Opinião +M
A ‘máquina do dinheiro’ precisa de óleo para estar bem afinada, ou seja, regras e ética, mas também agilidade estratégica para saber acompanhar os novos tempos e os novos caminhos do dinheiro.
A forma como escolhemos desenvolver o setor hoje vai determinar se Portugal se mantém uma referência internacional não apenas pelo que oferece, mas também pela maneira responsável como o faz.
Quanto mais modelos criamos para eliminar o acaso, mais visível ele se torna. A IA aproxima-nos de uma previsibilidade quase perfeita, mas o comportamento humano insiste em desafiar a lógica.
Enquanto a política continuar a tratar o cidadão como audiência e não como parte ativa da solução, continuará a ganhar eleições… e a perder eleitores.
A partir daqui, tudo acelera. O Natal está à espreita, os pedidos em modo turbo, os calendários em sobreposição. Mas agora, por um instante, ainda estamos aqui. A pensar. A ouvir. A estruturar.
Os media vivem uma corrida pela atenção e pela relevância. E para quem quer competir nessa estrada, conduzir às cegas é a pior das estratégias. Haja alguém que acenda os faróis, ou que abra os olhos!
A IA terá impacto não só nos consumidores, mas também nas marcas, proprietários, logística, distribuição e na sustentabilidade. Esta será a derradeira experiência em que o ecossistema irá assentar.
A publicidade exterior digital é mais emocionante, criativa, mais contemporânea. Mas enquanto não vier acompanhada de dados fiáveis, continuará a ser isso: uma promessa que pisca, mas não ilumina.
O consumidor é mais do que consumidor: é cidadão, é pessoa, e é nesse equilíbrio que se joga o futuro das marcas.
Perguntar, duvidar, refletir e ouvir o outro não é fraqueza. É defesa. O papel da comunicação não é polarizar - é influenciar.
Nenhuma terra dá eternamente se não souber ouvir o apetite do tempo. A tradição é um património valioso - mas não paga salários nem garante futuro.
Mais perigoso que a má utilização de AI é o uso abusivo, especialmente no Natal, de AE. A autenticidade de discurso parece tirar férias e entram dose fortes de emoções induzidas artificialmente.
Estarão os grupos nacionais de media prontos para criar valor? E se sim, então, está na hora de assumirem realmente os seus objetivos estratégicos.
A política ao ser transformada num campeonato, torna o eleitor num adepto: não quer compreender, quer ganhar. Vamos transformando a democracia num grande estádio, onde a razão é o árbitro mais vaiado.
Se Shakespeare se guiasse pelo Google Analytics, Romeo e Julieta nunca acabaria com o casal de jovens apaixonados a morrer no final. E a peça mais famosa (e corajosa) de todos os tempos não existiria.
No mercado atual, a experiência de cliente é a verdadeira diferenciação da proposta de valor. Escolha já os seus momentos WOW antes que um concorrente o faça.
A elasticidade revela uma estratégia recorrente, escolher termos amplos, emocionalmente carregados e dificilmente contestáveis. Classe média” funciona como um manto ilusório, mas vazio de precisão.
O streaming traz uma democratização evidente: já não é preciso estar fisicamente presente para assistir a eventos e vivê-los de forma intensa. No entanto, também levanta as suas reflexões.
As marcas mais inteligentes perceberam que a nostalgia não é sobre voltar atrás -- é sobre trazer para os dias de hoje o que há de melhor no passado, real ou imaginado.
O Miguel Bombarda é um lugar estranhamente mágico, onde a história da psiquiatria portuguesa se cruza com a memória urbana e o impasse político de um Estado louco, desleixado e incompetente.
A publicidade tem esse poder perigoso: o de definir o que é aspiracional. E agora, quando mais precisamos, está a falhar em vender o que verdadeiramente importa: uma nova forma de viver.
Se agências e marketeers gostavam de ser mais ousados, porque é que as campanhas continuam, na maioria das vezes, tão certinhas, previsíveis e.… chatas?
Setembro é o janeiro da publicidade. Aqui, a expectativa é clara: voltar com ideias frescas, propostas sólidas, planos estruturados e a energia que faltou em julho.
A Gen AI recomenda restaurantes com base nas nossas preferências, mas a Agentic AI até reserva a mesa e ainda envia um lembrete para não esquecermos o compromisso.
A marca país é atrativa, mas precisa de reforçar os seus fatores de competitividade a fim de continuar a segurar o seu lugar no Top10 e, de preferência, reforçá-lo no próximo ano.
O futuro não é uma versão modificada do presente. É o resultado das escolhas, ou da falta delas, que fazemos agora.