
The dream is Alive
Se as marcas continuarem a acreditar e apostar, os festivais crescem e não definham, a indústria da música e da cultura cresce também e continua a alimentar as nossas paixões, os nossos sonhos.
Há sinais contraditórios no ar. Antes de entrarmos definitivamente na silly season importa ver que sinais vieram para ficar e quais aqueles que vão desaparecer, tal como o bronzeado que se vai aos poucos depois do verão.
Cannes correu-nos muito bem. Como país trouxemos leões e como profissionais viemos de lá mais ricos em conhecimento e partilha. E é bom ver que a delegação de portugueses que vai a Cannes não fica menor com o passar dos anos, antes pelo contrário. Bons sinais para a criatividade, publicitária e não só. Para o ano era bom manter a tendência. Têm a palavra as marcas e as agências.
Nos media, os sinais estão estranhos. Este primeiro semestre foi de contenção em quase todos os grupos e alguma preocupação generalizada. Mas também vieram novos formatos de publicidade, há novos canais que chegaram e se afirmaram, mas também há muitos que lutam. Acho que depois do verão vamos continuar a sentir ventos contrários, sem especial constância. A ver vamos.
Mas também há boas novidades e novos formatos de entretenimento a surgir. O humor está a dar oxigénio a conteúdos que inovam e se manifestam tanto em formatos de TV, como se espalham com forte ruído pelas redes sociais e outros culminam em palcos de festivais. Aliás até já surgiram novos festivais só dedicados ao humor. Estes são bons sinais para os profissionais de humor, mas também para as marcas que apostam no género. A coisa está a crescer, suportada por novas gerações de criadores. Uns puxam pelos outros. A coisa vai, por aqui.
Mas o verão começa e acaba com festas e festivais! Os Santos foram um sucesso e já tive “inside information” de quem estuda o fenómeno que os portugueses estão cada vez mais a aderir aos festejos dos Santos. E é senso comum: vemos as ruas e os centros das cidades cheias de gente nos feriados de junho. Locais e turistas. Talvez as marcas comecem a despertar mais para isso. Aposto que sim.
E depois, sim, claro, o verão só começa com os grandes festivais de verão. Alguns dos mais emblemáticos fecharam, tempestade terrível. Outros mantêm a vitalidade e agregam pessoas e marcas, que reconhecem ser este um terreno fértil para construírem relação com os seus públicos. E é!
É aqui, nestes festivais, neste chão em frente ao palco, que abrimos sorrisos e deixamos as marcas entrar. E as marcas entram e entendem que têm de contar histórias, têm de entreter e até transportar experiências para fora, para que todos vejam, os que compram bilhete e os que ficaram em casa. E se assim for, se as marcas continuarem a acreditar e apostar, os festivais crescem e não definham, a indústria da música e da cultura cresce também e continua a alimentar as nossas paixões, os nossos sonhos. E assim poderemos continuar a dizer, com alegria, “the dream is Alive”! Agora sim, venha o verão.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
The dream is Alive
{{ noCommentsLabel }}