Linha de Cascais em obras que ficarão prontas com três anos de atraso
Pedro Nuno Santos vai lançar obras de via e catenária para modernizar a Linha de Cascais, que passará a poder receber os restantes comboios da CP.
Nesta terça-feira vai ser dado o sinal de partida para as obras na via e na catenária que serve a Linha de Cascais. A consignação da obra aos espanhóis da Comsa e aos portugueses da Fergrupo, por 31,59 milhões de euros, vai ser assinalada na estação de Cascais com a presença do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. A obra é determinante para rejuvenescer uma das linhas com mais passageiros do país, mas deverá ficar pronta com três anos de atraso.
Os trabalhos vão ser consignados depois de o contrato com a Comsa e a Fergrupo ter obtido o visto prévio do Tribunal de Contas. O prazo das obras é de 730 dias, ou seja, dois anos. Se não se registarem mais atrasos, os trabalhos deverão ficar prontos entre no final de 2024. A empreitada de via e de catenária é determinante para a modernização da Linha de Cascais, no valor de mais de 100 milhões de euros. Nestes trabalhos, também está prevista, por exemplo, a instalação de um sistema de sinalização eletrónico, sistemas de informação ao público e o fim da passagem de nível rodoviária junto à estação de São João do Estoril. As plataformas também vão ser alteadas, para que seja mais fácil entrar e sair dos comboios.
Quando as obras de modernização de Linha de Cascais foram calendarizadas, ao abrigo do plano Ferrovia 2020, o prazo de conclusão dos trabalhos era o último trimestre de 2021. Ora, se a empreitada de via e empreitada apenas ficará pronta no final de 2024, trata-se de um atraso de três anos face ao prazo original.
Benefícios pós-obras ainda demoram
Apesar de as obras poderem ficar prontas no final de 2024, será preciso esperar mais um ano até chegarem comboios novos para esta linha. A partir do início de 2026, a Linha de Cascais vai receber 34 das 117 novas unidades elétricas que a CP vai encomendar, por 819 milhões de euros. O concurso decorre atualmente e conta com quatro concorrentes: Alstom (em consórcio com a DST), Siemens/Talgo, Stadler e CAF.
Das 34 automotoras para Cascais, 25 serão bi-tensão para poderem circular durante 2026 em conjunto com as composições mais antigas da linha. Quando a CP tiver 25 novas automotoras elétricas na frota, no final de 2026, a IP irá migrar o sistema de tensão na catenária de 1500 para 25 mil volts. A partir deste momento, a linha terá a mesma tensão que a restante rede ferroviária nacional.
Até lá, vão circular as automotoras elétricas fabricadas originalmente na década de 1950, nos tempos em que a linha era gerida pela Sociedade Estoril. O material foi modernizado pela última vez no final da década de 1990.
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