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Fundadores do Instagram lançam app de notícias

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Os fundadores do Instagram estão a lançar uma rede social de notícias. Combater a desinformação é um dos objetivos da app, cujo modelo de negócio vai ser publicidade, assinaturas e acordos editoriais.

Os criadores do Instagram, Kevin Systrom e Mike Krieger, anunciaram esta semana o lançamento de uma nova rede social. Trata-se da Artifact, uma app baseada em texto e que pretende posicionar-se como uma concorrente do Twitter, que utiliza a inteligência artificial (IA) para agregar notícias, de acordo com os interesses do utilizador. “Uma espécie de TikTok para texto“, caracteriza o Tech Crunch (acesso livre).

É um momento particularmente oportuno para nos focarmos no texto, devido à desinformação e à forma como consumimos notícias hoje”, justifica ao Financial Times (FT) Kevin Systrom, cofundador da Artifact. E é também “um momento particularmente oportuno na indústria de tecnologia, com a aquisição do Twitter por Elon Musk e o foco do Facebook no Metaverso”, prossegue.

Os dois sócios, que deixaram o Instagram em 2018, estão a trabalhar no projeto há dois anos, investiram “milhões na casa de um digito”, não têm financiamento externo e contam com sete funcionários. “O Instagram obviamente foi um sucesso desde o primeiro dia e conseguimos arrecadar dinheiro rapidamente”, prossegue Systrom ao FT. “Aprendi que tanto investidores como funcionários devem ser escolhidos com muita sabedoria. Temos muito dinheiro no banco, o nosso foco está principalmente na construção de um ótimo produto que retenha [utilizadores]”, prossegue. Kevin Systrom e Mike Krieger, recorde-se, venderam o Instagram a Mark Zuckerber, dono do Facebook, em 2012 por mais de 700 milhões de euros.

A Artifact utiliza machine learning para selecionar os artigos que vai mostrar a cada utilizador, que tanto podem ser de sites como The New York Times, Vogue e Financial Times, como de blogues. Os conteúdos vão sendo servidos de acordo com o histórico de utilização.

O modelo de negócio estará assente em publicidade, para quem quiser aceder aos conteúdos de forma gratuita, mas também assinaturas e acordos com editores, explicou Systrom ao FT. A “lista de espera” para aceder ao Artifact ficou disponível na terça-feira. Os interessados, por enquanto apenas com com número de telefone dos EUA, podem inscrever-se aqui

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