Risco de conflito de interesses leva Governo a investigar contratos da agência dos fundos europeus

  • ECO
  • 11 Fevereiro 2022

O ministro do Planeamento pediu a lista dos contratos firmados entre a AD&C e a Microsoft durante a liderança de Nuno Santos. O gestor está a de saída para a tecnológica norte-americana.

A saída de Nuno Santos como presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C), após 15 meses, para um cargo internacional na Microsoft está a levantar suspeitas dentro da máquina do Estado por eventuais conflitos de interesse. Segundo o Expresso (acesso condicionado) desta sexta-feira, o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, pediu a lista dos contratos firmados entre a AD&C e a Microsoft durante a liderança deste perito em sistemas de informação.

É legítimo sair do privado para o público ou vice-versa. Mas não fazer ping-pong”, disse ao semanário fonte próxima do gestor público que está de saída. Nuno Santos foi quadro da Gfi (Inetum) durante uma década antes de chegar à AD&C pela mão do ministro do Planeamento para modernizar a máquina estatal dos fundos europeus. Agora, 15 meses depois, a 14 de fevereiro, vai sair do cargo para a tecnológica norte-americana. Tanto a Microsoft como a Inetum fornecem a AD&C.

Em declarações ao ECO, Nuno Santos explicou no início do mês que a saída se devia a uma alternativa “muito sedutora”. Questionado sobre a conversa que teve com Nelson de Souza para comunicar a sua saída, o gestor referiu que “foi uma conversa fácil e com muita compreensão” dada a “relação de muitos anos, muito positiva e agradável” que têm. “Agradeço-lhe a oportunidade que ele e o Governo me deram e o acompanhamento que fez”, disse, frisando que “foi tudo bom e positivo”.

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