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Diretora da Saber Viver fica com o título e lança nova editora

Carla Borges Ferreira,

Tânia Alexandre vai ficar com o título Saber Viver, agora numa nova editora. A ideia é reforçar a aposta no digital e também em eventos. A equipa está a ser constituída.

A Saber Viver vai manter-se em banca. Três semanas após o anúncio do encerramento da How, a editora da Saber Viver, Prevenir e Jardins, chegou a acordo com Tânia Alexandre, diretora do título, que fica com a marca.

Acredito muito na credibilidade da Saber Viver enquanto revista em papel, no digital e nas redes sociais e sei que tem um potencial de crescimento muito interessante em áreas de negócio e plataformas que nunca explorámos. Por isso, é com muito orgulho e entusiasmo que darei continuidade à Saber Viver, modernizando-a do ponto de vista de estratégias digitais e de eventos, através de conteúdos e de experiências inspiradoras que acompanham as atuais tendências globais”, refere.

A decisão foi tomada esta semana. Segue-se a constituição da editora e a formação da equipa, que na How era composta por seis jornalistas, duas designers, dois comerciais e uma gestora de projeto. Tânia Alexandre ainda não tem a nova equipa fechada. A ideia, explica ao +M, passa por integrar alguns dos profissionais, mas também reforçar a estrutura com mais competências digitais.

Tânia Alexandre pretende aproveitar a mudança para “fazer um upgrade à revista e às suas plataformas, com novos layouts, novas secções, mais conteúdos diferenciadores e uma maior ligação ao digital”.

O objetivo é então reforçar a presença no digital, com podcasts e videocasts, e em simultâneo “reinventar os eventos, nomeadamente o Open Mag, pioneiro no mercado, para dar vida aos conteúdos da revista e promover a aproximação das marcas às suas leitoras“.

A edição em papel vai manter a periodicidade mensal, com a edição de março ainda assegurada pela How.

A How anunciou a meados de janeiro que em março fecharia as portas. “Nos últimos cinco anos, as duas principais fontes de receita da editora — venda de revistas e publicidade — caíram 29 e 70%, correspondendo a uma redução da faturação de mais de 875 mil euros”, avançava António Domingues, administrador da editora. “Optámos por encerrar a atividade numa altura em que o podemos fazer de forma correta, honrando todos os compromissos quer com os colaboradores quer com os fornecedores da editora”, acrescentava.

Com o fim da How, a revista Jardins vai passar para Teresa Chambel, diretora do título, e mantém-se em banca, avançou o +M. Estava também a ser estudada a hipótese de ceder os títulos Saber Viver e Prevenir a potenciais interessados, que garantissem a manutenção dos mesmos em banca. A preferência seria dada às redações, tal como aconteceu no caso da Jardins, o que acabou por se concretizar.

“O título foi-me cedido por acreditarem nas minhas competências para lhe dar seguimento. Este era um aspeto determinante para a How. Sei que existiram outras propostas, mas a administração manteve a sua posição de ceder a quem acredita que pode manter a credibilidade da marca“, diz a nova dona da Saber Viver.

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