25 anos depois da Expo98, Portugal é outro

  • Jorge Vinha da Silva
  • 21 Junho 2023

Num mercado global e cada vez mais competitivo, é necessário continuar a investir na modernização e crescimento dos espaços para a realização de eventos e resolver de vez a questão do aeroporto.

Agora que celebramos 25 Anos da Exposição Internacional de Lisboa de 1998, podemos dizer que há uma Indústria dos Eventos Antes da Expo98 e outra Depois da Expo98?

Há 25 anos Portugal dava a conhecer a sua imensa capacidade de realização com a organização da EXPO 98. O então Pavilhão da Utopia, um dos edifícios mais icónicos da Exposição, com uma arquitetura única, e a nossa casa desde então, foi o mais visitado, com três milhões e duzentas mil pessoas.

As provas dadas com aquele que foi o grande evento nacional do século XX, e que muito contribuiu para uma mudança de mentalidade, projetou para o Mundo a imagem de um Portugal moderno, e mereceu-nos elevado reconhecimento internacional levando o país a assumir uma posição de destaque na área da captação e realização de eventos.

Desde então o país, não tem parado de dar cartas na organização de grandes e importantes eventos internacionais.

Lisboa tem estado, nos últimos anos, nos primeiros lugares do ranking da ICCA (International Congress and Convention Association), a maior Associação Mundial de eventos Associativos, ocupando neste momento a 2ª posição no ranking de cidades com o maior número de Congressos realizados em 2022, apenas suplantada por Viena. Portugal também ocupa a sétima posição no ranking de Países. Estas posições demonstram como tantos eventos valorizam, e são valorizados, pelo destino Portugal, fruto da forte aposta na captação e apoio à realização de eventos no seu território.

Há, sem dúvida, uma oportunidade única para continuar a reafirmar Portugal como um destino de excelência, apostando na sustentabilidade, diversidade e transformação digital como fatores diferenciadores e consolidar, assim, o crescimento do nosso país nos rankings Internacionais. Num mercado global e cada vez mais competitivo, é necessário continuar a investir na modernização e crescimento dos espaços para a realização de eventos e resolver de vez a questão do Aeroporto de Lisboa, que será talvez, o maior entrave ao crescimento desta Indústria nos próximos anos.

Sem dúvida que na última década, o contínuo crescimento em quantidade e qualidade da capacidade hoteleira, das infraestruturas de apoio, do panorama cultural e principalmente da hospitalidade da população e profissionalismo da indústria dos eventos, transformaram Lisboa num destino multicultural, moderno e cosmopolita, ideal para receber os mais variados eventos e garantir um “delivery” de elevada qualidade.

Tudo isto é e terá de ser, cada vez mais, fruto de uma atuação concertada, atraindo para o país as grandes conferências associativas, mas também os grandes eventos que reforcem a notoriedade e o posicionamento da marca Portugal.

A Altice Arena sendo um dos atores relevantes desta Indústria, continuará a colaborar com o ecossistema dos eventos numa relação de mutualismo em prol do destino. Dos mais de 120 eventos realizados no último ano, destaco a título de exemplo, a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que pela primeira vez se realizou fora do edifício sede sitiado em Nova York, a maior edição de sempre da Web Summit, com mais de 70 mil pessoas ou o Congresso Internacional ECCMID (European Congress of Clinical Microbiology & Infectious Diseases) que foi um dos primeiros grandes eventos internacionais de 2022 pós pandemia e que trouxe a Lisboa mais de 13 mil pessoas. De referir que segundo dados da ICCA, o gasto médio de um participante num congresso internacional é superior a 700 euros.

Também o ano passado, recebemos em Lisboa na Altice Arena, o Associations World Congress 2022, promovido pela AAE – Association of Associations Executives, que, por iniciativa da Altice Arena e dos seus parceiros privados, trouxe ao nosso país cerca de 200 executivos de topo de associações e ordens internacionais, responsáveis por realizar milhares de eventos anualmente. Estes executivos puderam, durante três dias, conhecer as condições e potencialidades do nosso destino, dos nossos equipamentos e dos nossos profissionais.

A estratégia a prosseguir por todos os que fazem parte desta Indústria, terá de ser sempre de constante adaptação a novas realidades, de abertura a novos segmentos de negócio, de acompanhamento da transformação digital em curso (transversal a toda economia) e diga-se, com grande impacto neste setor, e de foco em novos desafios numa contínua aposta na prospeção comercial, potenciadora de crescimento, pois como ficou demonstrado com a pandemia nada substitui o contacto interpessoal de uma Indústria de pessoas feita para pessoas.

25 anos depois da Expo98, Portugal é outro e a Indústria dos Eventos tem no nosso país um dos melhores destinos para qualquer projeto que se queira de sucesso.

  • Jorge Vinha da Silva
  • CEO do Altice Arena

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