Opinião +M

O preço da falta de civilidade entre opostos não matou só pessoas; matou também ideias. E se a experimentação tivesse sido valorizada desde logo? E se começássemos agora?

Ficar ou não ficar no X não é uma decisão neutra ou inconsequente. A decisão de uma IES abandonar a plataforma X posiciona-a como referência na formação de opinião.

A política parece resistir a aprender com o marketing. Em vez da aposta em valores, aposta em táticas. Esquecem a transparência, ignoram o legado, preferem a espuma dos dias.

Nesta era digital, a sobrevivência e florescimento dos meios de comunicação tradicionais, offline ou online, deve ser uma prioridade para todos nós que valorizamos uma sociedade informada e justa.

Não estamos a propor um marketing romântico ou “alternativo”. Estamos a falar de marcas que querem construir significado, reputação e influência. Para isso, os famosos KPI’s, são apenas uma parte.

Neste mundo difícil e imprevisível, o papel do CEO tem de ser repensado. E como Elon Musk aprendeu recentemente, a reputação não é um ativo acessório e incontaminável. É o diferencial estratégico.

Num mundo cada vez mais orientado para resultados, compreender esta distinção é essencial para maximizar o potencial do marketing digital e de tecnologia.

O caso "No Mercy" tem de ser um momento de confronto. Não apenas com os limites das plataformas, mas com o que aceitamos normalizar culturalmente.

O futuro pertence àqueles que acreditam na construção de um mundo melhor e que, estão dispostos a lutar por esse futuro, com ações consistentes e comprometidas. O tempo das marcas é agora.

Parece que a minha profissão está fadada a ser uma peça de museu. Pelo menos é o que ouço muitos a dizerem por aí, depois de lerem na diagonal dois ou três estudos.

A experiência dos mais velhos pode guiar a inovação dos mais novos. As novas tecnologias e pensamento disruptivo dos mais novos podem revitalizar empresas. Usemos isso a nosso favor.

Num tempo em que as marcas se esforçam por parecer mais humanas, imperfeitas e reais, que leitura fará o consumidor ao descobrir que a imagem que o atraiu foi gerada por IA?

Se aplaudimos bilionários que profanam ideias e as vendem ao mundo, qual é o espanto se qualquer Tozé usa o ChatGPT4.5 para copiar uma trend e sentir que a obra é sua? Nada de novo.

Felizmente temos Joana Marques para nos mostrar esses mundos e nos fazer rir da pobreza elevada a “youtuber” ou “tik-toker” ou outra porcaria desse tipo.

Moral da história? A comunicação e o marketing político são uma necessidade. E, por esta altura, todo o país já percebeu isso… da pior maneira.

Os cidadãos do mundo estão desesperados por mudanças e ansiosos para ajudar a impulsioná-las. O que os líderes empresariais e governamentais podem fazer em 2025 e além para que isso aconteça?

Profissionais e organizações começam a perceber que comunicar bem não é só “controlar a narrativa”, mas contribuir para um espaço público mais honesto, mais dialogante e mais humano.

A marca é hoje um indicador vital de relevância para o sucesso das empresas. A criação da notoriedade junto dos clientes é um trabalho sem fim. A coerência e consistência é outra tarefa infindável.

A verdade é que, mesmo com desafios, há sempre algo que floresce. Afinal, se há coisa que a publicidade nos ensina, é a encontrar soluções mesmo quando o terreno não parece fértil.

Chegou a hora de derrubar os muros entre a torre de marfim do marketing e as trincheiras das vendas. Quanto tempo mais podemos permitir que esta guerra interna sabote as próprias marcas.

Aos nossos responsáveis governativos e aos principais responsáveis políticos exigia-se, antes de qualquer outra coisa, que não estragassem.

A chave para o sucesso será a capacidade de cruzar os dados comportamentais, transacionais e contextuais de forma ética e transparente, garantindo experiências mais personalizadas e eficazes.

Um dia pode vir a ser preciso defender a Marca Europa com armas além da diplomacia. E essas armas estarão nas mãos de jovens. Esperemos que tenham feito Erasmus, pois terá sido a melhor recruta.

A mudança começa com informação rigorosa, ganha força com criatividade e concretiza-se com práticas sustentáveis. E se no final do dia ganham os mais criativos, no final da semana ganha o planeta.

Neste novo contexto, surge uma questão crítica para as organizações: como navegar num ecossistema onde a escolha da plataforma arrisca-se a ser interpretada como uma declaração política?

Em última instância, as redes sociais são um reflexo de quem somos -- e, em 2025, queremos mais verdade, mais interação e menos ruído.