Metro do Porto vai ganhar 37 quilómetros e 38 estações. Investimento supera 1.000 milhões
Atualmente a Metro do Porto conta com seis linhas em operação, sendo que a expansão da rede contempla a ampliação da rede em 37 quilómetros com 38 novas estações.
A expansão da rede do Metro do Porto anunciada esta sexta-feira contempla a ampliação da rede em 37 quilómetros com 38 novas estações, de acordo com a apresentação feita no Auditório Municipal de Gondomar.
Em causa estão as linhas ISMAI – Muro – Trofa (metro até Muro e ‘metrobus’ até Paradela), Gondomar II (Dragão – Souto), ISMAI, Maia II (Roberto Frias – Parque Maia – Aeroporto) e São Mamede (IPO – Estádio do Mar).
A ligação à Trofa contempla as estações Ribela, Muro, Serra, Bougado, Pateiras, Trofa Sul e Paradela, num total de 10,22 quilómetros.
A linha de Gondomar II, totalmente em metro, prevê as estações São Roque, Cerco, Lagarteiro, Lagoa, Valbom, Hospital Fernando Pessoa, Oliveira Martins e Souto, com uma extensão de 6,9 quilómetros.
Para a linha de São Mamede, também planeada totalmente em metro convencional, contempla as estações IPO II, ISCAP, São Mamede, Pedra Verde, Elaine Sanceau, Xanana Gusmão, São Gens, Senhora da Hora II e ligação à estação Estádio do Mar, com 6,55 quilómetros
Por fim, a linha Maia II propõe duas soluções, tanto para metro convencional como para ‘metrobus’: a primeira com 13,01 quilómetros e 16 estações e a em ‘metrobus’ 14,3 quilómetros e 18 estações.
Em qualquer dos casos, estão previstas as estações Roberto Frias, Hospital São João II, Pedrouços, Giesta, São Gemil, Caverneira, Águas Santas, Milheirós, Gueifães, Maninhos, Catassol, Chantre, Parque Maia II, Espido, Ponte de Moreira, Verdes II e, no caso de ser escolhido o ‘metrobus’, Botica II e Aeroporto (BRT).
No entanto, uma portaria do Governo publicada esta sexta-feira refere que a Metro do Porto “pretende desenvolver um conjunto de projetos que se enquadram neste desígnio, nomeadamente: Linha da Trofa – Linha de Metro entre o ISMAI e o Muro com 3,10 km e duas estações e Linha de BRT (Bus Rapid Transit/Metrobus) entre o Muro e Paradela com 7,12 km e quatro estações/paragens; Linha da Maia II – Linha de BRT entre Roberto Frias e Verdes II com cerca de 13,0 km e 16 estações/paragens”.
Já quanto à Linha de Gondomar, está em causa uma “linha de Metro entre o Estádio do Dragão e Souto com cerca de 6,9 km e oito estações”, e a Linha de São Mamede, também em metro, “entre o Hospital de São João, Senhora da Hora e Estádio do Mar com cerca de 6,6 km e oito estações”.
A contratação de estudos iniciais para as novas linhas de Metro do Porto, apresentadas esta sexta-feira em Gondomar, poderá ir até aos 10 milhões de euros, de acordo com a portaria do Governo, que entra hoje em vigor.
A expansão da rede do Metro do Porto remete ao protocolo de Gondomar, assinado em fevereiro de 2020 pelos autarcas cujos municípios beneficiarão do alargamento da rede.
Atualmente a Metro do Porto conta com seis linhas em operação, estando em construção uma extensão da Linha Amarela (D) entre Santo Ovídio e Vila d’Este (Vila Nova de Gaia), a Linha Rosa (G), entre São Bento e Casa da Música (Porto), uma linha de ‘metrobus’ entre Casa da Música e Praça do Império (aguarda-se lançamento da extensão à Anémona), e o arranque das obras da Linha Rubi (H), entre Casa da Música e Santo Ovídio, que inclui uma nova ponte sobre o rio Douro, está previsto para o final deste ano.
Costa: novos investimentos superam 1.000 milhões
O primeiro-ministro, António Costa, salientou que os investimentos futuros previstos para o Metro do Porto superam os 1.000 milhões de euros, durante uma cerimónia de apresentação de quatro novas linhas, em Gondomar.
“Estamos a lançar os estudos para – eu não diria quatro novas linhas, porque duas delas são extensões de duas linhas já existentes – mas quatro grandes investimentos, de mais de mil milhões de euros, que vão acrescentar 37 quilómetros, 38 novas paragens, e é uma enorme extensão do Metro do Porto”, disse hoje o primeiro-ministro no Auditório Municipal de Gondomar.
António Costa recordou que, em 2017, teve “a oportunidade de lançar a [extensão da] Linha Amarela, a Linha Rosa, a Linha Rubi, o BRT da Boavista”, obras que já estão no terreno ou projetadas (caso da Linha Rubi). Frisando que “não há uma varinha mágica” que permita concretizar de imediato os investimentos, mas para António Costa “a obra leva tempo a nascer”.
“Quanto mais tarde começarmos, mais tarde a vamos acabar. É por isso que este momento de hoje é da maior importância, porque estamos hoje mesmo a começar aquilo que daqui a seis anos estará pronto e a funcionar”, disse o primeiro-ministro.
Para António Costa, “as cidades levaram 50 anos a adaptar-se ao automóvel”, mas agora há “muito menos tempo” para a sociedade se desabituar dele e para priviligar o transporte público.
“Isto é algo que temos de compreender, a urgência exige urgência na ação. Significa que temos muito pouco tempo para conseguir reduzir os gases com efeito de estufa que resultam da mobilidade”, que representam 70% do total dos gases, frisou o chefe do Governo.
(Notícia atualizada com declarações do primeiro-ministro)
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