Risco de conflito de interesses leva Governo a investigar contratos da agência dos fundos europeus
O ministro do Planeamento pediu a lista dos contratos firmados entre a AD&C e a Microsoft durante a liderança de Nuno Santos. O gestor está a de saída para a tecnológica norte-americana.
A saída de Nuno Santos como presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C), após 15 meses, para um cargo internacional na Microsoft está a levantar suspeitas dentro da máquina do Estado por eventuais conflitos de interesse. Segundo o Expresso (acesso condicionado) desta sexta-feira, o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, pediu a lista dos contratos firmados entre a AD&C e a Microsoft durante a liderança deste perito em sistemas de informação.
“É legítimo sair do privado para o público ou vice-versa. Mas não fazer ping-pong”, disse ao semanário fonte próxima do gestor público que está de saída. Nuno Santos foi quadro da Gfi (Inetum) durante uma década antes de chegar à AD&C pela mão do ministro do Planeamento para modernizar a máquina estatal dos fundos europeus. Agora, 15 meses depois, a 14 de fevereiro, vai sair do cargo para a tecnológica norte-americana. Tanto a Microsoft como a Inetum fornecem a AD&C.
Em declarações ao ECO, Nuno Santos explicou no início do mês que a saída se devia a uma alternativa “muito sedutora”. Questionado sobre a conversa que teve com Nelson de Souza para comunicar a sua saída, o gestor referiu que “foi uma conversa fácil e com muita compreensão” dada a “relação de muitos anos, muito positiva e agradável” que têm. “Agradeço-lhe a oportunidade que ele e o Governo me deram e o acompanhamento que fez”, disse, frisando que “foi tudo bom e positivo”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Risco de conflito de interesses leva Governo a investigar contratos da agência dos fundos europeus
{{ noCommentsLabel }}