FMI quer reforçar aposta na comunicação. Estratégia deve ser revista de cinco em cinco anos
A estratégia de comunicação do FMI não era revista desde 2014. Agora os diretores querem que esta seja revista mais regularmente e de uma forma mais formal, o que acontecerá de cinco em cinco anos.
O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) discutiu e reviu a sua estratégia de comunicação, tendo os seus diretores concordado que esta devia ser revista mais regularmente e de uma forma mais formalizada, o que está previsto acontecer de cinco em cinco anos.
A proposta de atualizações anuais sobre a implementação dessa estratégia colheu também os votos favoráveis da direção, onde se incluem a aplicação prática e a operacionalização de um plano de comunicação detalhado assente num orçamento estipulado, refere a instituição em comunicado.
Na revisão à estratégia de comunicação do FMI, os editores executivos concordaram que a transparência e a comunicação são essenciais para a eficácia do Fundo Monetário Internacional, destacando que esta traz compreensão sobre o trabalho da instituição, ajuda a manter a confiança no seu aconselhamento político, promove a tração às suas políticas e contribui para a missão de promoção da estabilidade económica e financeira.
Os diretores reconheceram também que, num contexto de evolução na economia global e de transformações significativas nas tecnologias de comunicação, “a abordagem do FMI em comunicar com públicos mais amplos através de mensagens acessíveis em novas plataformas digitais e sociais tem sido fundamental para a eficácia do seu trabalho“.
Os responsáveis destacam que neste contexto de mudança, onde os media enfrentam um cenário de desconfiança para o qual também contribuiu o advento da inteligência artificial (IA), a comunicação “desempenhará um papel cada vez mais importante no futuro”.
Muitos dos diretores também sublinharam a importância de que seja garantido que a comunicação do FMI não antecipe as discussões do Conselho Executivo. Além disso, foi enfatizada a necessidade de expandir e aprofundar a relação com os media e outros stakeholders locais, particularmente no que diz respeito à comunicação dos programas de cada país, incluindo abordagens iniciais para a comunicação das operações do FMI e para robustecer a capacidade de realização de artigos económicos em países menos desenvolvidos.
Muitos diretores incentivaram também a equipa de comunicação a apostar na segmentação dos públicos-alvo para uma comunicação “mais eficaz e personalizada”.
Foi ainda reconhecido o progresso feito na medição do impacto das comunicações do FMI, possível através da digitalização da comunicação e da disponibilidade de ferramentas analíticas em tempo real. No entanto, foram pedidos mais esforços nesta área, com muitos dos diretores a pedirem a utilização de uma estrutura e enquadramento modernos para a definição de metas, bem como a integração de ferramentas de IA na medição.
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