, num total de 200 metros quadrados de área de LED, terá sido “alimentado através de um ramal de rede aérea, sendo que no local já estavam também instalados todos os equipamentos necessários para uma futura ligação elétrica de baixa tensão necessários para um fornecimento elétrico legal, incluindo um contador”, descreve o título da Media Capital.

A E-Redes terá interrompido o serviço por duas vezes, o que poderá configurar “reincidência da apropriação indevida de energia”. A fiscalização terá acontecido a pedido da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que disse ao canal de televisão que tomou conhecimento do caso através de denúncia.

A versão da empresa, que não desmente a notícia, apresenta, no entanto, algumas nuances. “A DreamMedia adquiriu, naquela localização, um painel publicitário licenciado, com mais de 30 anos de operação. Na altura da instalação aquele era o maior painel rotativo do país, que funcionava com potência elétrica. O painel atual encontra-se legalizado e com contrato ativo. Entretanto, foi identificada instabilidade na potência elétrica, pelo que a DreamMedia iniciou um processo junto da E-Redes para se proceder ao aumento da capacidade disponível. Este processo está em curso há cerca de um ano”, começa por enquadrar, num comentário enviado por escrito ao +M.

De acordo com a DreamMedia, “por recomendação do fornecedor do painel, [instalou] um gerador para evitar danos na infraestrutura enquanto [aguarda] o desfecho do processo”. “Atualmente, o painel encontra-se em pleno funcionamento”, conclui a empresa liderada por Ricardo Bastos.

Entretanto, já ao final da tarde, em comunicado enviado aos media, a empresa de Ricardo Bastos afirma que no dia 29 de novembro, antes da publicação da notícia, recebeu da E-Redes um aviso de cobrança no valor de 65 mil euros, referente ao consumo de energia do painel Lisbon Gate. “O valor foi prontamente liquidado pela empresa, demonstrando o seu compromisso com a regularização total da situação“, escreve.

Ou seja, tendo pago o valor no final de novembro, a empresa afirma que “repudia categoricamente as alegações associadas ao painel publicitário digital Lisbon Gate, o maior de Portugal, rejeitando a utilização do termo “roubo” que é falso e profundamente lesivo para a reputação da empresa“.

A empresa diz também que desde janeiro de 2024 “enfrentou sucessivos atrasos na ligação do ramal elétrico, apesar deste cumprir rigorosamente todas as normas e exigências” e que “a E-Redes insistiu em alterações que violavam o seu próprio regulamento técnico. Após diversas reclamações formais, incluindo uma apresentada no livro de reclamações em 03/09/2024, a E-Redes finalmente reconheceu que a DreamMedia tinha razão e autorizou o avanço das adaptações necessárias”.

 

(notícia atualizada às 17h30 com informação do comunicado)

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