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Ex-diretora da Visão Mafalda Anjos questiona dívidas da Trust in News

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"Não confundamos a Visão (e outras boas marcas) com a péssima gestão de que foi vítima", afirma, apelando a que seja encontrada uma solução para a newsmagazine e outras marcas do grupo.

Mafalda Anjos, até há um ano diretora da Visão, questionou nas redes sociais as dívidas da Trust in News (TiN).

“O grupo, segundo as contas públicas entregues na ERC, deu sempre resultados líquidos positivos até 2022, e foi só em 2023 que registou pela primeira vez um prejuízo de 115 mil euros. Como é que, com estes resultados positivos, a empresa unipessoal de acionista Luís Delgado acumulou 32 milhões de euros de dívidas que a colocam à beira da falência é algo que, infelizmente, permanece inexplicável…“, escreveu a jornalista.

A comentadora da CNN Portugal, que esta quarta-feira esteve na manifestação organizada pelos trabalhadores da empresa, reforçou os motivos que levaram à sua demissão, há um ano. “Como tornei público, demiti-me da direção da Visão há 1 ano por estar desalinhada com a estratégia da administração. Um ano antes, já me havia demitido de publisher editorial pelas mesmas razões, depois de andar mais de dois anos a batalhar por medidas e uma reestruturação. Melhor dizendo, estava desalinhada com a falta de estratégia, imobilismo e incapacidade de reação da gestão perante as circunstâncias de mercado”.

“Não confundamos a Visão (e outras boas marcas) com a péssima gestão de que foi vítima”, afirma, apelando a que seja encontrada uma solução para a newsmagazine e outras marcas do grupo.

Os trabalhadores da Trust in News (TiN) concentraram-se esta quarta-feira em Lisboa, na Praça de Luís de Camões, para exigir o pagamento dos salários em atraso e em defesa dos postos de trabalho, do jornalismo e da democracia.

Envergando cartazes onde se podia ler “Os teclados não pararão”, “Manchetes de promessas, salários em atraso” ou “Para que a democracia não morra na escuridão”, várias dezenas de trabalhadores da TiN (dona da Visão, Exame, Jornal de Letras, entre outros títulos), manifestaram-se para apelarem a “toda a sociedade, aos leitores e anunciantes e também a potenciais investidores” para a situação do grupo, cuja insolvência foi decretada esta quarta-feira.

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