Opinião +M
A internet nasceu para libertar os criadores. Mas voltou a prendê-los. Só os donos das chaves mudaram.
Cinco ideias fundamentais que continuam firmes, que precisamos e que funcionam, não concordam? Ou andam mais entretidos com o frenesim daquelas tendências “muita fixes”?
Não somos máquinas de decisões racionais. Somos histórias em movimento. E as marcas que conseguem fazer parte dessas histórias - sem manipular, sem complicar - são as que ficam. Não na cabeça,
A empresa que desestabilizou os media e fragmentou modelos históricos poderá vir a ser a proprietária do estúdio mais emblemático do mundo. O disruptor torna-se o herdeiro da tradição.
Todos os anos, sentimos este frisson. O mercado vibra. O LinkedIn transforma-se numa espécie de Júri de Cannes versão natalícia. Todos partilham, comentam, esmiúçam. E o consumidor?
A velha avareza rasteira de quem sonha acordado com os seus milhões deixa-nos assim, cada vez mais pobres. Em Portugal até o capitalismo é pobre.
O orgulho de uma nação, emoção da descoberta, a fidelidade nascida da diferença. São os valores que o dinheiro não compra, mas que a escolha certa de um produto a bordo pode multiplicar por infinito.
O luxo não pretende oferecer muito, limita-se a oferecer aquilo que importa. Nesta época que se aproxima, podíamos todos inspirarmo-nos neste princípio.
Neste universo de mensagens rápidas e pré-candidatos improváveis, Manuel João Vieira nos lembre de algo essencial: é possível entreter, satirizar e, ainda assim, dizer coisas sérias.
Mais do que apoios do OE, agora aprovado, o país precisa de boas ideias, mais inovação e melhor execução. E que tal uma sexta-feira encarnada e verde?
A verdade é que a Black Friday é muito mais do que um momento de consumo. É um momento de conexão e de contacto direto entre marcas e consumidores. Esse é o maior desafio.
O Natal, esse evento raro e imprevisível, surpreende-nos todos os anos com a sua pontualidade. Já não distingo bem o caos de julho do de novembro. Sei que um tem cheiro a férias e o outro a pinheiro.
Talvez seja este o verdadeiro sentido da Black Friday. Não o consumo frenético que vemos, mas a possibilidade de escolher com consciência, em vez de comprar por impulso.
Num candidato, tal como numa marca, o seu DNA é a base do caminho do sucesso. Um passo em falso, tal como uma promoção enganadora, e tudo muda. Vamos ver.
Numa época em que as grandes cadeias apostam em automação e self-checkout, a relação humana tornou-se um diferencial competitivo. E isso tem valor económico, valor simbólico e valor emocional.
A questão é que na rádio o centro são as pessoas e a relação de confiança com elas. A tecnologia, de que somos entusiastas, ávidos utilizadores e rápidos adotantes, é a ferramenta.
IA, Autenticidade e Propósito: o novo triângulo de poder que vai redefinir o marketing global.
Quando um performer consegue expor a mesma superficialidade que outros reproduzem involuntariamente, talvez o problema não esteja na irreverência da sátira, mas na pobreza de conteúdo que ela revela.
Precisamos de reaprender a pensar com mais curiosidade e menos culpa. Escrevo isto, em primeiro lugar, para mim - e, se servir para mais alguém, terá valido ainda mais a pena.
A indústria está a abordar este momento como se fosse uma questão de sobrevivência. Talvez não o devesse fazer. Estamos, acima de tudo, a falar de evolução.
No fim, a verdadeira transformação começa com uma mudança de mentalidade, porque quem lidera este movimento não é quem grita mais alto, mas quem ouve melhor.
A IA escreve sem hesitar, mas também sem pensar. Não tem contexto, nem ironia, nem nervo. E quando o texto deixa de nascer de uma ideia e passa a ser apenas o resultado de um comando, perde intenção.
Num tempo em que a extrema-direita dita o tema e o tom, Mamdani recusou-se a jogar no campo deles. A estratégia não foi gritar mais alto, foi mudar de idioma.
É o assunto que todos fingem dominar. No meio de tanto entusiasmo e previsões apocalípticas, corremos o risco de banalizar uma das transformações mais profundas da era digital.
Quem se quer fazer notar tem de gritar, e grita cada vez mais, e mais e mais até ficarmos todos surdos - numa versão moderna do pensamento de Gandhi: “olho por olho e o mundo acabará por ficar cego”.
Ah pois é, falhar e falhar melhor, como dizia Samuel Beckett. O criador deve abraçar o processo de pé no acelerador sem desvios, mesmo quando os obstáculos parecem escorregadios ou insuperáveis.