Aveleda e Herdade do Rocim associam-se a projeto Humanwinety de apoio a minorias
Quinta da Aveleda e Herdade do Rocim associam-se ao projeto Humanwinety que reforça inclusão de minorias no setor vínico com parcerias e leilão solidário.
A Quinta da Aveleda, em Penafiel, e a Herdade do Rocim, em Cuba (Alentejo), aliam-se ao projeto Humanwinety, criado pelo enólogo Bento Amaral e pelo consultor de vinhos Cláudio Martins para promover a integração de indivíduos com deficiências físicas ou intelectuais, e outras minorias nos setores vinícola e hoteleiro. O objetivo consiste em integrá-los no mercado de trabalho.
O anúncio foi feito pela dupla de mentores do Humanwinety que conta com quatro meses de existência, “com cariz humanitária selada no seu código genético”; um projeto que envolveu um investimento inicial de 100 mil euros, segundo avançou ao ECO o consultor de vinhos Cláudio Martins.
“Através de um esquema de b-learning, o projeto aumenta os conhecimentos destes grupos e fornece-lhes as ferramentas necessárias para um desenvolvimento profissional adequado, proporcionando estágios profissionais em colaboração com os seus parceiros e futura integração no mercado de trabalho”, explica o enólogo Bento Amaral.
Seguindo a linha da estratégia humanitária, os mentores do projeto vão, no início de 2023, organizar um leilão e jantar solidários, cujas receitas reverterão, em parte, para a Cáritas. Esta iniciativa reúne uma panóplia de “garrafas de excelente qualidade”, nomeadamente três garrafas de Maria Teresa dos anos 2015, 2016 e 2017 e uma garrafa de três litros de Castro superior 2018, oriundas da Quinta do Crasto, e duas garrafas ABF 1888, do Vallado.
A Quinta da Aveleda vai também disponibilizar uma garrafa de três litros de Quinta Vale D. Maria Douro Tinto 2013 e uma de 1,5 litros de Manoel Pedro Guedes Vinho Verde Branco 2020. Já a Herdade do Rocim vai contribuir para o leilão com uma Magnum de Rocim Grande Reserva Tinto 2019.
A iniciativa também conta com a contribuição da produtora de vinhos Soalheiro que vai levar a leilão algumas das suas referências mais emblemáticas, “como uma Jeroboam de três litros, de 2014, Soalheiro Classico; uma Jeroboam de 2012, Soalheiro Reserva; uma Jeroboam de 2015, Soalheiro Granit (primeira colheita) e uma Coleção 40 anos Soalheiro constituída por quatro garrafas de 0,75 litros”, avançam os mentores do projeto num comunicado.
Duas garrafas Madeira Boal 1868 de Matilde Henriques, da Barbeito, uma garrafa colheita 1900 da Andresen, e uma caixa especial de três garrafas de Legado com as colheitas 2017, 2014 e 2011, da Sogrape são mais algumas das garrafas a leilão. Assim como outra de 1902 Moscatel de Setúbal José Maria da Fonseca Apoteca.
Sentimos que o nosso trabalho, de facto, é fundamental para que seja aflorada a questão da inclusão na sociedade e no mercado de trabalho.
Com o objetivo de capacitar indivíduos que, “por algum motivo e/ou momento da sua vida ficaram mais vulneráveis” e se viram a braços com dificuldades ao nível da formação e de integração no mercado laboral, o projeto Humanwinety tem vindo a atrair mais parceiros, como agora a Quinta da Aveleda e a Herdade do Rocim.
“A dias de celebrarmos o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, que se comemora a 3 de dezembro, é com muita satisfação que vemos o projeto Humanwinety crescer com a entrada de dois parceiros tão importantes no setor dos vinhos em Portugal“, frisa Bento Amaral, Wine Inspiring Executive da Humanwinety.
“Sentimos que o nosso trabalho, de facto, é fundamental para que seja aflorada a questão da inclusão na sociedade e no mercado de trabalho”, reitera Bento Amaral.
É com bons olhos que os responsáveis da Quinta da Aveleda e a Herdade do Rocim veem este projeto humanitário. “É com orgulho que a Aveleda se torna parceiro da Humanwinety; uma iniciativa que abre portas do setor dos vinhos que se quer diverso, não só nos produtos que oferece, mas também nas pessoas que o trabalham”, sublinha Martim Guedes, CO-CEO da Aveleda.
Mais ainda, justifica o responsável, quando “está no ADN [da empresa] apoiar causas sociais, e, por isso, se saúda a chegada da Humanwinety, com a satisfação de poder dar o contributo para esta causa”.
Igual opinião tem Pedro Ribeiro, enólogo e administrador da Herdade do Rocim. “Temos apostado, nos últimos anos, na sustentabilidade do nosso projeto. E o acolhimento e bem-estar das pessoas que trabalham connosco é uma das nossas premissas de atuação mais estratégica, porque entendemos que equipas satisfeitas ajudam as empresas a prosperar”.
O administrador da Herdade do Rocim acrescenta ainda que a empresa “só tem a ganhar em reforçar a estratégia humana com a inclusão de profissionais com características especiais que vão, certamente, trazer valor acrescentado”.
É com orgulho que a Aveleda se torna parceiro da Humanwinety; uma iniciativa que abre portas do setor dos vinhos que se quer diverso, não só nos produtos que oferece, mas também nas pessoas que o trabalham.
O projeto possibilita aos candidatos apoios técnico e financeiro, integração socioprofissional e oportunidades de progressão na carreira. Já os parceiros da Humanwinety têm a oportunidade de “participar numa causa nobre e inclusiva que prepara e forma pessoas para introdução no mercado de trabalho e lhes dá acesso privilegiado às mesmas”, de acordo com o projeto.
Os parceiros também passam a poder promover as suas empresas e produtos, em todos os eventos e comunicações do projeto Humanwinety, nomeadamente com a participação de um speaker na talk que, brevemente, será lançada por todo o país.
“Através de ajudas disponibilizadas pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), por exemplo, os parceiros têm também ao seu alcance apoio técnico, comparticipação financeira no valor de 1,25 IAS [Indexante dos Apoios Sociais], por cada destinatário abrangido, e comparticipação financeira, nomeadamente nas despesas com a construção, instalação e equipamentos dos CEP e com a sua manutenção e conservação”, resume Cláudio Martins.
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